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Banca de DEFESA: ANTONIA DE SOUSA LEAL

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: ANTONIA DE SOUSA LEAL
DATA: 30/08/2017
HORA: 14:00
LOCAL: Auditório do Núcleo Integrado de Morfologia e Pesquisas com Células-tronco (NUPCelt/UFPI)
TÍTULO: OBTENÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DE FILMES OBTIDOS A PARTIR DE MESOCARPO DE BABAÇU/CMC E SUA UTILIZAÇÃO PARA FINS BIOTECNOLÓGICOS
PALAVRAS-CHAVES: Mesocarpo de babaçu, Filmes, Ácido Tânico, Vetorização de fármaco.
PÁGINAS: 102
GRANDE ÁREA: Ciências Exatas e da Terra
ÁREA: Química
RESUMO:

O amido é matéria prima abundante e disponível em todo mundo, apresenta possibilidade de modificação química, física ou genética e origina filmes e revestimentos resisitentes. Pode ser extraído de diversas fontes como cereais, tubérculos, raízes, frutas e legumes. A espécie Orbignya sp., palmeira abundante no estado do Piauí, contém o mesocarpo como uma das partes constituintes do seu fruto e pode ser considerado uma fonte alternativa interessante de amido para a obtenção de filmes. Há poucos relatos de estudos sobre a aplicação do mesocarpo de babaçu como matriz polimérica para carreamento de fármacos. Neste contexto, o presente estudo teve como objetivo a obtenção de filmes a partir do mesocarpo de babaçu, com a perspectiva de aplicação como dispositivo para vetorização do ácido tânico. Foram obtidos filmes de mesocarpo de babaçu natural e modificado com e sem carboximetilcelulose e incorporação de ácido tânico na matrix polimérica por casting. Os filmes foram caracterizados por infravermelho, DRX, MEV, análise térmica e avaliadas suas propriedades antioxidante e antimicrobiana. Também, foi avaliada a cinética de liberação do ácido tânico e o poder de intumescimento dos filmes. O mesocarpo de babaçu devido ao alto conteúdo de amido (60% em média) foi possível obter filmes firmes e resistentes. As análises de infravermelho e DRX demostraram bandas e picos das interações entre os constituintes dos filmes. O potencial de redução dos radicais DPPH e ABTS apresentado pelos filmes foi cerca de 80 %. Estes, também, apresentaram potencial de inibição contra cepas bacterianas S. aureus (ATCC 33591) e E. coli (ATCC 25922) com halo de 22 e 11 mm, respectivamente. O grau de intumescimento do filme de mesocarpo e carboximetilcelulose (MBCMC) foi de 449,15% no tempo de 24 horas, resultado intermediário em relação aos filmes de mesocarpo (MB) e carboximetilcelulose (CMC) puros. O perfil de liberação do ácido tânico nos filmes exibiu respostas distintas. O filme MBCMC nas primeiras duas horas liberou 26,71% de ácido tânico incorporado na sua matriz, enquanto os filmes MB e CMC apresentaram taxas de 18,34 e 13,13 %, respectivamente. Ao final do tempo de 24 horas, o filme MB/CMC liberou 71,01 % do ativo, e os filmes MB e CMC apresentaram taxa de liberação de 53,03 e 33,72 %. Os resultados indicaram o potencial do uso de mesocarpo de babaçu na elaboração de filmes, funcionando como matrizes poliméricas carreadoras de ácido tânico, obtendo assim, um material com propriedades antioxidantes e antibacteriana. Os filmes de mesocarpo de babaçu podem ser uma alternativa viável como sistema de liberação de fármaco, devido a abundância e baixo custo do mesocarpo e ao pequeno número de trabalhos publicados sobre seu uso na elaboração de matrizes polímericas.


MEMBROS DA BANCA:
Externo ao Programa - 857.238.353-00 - ANA PAULA DOS SANTOS CORREIA LIMA DA SILVA - UFPI
Externo à Instituição - ELIANA CAMPÊLO LAGO - UNINOVAFAPI
Externo ao Programa - 1167833 - EVALDO HIPOLITO DE OLIVEIRA
Externo à Instituição - GEANDRA BATISTA LIMA NUNES - UFPI
Presidente - 1512631 - LIVIO CESAR CUNHA NUNES
Notícia cadastrada em: 17/08/2017 10:20
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