As últimas décadas foram de grandes transformações para a indústria da mídia devido às várias fases da crise do capitalismo. Neste cenário, as empresas jornalísticas vêm transformando processos de produção de notícias e suas fontes de financiamento e investindo em várias alternativas de atividades econômicas rentáveis, dentre elas, o fact-checking. Isso vem se revelando como uma estratégia de monetização incluindo novas formas de rentabilização, seja por meio de doações do público, promoção de eventos, parcerias com plataformas digitais, além da captação de assinaturas. Este trabalho realiza um estudo comparativo das seções de fact-checking dos sites de notícias Estadão e Folha de S. Paulo. E também apresenta uma análise de como essas empresas vêm remodelando seus negócios e angariando mais financiamentos ao mesmo tempo que aborda o conceito de desinformação na desordem informacional. Além disso, esta pesquisa que tem como aporte teórico a Economia Política da Comunicação (EPC) e a Economia Política do Jornalismo (EPJ) evidencia os resultados das análises quantitativa e qualitativa das informações obtidas, relacionando-as ao problema, aos objetivos, às hipóteses e ao referencial teórico.