Notícias

Banca de QUALIFICAÇÃO: MARIA NAUSIDE PESSÔA DA SILVA

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: MARIA NAUSIDE PESSÔA DA SILVA
DATA: 28/12/2020
HORA: 15:00
LOCAL: Plataforma Google Meet
TÍTULO: EFEITOS DA SUPLEMENTAÇÃO COM VITAMINA A E ZINCO NO TRATAMENTO DA LEISHMANIOSE VISCERAL
PALAVRAS-CHAVES: Leishmaniose visceral, desnutrição, vitamina A, zinco, ensaio clínico randomizado, tratamento.
PÁGINAS: 177
GRANDE ÁREA: Ciências da Saúde
ÁREA: Enfermagem
RESUMO:

A leishmaniose visceral (LV) ou calazar é uma doença crônica infecciosa se não tratada pode ser letal. Nas Américas é causada por protozoários de Leishmania infantum e L. donovani e transmitida pela picada de flebotomíneos fêmeas infectadas do gênero Lutzomyia. Os aspectos clínicos apresentam desde formas assintomáticas e pode evoluir até o óbito, com um quadro clínico caracterizado por febre, hepatoesplenomegalia, manifestações hemorrágicas, linfadenomegalia, anemia, perda de peso, caquexia, diarreia e pancitopenia na maioria dos pacientes. Os fatores associados ao maior risco de morte são anemia, problemas de coagulação, icterícia, edema, infecção bacteriana e coinfecção com HIV. A imunidade e suscetibilidade a infecções e doenças parasitárias estão relacionadas ao estado nutricional. A deficiência de micronutrientes, como vitamina A e zinco, podem interferir na resposta imune e inflamatória. A vitamina A tem atividade promotora e reguladora tanto no sistema imunológico inato como na imunidade adaptativa. O zinco desempenha funções essenciais, para o metabolismo, reprodução, diferenciação celular e defesa imunológica, atua na sinalização intracelular, reparo de danos ao DNA, proliferação celular, manutenção dos sistemas imunológico e anti-inflamatório. Por esse motivo, decidiu-se investigar se a suplementação desses dois micronutrientes modificaria os desfechos dos pacientes após o tratamento da LV. O estudo teve como objetivos avaliar o estado nutricional e níveis de vitamina A e zinco de pacientes com calazar e contribuir para a compreensão do papel de desnutrição na doença; investigar se a suplementação desses dois micronutrientes modificaria os resultados dos pacientes após o tratamento específico da LV em ensaio clínico randomizado duplo-cego,. Desenho de estudo: Ensaio clínico duplo-cego randomizado realizado no Instituto de Doenças Tropicais Natan Portela (IDTNP), na cidade de Teresina (PI). Os participantes do estudo foram 139 indivíduos internados no período de 25 de junho de 2018 a 28 de agosto de 2019, incluídos no estudo após confirmação diagnóstica de LV. As cápsulas contendo vitamina A, zinco ou placebo foram manipuladas no Departamento de Farmácia da Universidade Federal do Piauí e tinham apresentação idêntica. Como nenhuma correlação ou interação foi observada entre a vitamina A e o zinco, nos quatro grupos dois grupos independentes foram alocados para análise: (a) com vitamina A versus sem vitamina A (com e sem zinco) e (b) com zinco versus sem zinco (com e sem vitamina A). O estudo resultou na produção de dois artigos científicos: I) Estado nutricional de pacientes com calazar no Brasil, apresentou como resultados perda de peso e a desnutrição foi mais frequente em adultos. O IMC para a idade, a área adiposa do braço e a área muscular do braço foram significativamente associados à probabilidade de morte, a presença de HIV, hepatomegalia, esplenomegalia, número de número de leucócitos e linfócitos, creatina sérica e retinol plasmático. Os níveis de vitamina A foram significativamente maior em homens adultos do que em mulheres adultas. II) Vitamina A e zinco na leishmaniose visceral: um ensaio clínico randomizado, duplo-cego e um estudo de coorte prospectivo. Apresentou como resultados que a suplementação de vitamina A e zinco não afetou os resultados clínicos e laboratoriais e a concentração de nutrientes. No entanto, a vitamina A e o zinco aumentaram significativamente após o tratamento. A única variável independentemente associada com o aumento de vitamina A e zinco foram as concentrações antes do tratamento. O coeficiente de correlação da vitamina A antes e depois do tratamento foi de 1,0. Concluímos que os preditores mais importantes da concentração de vitamina A e zinco 30 dias após o tratamento foram os níveis basais, impressionantemente para vitamina A, e sua suplementação foi ineficaz. Os resultados indicam que as reservas de nutrientes estavam presentes no organismo, mas indisponíveis, possivelmente devido aos mecanismos patogenéticos da doença.


MEMBROS DA BANCA:
Externo ao Programa - 571048 - DORCAS LAMOUNIER COSTA
Interno - 1512631 - LIVIO CESAR CUNHA NUNES
Externo ao Programa - 423490 - NADIR DO NASCIMENTO NOGUEIRA
Notícia cadastrada em: 10/12/2020 11:07
SIGAA | Superintendência de Tecnologia da Informação - STI/UFPI - (86) 3215-1124 | © UFRN | sigjb05.ufpi.br.instancia1 18/04/2024 15:03