A tuberculose (Tb) é uma doença infecciosa de alta gravidade, provocada pelo Mycobacterium tuberculosis (Mtb) e de difícil diagnóstico. O desenvolvimento e a utilização de biossensores eletroquímicos, emergem com grande potencial para contribuir de forma significativa com os problemas oriundos do diagnóstico caro e tardio de tuberculose, por conter atributos que os tornam ideais para uso em beira de leito ou ponto de atendimento (Point-ofCare: PoC), e por não requerer conhecimento laboratorial ou médico especializado para operacionalização. Nesta perspectiva, estamos apresentando o desenvolvimento de um dispositivo imunossensor impedimétrico destinado ao diagnóstico da tuberculose, causado pelo Mycobacterium tuberculosis. Este dispositivo opera por meio da interação específica entre o anticorpo Anti-CFP10 e o analito, a proteína CFP-10, que está presente na corrente sanguínea de pacientes com tuberculose ativa. Tem como componente o glutaraldeído atua como crosslinker homobifuncional entre a superfície do eletrodo de trabalho e o Anti-CFP10. Para reduzir ligações não específicas entre analitos ou impurezas, a superfície do eletrodo foi bloqueada com BSA (Albumina bovina sérica). A técnica de EIS foi adotada para acompanhar as etapas de modificação das camadas de adsorção do eletrodo, bem como do processo de detecção final da proteína CFP10 nas amostras usando o [Fe(CN)6]3-/4- como sonda redox para o sistema eletroquímico. Os dados gerados pelo Software Pstrace do potenciostato portátil (Palmsens modelo Sensit/smarttm) foram ajustados usando o circuito equivalente de Randles. O diagrama de Nyqusit foram empregados para avaliar o diâmetro do semicírculo da impedância real da resistência a transferência de elétrons (Rct). A concentração de glutaraldeido ficou então definida de 2,5% com valor médio de Rct de 83,8 ± 5,37 e detecção da proteína CFP10 com Rct de 87,4 ± 5,09. Já a melhor concentração do Anti-CFP10 ficou de 1,0 μg/ml obtendo Rct de 7,2 ± 1,97 e detecção da proteína CFP10 com Rct de 92,6 ± 1,41. Até o presente momento o imunossensor consegue detectar bem a proteína CFP10 na concentração de 5 ng/ml em PBS pH 7,4. As próximas etapas serão de “Otimização das condições de fabricação e reconhecimento “seletividade e reutilização do imunossensor” e “detecção em amostras reais”