Esta pesquisa objetivou identificar e analisar possíveis marcas pós-modernas na obra de Thomas Pynchon (The Crying of Lot 49) através do uso do método estilométrico de análise e do uso de ferramentas telemáticas, NEOLO e XFRAGMENT, desenvolvidos especificamente para análise estatística textual. Embasados nos estudos estilísticos de Cressot (1947), Riffaterre (1971); nos estudos pós-modernos de Jameson (2004), Hutcheon (1991), Cage (1995); e nos estudos linguísticos de Halliday (1985), Leech (1992); e outros, realizamos uma análise quantitativa e comparativa dos traços estilísticos encontrados em The Crying of Lot 49, de Thoma Pynchon, e nos parâmetros escolhidos (Lost in the funhouse, de John Barth, e amostra de textos não ficcionais da época) a saber: riqueza lexical; hapax legomena; neologismos; expressividade do uso e desuso do verbo; e frequência do uso de sinais gráficos de pontuação, respectivamente. Os resultados obtidos revelaram uso robusto de vírgulas para suprir os espaços vazios e silenciosos na estrutura da narrativa, uso representativo do ponto de interrogação como delimitador de sentença que pode provocar no leitor a autorreflexidade. Entre outras características, constatamos a existência de uma marca estilística pós-moderna que se trata da fragmentação textual. Esta que se relaciona proximamente da poética do pós-modernismo de Hutcheon (1991) e poética do silêncio de Cage (1995).