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Banca de DEFESA: ANA PAULA DOS SANTOS CORREIA LIMA DA SILVA

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: ANA PAULA DOS SANTOS CORREIA LIMA DA SILVA
DATA: 30/09/2014
HORA: 14:30
LOCAL: Auditório do Bloco de Farmácia da UFPI
TÍTULO:

Bioprospecção do composto garcinielliptona FC: insumo para o desenvolvimento de novos fitomedicamentos.


PALAVRAS-CHAVES:

Antiepiléptica. Anti-helmíntica. Garcinielliptona FC. Toxicidade


PÁGINAS: 205
GRANDE ÁREA: Ciências da Saúde
ÁREA: Farmácia
RESUMO:

Platonia insignis Mart (Clusiaceae) é popularmente conhecida como bacuri, sendo bastante utilizada na medicina popular para o tratamento de diversas doenças, como problemas dermatológicos, cicatrização de feridas e inflamação. A fração hexânica extraída das suas sementes apresenta uma composição química com alto teor de ácidos graxos. Entretanto, desta fração foi isolado o composto garcinielliptona FC, uma benzofenona poliisoprenilada. O objetivo do presente estudo foi investigar a toxicidade e o efeito antiepiléptico em camundongos machos e fêmeas tratados com garcinielliptona FC, bem como seu potencial anti-helmíntico in vitro contra o Shistossoma mansoni para contribuir com o desenvolvimento de fitomedicamentos. Para tanto, uma prospecção científica e tecnológica foi realizada em bases de dados. No estudo toxicológico em dose única, os camundongos (n = 5/dose e sexo) foram tratados por via oral (v.o.) e intraperitoneal (i.p.) com garcinielliptona FC nas doses de 500, 1000 e 2000 mg/kg. Durante 14 dias após o tratamento foram observados a toxicidade geral, taxa de letalidade, evolução do peso corporal, consumo de água e alimentos, e ainda produção de excretas. Após este período, os animais foram anestesiados com pentobarbital sódico (40 mg/kg; i.p.) para coleta de sangue para análises hematológicas e bioquímicas, bem como dissecação dos principais órgãos (fígado, coração, rins, pulmão,  baço e cérebro) para estudo morfológico e macroscópico. Também foi avaliada a atividade locomotora e coordenação motora dos animais tratados com garcinielliptona FC nos testes do campo aberto e da barra giratória, respectivamente. Já no estudo com administração em doses repetidas os camundongos foram tratados com doses de 25, 50 e 75 mg/kg durante 30, 90 e 120 doses consecutivos (n = 10/dose e sexo). Nestas doses também foi verificada a atividade antiepiléptica de garcinielliptona FC, no modelo de crises epilépticas induzidas por pilocarpina. Por sua vez, os efeitos anti-helmínticos foram determinados in vitro contra o S. mansoni nas concentrações (0,78; 1,56; 3,12; 6,25; 12,5; 25 e 50 μM). Durante o tratamento em dose única e repetidas foram evidenciados baixa toxicidade durante o período de observação e não foi possível determinar a Dose Letal 50%. Entretanto, como os animais foram tratados com doses até a 2000 mg/kg e não foi registrada nenhuma morte durante o período de observação é possível sugerir que a garcinielliptona FC apresenta perigo relativamente baixo de toxicidade aguda sendo classificada na categoria 5 segundo The Organisation of Economic Cooperation Development. Com relação aos parâmetros fisiológicos, bioquímicos e hematológicos não foram observadas alterações e nem efeitos sobre a atividade locomotora e coordenação motora entre animais após tratamento com garcinielliptona FC nos diferentes protocolos. Além disto, não foi visto mudanças quanto aos aspectos macroscópicos e morfológicos dos órgãos analisados. Na atividade antiepiléptica foi observada uma redução no número de animais que apresentaram crises epilépticas e estado de mal epiléptico e também reduziu a taxa de mortalidade, especialmente para a dose 75 mg/kg no modelo de crise epiléptica induzida por pilocarpina. Já o efeito anti-helmíntico in vitro foi observado a partir da concentração de 6,25 μM, demonstrando melhor atividade na concentração de 50 μM durante o período de incubação de 120 h. Os resultados sugerem que garcinielliptona FC pode ser segura em ensaios não clínicos, e que demonstra potencial farmacológico que precisa ser melhor explorado para esclarecer seu mecanismo de ação para as atividades antiepiléptica e anti-helmíntica conforme demonstrado neste estudo. Como forma de contribuir para o desenvolvimento tecnológico da garcinielliptona FC foi solicitado um pedido de depósito de registro de patente junto ao Instituto Nacional da Propriedade Industrial. Os resultados do presente estudo ampliam as perspectivas para a realização de outros testes que possam corroborar com o uso seguro e eficaz da garcinielliptona FC, como produto de importância biotecnológica.


MEMBROS DA BANCA:
Interno - 130.036.743-15 - ANA AMELIA DE CARVALHO MELO CAVALCANTE - UFPI
Interno - 778.751.253-91 - FRANCISCO DAS CHAGAS ALVES LIMA - UESPI
Externo ao Programa - 1549662 - HERCILIA MARIA LINS ROLIM
Presidente - 1638285 - RIVELILSON MENDES DE FREITAS
Notícia cadastrada em: 03/09/2014 16:22
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