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Banca de QUALIFICAÇÃO: JOSÉ IVAN DE MACEDO BORGES

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: JOSÉ IVAN DE MACEDO BORGES
DATA: 21/11/2025
HORA: 16:00
LOCAL: CCHL
TÍTULO: UMA INTERVENÇÃO FILOSÓFICA NA RELAÇÃO PROFESSOR/ “ALUNO” A PARTIR DO PENSAMENTO DE MICHEL FOUCAULT
PALAVRAS-CHAVES: Palavras-chave: Filosofia; Educação; Poder; Michel Foucault; Jacques Rancière; Protagonismo discente.
PÁGINAS: 52
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Filosofia
RESUMO:

A presente pesquisa tem como objetivo geral analisar as relações de poder e hierarquia existentes entre professor e aluno, buscando refletir sobre o protagonismo de ambos os sujeitos no processo de ensino e aprendizagem, especialmente nas aulas de Filosofia. O estudo parte da compreensão de que o ambiente escolar é atravessado por dinâmicas de poder que, ao mesmo tempo em que estruturam o processo educativo, também podem ser espaço de resistência e emancipação. A fundamentação teórica baseia-se principalmente no pensamento de Michel Foucault, cujas concepções sobre disciplina, vigilância e poder-saber permitiram compreender a escola como dispositivo de normalização e controle social, e em Jacques Rancière, cuja obra O mestre ignorante (1987) propõe uma ruptura com a pedagogia tradicional ao defender a igualdade das inteligências. Além desses autores, dialoga-se com Paulo Freire (1996) e sua proposta de educação libertadora, e com estudiosos contemporâneos do ensino da Filosofia, como Angeluce Parcianello (2012) e Loise Ana de Lima (2019), que refletem sobre metodologias participativas e o papel formativo da disciplina no ensino médio. Trata-se de uma pesquisa qualitativa e de natureza bibliográfica, de abordagem genealógica foucaultiana, que busca analisar as práticas e discursos que constituem as relações pedagógicas e as subjetividades formadas no espaço escolar. Foram examinadas obras teóricas, documentos oficiais da educação brasileira — como a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei nº 9.394/1996) e a Base Nacional Comum Curricular (BNCC, 2018) —, além de produções acadêmicas que abordam o ensino da Filosofia no Brasil sob diferentes perspectivas históricas e metodológicas. Os resultados apontam que as relações entre professor e aluno ainda são marcadas por uma lógica hierárquica e disciplinar, herdada de modelos tradicionais de ensino. No entanto, também se observam movimentos de subversão e transformação, impulsionados por metodologias ativas e práticas pedagógicas que valorizam a autonomia intelectual do estudante e o diálogo como meio de construção do conhecimento. Conclui-se que compreender essas relações sob a ótica foucaultiana e rancieriana é essencial para repensar o papel da Filosofia na escola contemporânea, não apenas como disciplina curricular, mas como prática crítica e emancipadora. Como tendência de pesquisa futura, sugere-se o aprofundamento de experiências pedagógicas que investiguem empiricamente a aplicação de abordagens filosóficas críticas e dialógicas no ensino médio, a fim de promover uma educação mais democrática e reflexiva. 

 


MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - 733.***.***-00 - ALEX FABIANO CORREIA JARDIM - UNIMONTES
Presidente - 1210409 - DEYVISON RODRIGUES LIMA
Interno - 1815448 - PEDRO PEREIRA DOS SANTOS
Notícia cadastrada em: 03/11/2025 09:58
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