Estimar o intervalo de tempo compreende uma sucessão de eventos em diversas atividades de nossas vidas. Esse é modulado por diversos fatores, tais como o nível de atenção, as emoções, memórias e doenças, em especial de Parkinson (DP). Embora os estudos apresentem que pacientes com DP, estimam o intervalo de tempo mais longos do que àquelas pessoas sem a doença, ainda não foi estudado se há associação de polimorfismos com a interpretação do intervalo de tempo em diferentes estadiamentos da doença. Dessa forma, este estudo além de analisar a precisão na interpretação da estimativa de tempo, associou os polimorfismos COMT Val158Met, SLC6A3 3’-UTR VNTR e SLC6A3 intron 8 VNTR com a interpretação da estimativa do tempo em dois estadiamentos da DP. Oito pacientes com DP no estadiamento 1,5 e 8 no estadiamento 2,5 do sexo masculino, realizaram uma tarefa de estimativa do tempo nos intervalos de 1s, 4s, 7s e 9s com duração de 10 minutos antes da coleta sanguínea. Os resultados do coeficiente de variação para respostas entre os dois estadiamentos demonstrou que os pacientes classificados no estadiamento 2,5 são menos precisos para estimar o intervalo de tempo. Enquanto para o erro absoluto, eles erraram 2,52 segundos a mais do que os do estadiamento 1,5 no intervalo de 9s (p < 0,0001). Também foi observado que os pacientes do estadiamento 1,5 subestimam o tempo em 6,84 segundos a mais do que os do estadiamento 2,5 (p < 0,0001) no intervalo de 9s.