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Banca de QUALIFICAÇÃO: ANDRESSA SILVA SOUSA

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: ANDRESSA SILVA SOUSA
DATA: 22/08/2024
HORA: 15:00
LOCAL: PARECER TÉCNICO CAPÍTULO TEÓRICO
TÍTULO: A POÉTICA DA DESACELERAÇÃO COMO UTOPISMO EM DISTOPIAS
PALAVRAS-CHAVES: Utopia. Utopismo. Poética da Desaceleração. Distopia. Totalitarismo Dromológico.
PÁGINAS: 46
GRANDE ÁREA: Lingüística, Letras e Artes
ÁREA: Letras
RESUMO:

A presente tese propõe apresentar a existência do que denominamos Poética da Desaceleração, em obras distópicas. Em nossa concepção, a Poética da Desaceleração se constitui uma das formas de manifestação do utopismo na contemporaneidade, que se opõe ao presente acelerado. Considerando que desde a irrupção, no século XX, das grandes guerras mundiais e dos regimes totalitários, bem como as reincidentes crises globais e atentados terroristas, no século XXI, a humanidade tem vivido um período marcadamente antiutópico e pessimista, mostra-se necessário refletir acerca do lugar reservado às utopias e a sua relevância na sociedade atual, pois enquanto fonte de esperança - elemento imprescindível à vida -, o seu apagamento resultaria na própria morte do homem. Nesse sentido, investigaremos, nesta tese, o modo de resistência e de atualização do utopismo em distopias, no intuito de revelar a constituição da esperança utópica nelas manifesta. Assim, examinaremos o horizonte distópico das obras Fahrenheit 451 (1953), de Ray Bradbury, Vamos comprar um poeta (2016), de Afonso Cruz, e Ecologia (2018), de Joana Bértholo, a partir do Totalitarismo Dromológico, fenômeno social intimamente ligado às constantes revoluções tecnológicas e que toma a velocidade e a incessante aceleração como instrumentos de poder e de dominação na atualidade. Desse modo, a Poética da Desaceleração deve ser compreendida como manifestação de um utopismo contemporâneo proveniente da arte, especialmente da literatura, que lhe contrapõe. Para auxiliar-nos na compreensão dos objetos investigados, recorremos aos pressupostos teóricos sobre utopia, utopismo e distopia de Berriel (2022, 2017, 2014), Claeys (2013), Ribeiro (2009), Freire (2007), Firpo (2005), Bloch (2005), Moylan e Baccolini (2003) e Coelho (1986). Quanto aos estudos sociais e filosóficos sobre aceleração e desaceleração, fundamentamo-nos em Rosa (2019), Bauman (2007, 2001) e Han (2022, 20121, 2019), entre outros estudiosos. Entendendo, desse modo, que os romances em análise se revelam como uma crítica aos efeitos negativos da forma de viver do homem no presente, sendo uma delas a corrida imperativa como modo de sobrevivência, a escolha das narrativas distópicas justifica-se por seu caráter prospectivo e, por isso mesmo, atual. Neste capítulo, analisamos as duas faces da utopia – o gênero literário e o utopismo. No primeiro tópico, ressaltamos os elementos constitutivos das narrativas utópicas clássicas e os aspectos distópicos que já despontam mesmo nas utopias consideradas positivas. No segundo, apresentamos o utopismo e sua relação com a esperança, o sonho e a imaginação, revelando-o enquanto componente imprescindível ao homem em tempos de crise, sem o qual não é possível resistir e ressignificar à realidade distópica que lhe é imposta. Desse modo, a escolha por discutir tais conceitos se deu por compreendemos que ambos são fundamentais para a construção da tese, uma vez que a constante aproximação entre utopia e distopia se fará presente em toda a pesquisa.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 008.591.443-64 - EMANOEL CESAR PIRES DE ASSIS - UEMA
Interno - 836.463.293-00 - HERASMO BRAGA DE OLIVEIRA BRITO - UESPI
Externo à Instituição - JOSE WANDERSON LIMA TORRES - UESPI
Notícia cadastrada em: 30/07/2024 09:30
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