TELENOVELA E SUBJETIVIDADES: REPRESENTAÇÕES MIDIÁTICAS DO NARCISO CONTEMPORÂNEO
Subjetividade. Narcisismo. Telenovela. Cultura
As mudanças nas configurações sociais, culturais e econômicas da sociedade contemporânea ocidental implicam novas formas de relação, que, por sua vez, impactam diretamente na constituição da subjetividade. Um dos aspectos mais relevantes das subjetividades, que ascendem no final do século XX, relaciona-se as características do narcisismo, responsável por inaugurar, de acordo com Christopher Lasch (1983), um perfil inédito de sujeito. Dentro dessa perspectiva, interessa-nos analisar como as telenovelas, acompanhando o cenário sociocultural em que estão inseridas, incorporam às suas representações a transitoriedade das relações sociais e da constituição subjetiva na contemporaneidade, através da abordagem de características da sociedade atual e do sujeito pertencente a uma cultura de propriedades narcísicas, pautada na centralidade do consumo, na presença maciça da mídia e na economia capitalista flexível. Neste caso, optamos por analisar as telenovelas exibidas pela Rede Globo no horário das sete horas por possuírem um apelo temático voltado para temas atuais e eminentemente urbanos, sendo elas: Cheias de Charme e Sangue Bom.