O sintoma mais comum apresentado por pacientes com cancer é a dor. O monoterpeno, oxido de rosa (OR). que está presente em algumas espécies vegetais, apresenta uma série de propriedades farmacológicas. Diante dos fatos, o objetivo deste estudo foi investigar um possível efeito antinociceptivo do OR em modelo animal de dor oncológica, além de avaliações in silico da farmacocinética e farmacodinâmica. Ademais, os animais foram divididos em 5 grupos: SHAM (animais normais), controle negativo (NaCl a 0,9% com Tween 80 a 2%), pregabalina (10 mg / kg p.o), e 2 doses de OR (100 e 200 mg / kg p.o) Métodos: Os experimentos foram aprovados pelo Comitê de Ética no Uso de Animais (CEUA / UFPI nº 146/16). Para indução da hipernocicepção, 2,5 milhões de células de sarcoma-180 foram inoculadas na pata direita de camundongos, e a alodinia mecânica foi avaliada com filamentos de von Frey, em tratamento agudo em uma avaliação de 12 horas e subagudo por 30 dias. Além disso utilizamos um teste adaptado de campo aberto, para avaliação da nocicepção. A massa relativa dos órgãos dos animais, foram avaliadas para investigar uma possível toxicidade. A avaliação in silico foi realizada utilizando o software ACD/ChemSketch versão 14.0 e o servidor online PreADMET para o teste. Resultados: A redução da hipernocicepção foi evidenciada pela comparação entre as medias ± E.P.M dos grupos no teste de Von Frey a partir da primeira hora de avaliação (* p <0,05) e observada nas horas seguintes, assim também como foi visto no teste subagudo. OR melhorou a locomoção dos animais no campo aberto quando comparado com o controle negativo. Ademais, o OR apresentou afinidade relevantes em receptores opioides e gabapetinóides. Em relação aos parametros farmacocinéticos avaliados in silico, o OR atravessa a barreira hematoencefálica, apresenta um boa absorção intestinal, e também apresenta uma boa afinidade com proteínas plasmáticas. Conclusão: O Óxido de Rosa, mostrou nesse estudo que possui potencial efeito antinociceptivo em modelo de hipernocicepção do câncer, supostamente pela participação dos receptors opioides e a subunidade α 2 δ do canal de calcio.