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Banca de QUALIFICAÇÃO: KATIA DA CONCEIÇÃO MACHADO

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: KATIA DA CONCEIÇÃO MACHADO
DATA: 10/08/2018
HORA: 08:30
LOCAL: Auditório do PPGCM
TÍTULO: CARACTERIZAÇÃO FISIOFARMACOLÓGICA IN VITRO E IN VIVO DE NOVOS DERIVADOS DA CLASSE DAS 2-CLORO-N-ARILACETAMIDAS: POTENCIAL ANTINEOPLÁSICO E ASPECTOS TOXICOLÓGICOS
PALAVRAS-CHAVES: Arilacetamidas. Anticâncer. Toxicidade.
PÁGINAS: 117
GRANDE ÁREA: Outra
ÁREA: Biomedicina
RESUMO:

Os cânceres podem ser considerados como um tecido anormal que são caracterizados pelo crescimento de células desordenadas incapazes de formar estruturas funcionais estáveis. Infelizmente, na maior parte dos casos, o tratamento por medicamentos quimioterápicos leva a efeitos colaterais severos. Os derivados da 2-cloro-Narilacetamida pertencem a uma classe química amplamente utilizada como intermediários sintéticos para a obtenção de substâncias bioativas para fins medicinais e químicos. Este estudo teve como objetivo avaliar o efeito citotóxico de moléculas sintéticas da classe 2-cloro-n-arilacetamida, sendo dividida em 2 capítulos. No capítulo 1 foi abordado as atividades antiproliferativas de dez substâncias derivadas de 2-cloro-Narilacetamidas (1-10), frente a 5 linhagens tumorais e em culturas primárias de células mononucleares do sangue periférico (PBMC) com o ensaio de Alamar blue, bem como sua atividade hemolítica frente a eritrócitos humanos. Com exceção dos compostos 6 (R = OCH3) e 9 (R = COOH), todos os compostos revelaram valores de CI50 variando de 4,9 μM (HL-60) a 50,1 μM (OVCAR-8). O composto 2 (CCL) foi o mais ativo contra três das cinco linhagens tumorais estudadas neste trabalho (HL-60, SF295 e HCT-116). Os compostos não causaram ação citolítica in vitro significativa em eritrócitos humanos. A maioria das moléculas também não foram citotóxicas na proliferação de CMSP humanas, e os valores de CI50 variaram de 11,8 a 44,6 μM. Um estudo toxicológico em duas doses (150 e 300 mg/kg) foi realizado observando parâmetros gerais de comportamento por screening hipocrático, assim como avaliação da atividade exploratória, coordenação motora e ansiedade por meio dos testes de campo aberto, rota rod e labirinto em cruz elevada. Foram observadas mortes somente na maior dose (300 mg/kg) nas três substâncias e não apresentaram alterações exploratórias e motoras. Para a avaliação do potencial antitumoral in vivo, as três moléculas foram administradas via intraperitoneal na dose de 25 mg/kg/dia, durante 15 dias consecutivos em camundongos imunodeficientes transplantados com células de carcinoma de cólon humano (HCT-116). Apenas os compostos CCL e CBR reduziram significativamente o crescimento tumoral em 21,2% (0,57 ± 0,02 g) e 27,5% (0,53 ± 0,04 g) quando comparados ao controle negativo. Mortes ou alterações no peso relativo de órgãos e em parâmetros hematológicos não foram detectados. No capítulo 2 foram avaliados a toxicidade dos compostos CCL, CBR e CNT frente a náuplios de Artemia salina, seguida teste de toxicidade aguda com embriões de peixe-zebra (FET) bem como em células normais humanas de fibroblasto de pulmões (MRC-5). Os três compostos apresentaram valores de CE50 frente a A. salina tóxicos quando comparados ao controle, sendo a CCL a que apresentou menor valor (0,0075 µg/mL). No FET observou-se severa mortalidade nos organismos dos tratamentos com a CCL mais elevados, 1,93 e 7,2 mg/L, com 90% e 100% de morte, respectivamente. Na avaliação da atividade citotóxica de MRC-5 todas as 3 substâncias foram atóxicas às células. A toxicidade por meio do modelo vegetal Allium cepa, os três compostos inibiram o crescimento das raízes, revelando toxicidade macroscópica. Foi realizado, por último, a avaliação oxidante/antioxidante em linhagens de S. cerevisiae, onde a CCL não modulou os danos oxidativos causados pelo peróxido de hidrogênio, já a CBR e CNT conseguiram modular esses danos, nas menores concentrações testadas (1 e 5 μg/mL). Dessa forma, os compostos CCL, CBR e CNT mostraram potencial antitumoral in vitro e in vivo contra células tumorais humanas e fraca atividade contra células normais humanas, com indício de toxicidade branda e ausência de comprometimento funcional severo nos animais tratados com o composto, não demonstrando também efeitos oxidativos ou antioxidantes frente a S. cerevisiae.


MEMBROS DA BANCA:
Interno - 2617696 - ALDEIDIA PEREIRA DE OLIVEIRA
Externo ao Programa - 1731057 - JOAO MARCELO DE CASTRO E SOUSA
Externo à Instituição - PATRÍCIA MARÇAL DA COSTA - NENHUMA
Notícia cadastrada em: 16/07/2018 14:56
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