O presente trabalho dedica-se ao estudo da obra A metamorfose, de Franz Kafka, que foi escrita no ano de 1912, quando ele tinha 29 anos, porém sendo publicada apenas em 1915. A metamorfose é uma das poucas coisas que Kafka escreveu em vida. A novela traz na narrativa a história de Gegor Samsa, um caixeiro viajante, que acorda transformado em um inseto monstruoso e a partir desse conflito, a narrativa possibilita ao leitor uma infinidade de meio para compreender, justificar ou até mesmo solucionar o problema do protagonista. A pesquisa tem por objetivo compreender como o esvaziamento existencial é veiculado na narrativa kafkiana através dos acontecimentos que permeiam a vida de Gregor Samsa, o protagonista, e com isso possibilitar meios reflexivos para se pensar e compreender através da narrativa as mais diversas questões existenciais que envolve a vida humana. A análise levou em consideração os conceitos de “produção de presença” e “produção de sentido” de Hans Ulrich Gumbrecht (2010), e também a concepção de Dasein apresentado por Martin Heidegger (2010/2012) sobre o Ser. O aporte teórico foi composto pelas reflexões de Gumbrecht (2010), Martin Heidegger (2010/2012), Foucault (2013/2015), Jauss (1979), Compagnon (2001) dentre outros para alicerçar a construção do texto. Com a leitura da narrativa é possível perceber que o texto Kafkiano pode auxiliar na compreensão do esvaziamento existencial a partir das ações do protagonista, pois o texto literário permite que se tenha um diálogo percepetivo entre o mundo real, o mundo ficcional apresentado na narrativa e o mundo projetivo para o leitor e com isso o leitor pode reflexionar sobre as mais diversas possibilidades do ser, e inclusive na compreençao do esvaziemento existencial.