A ECONOMIA POLÍTICA DA COMUNICAÇÃO E A RELAÇÃO ENTRE O JORNALISMO E O MERCADO DE MODA EM TERESINA.
Comunicação. Economia Política da Comunicação. Jornalismo. Mercado. Moda.
Desde o final do século XX percebe-se o crescente espaço do mercado de moda no jornalismo como uma especialização presente em jornais impressos, internet e televisão. Esta pesquisa investiga sobre como se dá a relação dialética entre o jornalismo e o mercado de moda, a luz da Economia Política da Comunicação em Teresina. Defendem-se as hipóteses de que as alterações provocadas pela reconfiguração capitalista promovem mudanças nos processos e práticas jornalísticas que se especializam. Podendo-se sugerir alguns fatores como estratégias do novo modo de fazer jornalismo. E ainda que a relação entre mercado de moda e jornalismo sob a ótica da EPC se dá em um espaço de negociação de estratégias aonde as indústrias culturais assumem as questões estética e a segmentação editorial como fundamentais na produção de conteúdos especializados e economicamente rentáveis. Partindo destas propostas apresentam-se como objetivos, estudar sobre os elementos consequentes da reconfiguração capitalista que se mostram determinantes para as mudanças no jornalismo sugerindo fatores que podem ser considerados como consequência do contexto desenhado por tais elementos e que interferem nos processos e práticas, especializando conteúdos. E entender o espaço de negociação das estratégias que estão inseridas na relação mercado de moda e jornalismo no mercado midiático de Teresina. Para dar conta desta proposta toma-se como base de análise o referencial teórico da Economia Política da Comunicação (EPC) utilizando os conceitos de Mosco (2009), Brittos (2011), Bolaño (2000) e Dantas (2011), bem como da constituição do mercado do fenômeno Moda. Para desvelar os espaços de negociação na relação estudada o corpus utilizado envolve dois jornais impressos, dois blogues e um programa de televisão da cidade de Teresina. Utiliza-se o método analítico-descritivo que leva a alguns resultados como a mercantilização excessiva e esvaziamento dos conteúdos.