Esta dissertação analisa o romance gráfico Moonshadow (1985-1987), de J. M. DeMatteis e Jon J. Muth, a partir das noções de intertextualidade, interdiscursividade e semiótica, com o objetivo de compreender como referências literárias e culturais estruturam a narrativa e moldam seu sentido. Com base em teóricos como Julia Kristeva (1980), Mikhail Bakhtin (2011) e Umberto Eco (1989), entre outros, o estudo demonstra como a obra constrói um discurso polifônico que vai de encontro às fronteiras tradicionais de gênero e amplia a experiência de interpretação. A pesquisa adota uma abordagem qualitativa e analítica (Kauark, Manhães e Medeiros, 2010), realizando a catalogação das referências literárias presentes na obra e discutindo sua contribuição para a trajetória existencial e estética do protagonista. Os resultados revelam que a intertextualidade em Moonshadow não é meramente decorativa, mas central para a construção da subjetividade e da ideologia, posicionando o quadrinho como um espaço de elaboração crítica e simbólica.