O presente estudo aborda as experiências de comunicação híbrida (HALL
2003) midi(ar)tivistas desenvolvidas pelo Coletivo Salve Rainha (2015 - 2017),
na cidade de Teresina (PI), a partir das performances (TAYLOR, 2011) de
ocupações artístico-culturais com estética política e condições sensíveis
(LABBÉ 2017) numa perspectiva de abordagem mídiativistas (BRAIGHI;
CÂMARA, 2008) e artivistas (BAIGORRI 2003; GAUSCH, 2000; MONACHESI
2003; VIEIRA 2007; VILAS BOAS 2015). Nesse processo, foi considerado a
“práxis” (ENGELS, 1978) espaço-tempo como parte fundamental no trânsito,
entre saberes coletivos e individuais; comuns e institucionais; insurgentes e
hegemônicos; para a produção, reprodução e “hackeamento” de saberes das
cidades (SANTOS, 1997/1999; PIRES, 2007) contemporâneas (AGAMBEM,
2009). A pesquisa desenvolve-se a partir da Análise de Conteúdo (BARDIN
1977) com o mapeamento qualitativo das mensagens comunicacionais
produzidas pelo Coletivo nas suas práticas insurgentes cruzadas com matérias
de jornais tradicionais de Teresina (jornais “O Dia” e “Meio Norte”). O panorama
léxico fruto do encontro das publicações do CSR e das matérias de jornais
revelam o mídi(ar)tivismo localizado no encontro dos campos da economia
política da comunicação e da cultura; possibilitando a formação de novas
artérias conceituais e experiências de comunicacional não hegemônica
(GRAMSCI, 2010) nas sociedades em crise. Nesta perspetiva a pesquisa
possibilita ampliar as reflexões sobre comunicacional, cultural, econômico e
política (BOAVENTURA, 2018); (BOLAÑO, 1987/2013); (FRANCISCATO
2005); (FURTADO 2013); (BRITTOS E LIMA DOURADO, 2013); (MOSCO,
2006) estimulam debates sobre centros e margens gerando importantes
debates sociais via pautas coletivas e suas disputas simbólicas (MARQUES DE
MELO, 2013).