A intensificação das atividades industriais aumenta significativamente a distribuição de substâncias tóxicas e outros poluentes não biodegradáveis de águas residuais industriais para o ambiente. Entre esses contaminantes, os Poluentes Orgânicos Persistentes são considerados prejudiciais aos seres humanos, à vida selvagem e às plantas. As técnicas de separação, isto é, processo de adsorção, coagulação e eletrocoagulação, provaram ser mais eficazes na remoção de poluentes alvo. Neste trabalho objetiva-se a sintetizar e caracterizar tungstato de bário (BaWO4) e, determinar a capacidade de remoção do corante rodamina B e fármaco diclofenaco em meio aquoso. Foram realizadas análises de Difração de Raios X (DRX), Espectroscopia no Infravermelho com Transformada de Fourier (FTIR), Espectroscopia Raman, Microscopia Eletrônica de Varredura (MEV), Espectroscopia de Raios X por Dispersão de Energia (EDS), Testes de remoções do corante rodamina B e fármaco diclofenaco, Ensaio de Letalidade em Artemia salina e Viabilidade celular (MTT assey). O padrão de DRX e espectro Raman indicaram que este material apresenta estrutura tetragonal do tipo scheelita, com grupo espacial I41/a de acordo com o cartão JCPDS Nº 43-0646, sem a presença de fases deletérias. Dois modos foram identificados nos espectros de FT-IR correspondentes aos estiramentos assimétricos (→O→W→O). O mapeamento de elementos por EDS permitiu a observação qualitativa dos elementos Ba, W e O presentes nas amostras. As capacidades de adsorção do corante rodamina B e fármaco diclofenaco foram estabelecidas e as melhores condições de adsorção são relatadas. Observou-se que o processo adsortivo não é influenciado pela temperatura. Para o corante no pH 2,0 ocorreu melhor adsorção e a menor massa de adsorvente apresentou excelente capacidade de sorção atingindo equilíbrio dinâmico com 30 minutos. Já para o fármaco o pH 4.0 juntamente com massa de 10 mg ocorreu a melhor capacidade de sorção com equilíbrio dinâmico em 1 minuto. A cinética de adsorção indicou que os processos estão relacionados às interações químicas do tipo quimissorção e o processos se ajustaram melhor ao modelo de Freundlich, no qual, a adsorção ocorre em multicamadas cujo os sítios de adsorção possuem características heterogêneas. Com base na quantidade de náuplios vivos em testes de ecotoxicidade, o tungstato de bário não demonstrara toxicidade. No Ensaio de Viabilidade Celular à medida que o tempo de tratamento aumentava, a conversão de formazan diminuía. Após 72 horas de tratamento, observa-se clara discriminação de dados dose-dependentes, com até cinco discriminantes em 72 horas com uma mudança na absorbância de 1,1 para 0,89 nM. Desta forma, as microesferas de BaWO4 podem ser consideradas como novo material adsorvente com possibilidade de aplicação em efluentes.