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Banca de QUALIFICAÇÃO: PAULO MONTEIRO ARAUJO

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: PAULO MONTEIRO ARAUJO
DATA: 12/12/2024
HORA: 14:30
LOCAL: Sala 128 – Bloco integrado
TÍTULO: COVID-19 - UMA PANDEMIA NA ERA DA INFORMAÇÃO: Contribuições ao seu entendimento voltadas ao Brasil
PALAVRAS-CHAVES: Coronavírus. Vigilância em Saúde Pública. Pandemias.
PÁGINAS: 77
GRANDE ÁREA: Ciências da Saúde
ÁREA: Farmácia
RESUMO:

Ao final do ano de 2019, um vírus, primariamente desconhecido, foi vinculado como a principal causa de pneumonias na cidade Wuhan - China. Apesar dos esforços iniciais para sua contenção, disseminou-se rapidamente pelo mundo e, em 11 de março de 2020, ganhou o status de pandemia. Diversas medidas de controle foram utilizadas na tentativa de mitigar os efeitos desta pandemia. Assim sendo, esse trabalho objetivou avaliar o efeito da vacinação contra a COVID-19 no Brasil e as dificuldades enfrentadas para a manutenção de sua efetividade. A tese foi dividida em três capítulos. Assim, o primeiro abordou o efeito da vacinação estratificado por variantes de preocupação (variants of concern, VOC) e suas sublinhagens, desde seu início até o fim do estado de emergência. Utilizou-se o coeficiente de correlação tau de Kendall (τ) para avaliação da relação destas. Observou-se que a vacina foi efetiva na redução, principalmente, de óbitos, em comparação ao total de vacinações (τ=-0,702, p<0,001, IC95% [-0,723; -0,679]) e indivíduos imunizados (τ=-0,717, p<0,001, IC95% [-0,737; -0,695]). Ainda, existiu correlação na redução de novos casos, todavia, consideravelmente mais fraca do que a ligada à redução de óbitos. Quando estratificado por VOCs e suas sublinhagens é notável que, para a Ômicron, não há correlação com o esforço vacinal, embora esse dado não seja atestado de inefetividade, uma vez que outras variáveis, como a diminuição da implementação de medidas não- farmacológicas, podem estar influenciando essa relação. Esse resultado pode ser confirmado pela redução do índice de restrições frente à quantidade de casos estimados dessa VOC e suas sublinhagens (τ=-0,199, p<0,001, IC95% [- 0,249; -0,141]). Em vista da incapacidade da vacina em conter os casos da VOC Ômicron, o segundo capítulo continuou esse estudo, explorando a possibilidade de o extremismo ideológico poder ter influenciado este evento.Utilizou-se o coeficiente de correlação e regressões lineares na exploração desta hipótese. Os dados obtidos revelaram uma associação entre os preceitos político-ideológicos de extrema-direita, o aumento da incidência (2820,877+373,795 × porcentagem do eleitorado de extrema-direita) e da taxa de mortalidade (140,876+3,894 × porcentagem do eleitorado de extrema-direita) pela COVID-19, para os acumulados dos anos de 2020-2022. Quanto as vacinações, esse efeito somente apareceu ao equacionar-se o IDH para o acumulado de 2021-2022, e o valor foi de -1,708 + 6,078×IDH - 0,013× porcentagem do eleitorado de extrema-direita para as vacinações por habitante, e - 53,438 + 204,391×IDH - 0,391× porcentagem do eleitorado de extrema-direita para a porcentagem de indivíduos imunizados. O terceiro capítulo planeja abordar a deriva genética do SARS-CoV-2 nos genomas de pacientes brasileiros infectados. Utilizar-se-á metodologia temporal descritiva para avaliar quais mutações poderiam estar ligadas a VOC e sublinhagens nos genomas advindos do Brasil no GISAID, na região referente ao domínio de ligação ao receptor. Desse modo, os dados até agora obtidos revelaram a necessidade de fortalecimento do Programa Nacional de Imunizações, pelo bem da saúde pública, devendo o interesse coletivo ultrapassar o de cunho político- partidário.


MEMBROS DA BANCA:
Interno - 1945632 - CARLA SOLANGE DE MELO ESCORCIO DOURADO
Interno - 2199134 - MARCILIA PINHEIRO DA COSTA
Externo à Instituição - 328.***.***-70 - RAMON WEYLER DUARTE LEOPOLDINO - HU
Notícia cadastrada em: 21/11/2024 15:11
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