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Banca de DEFESA: IGOR LINHARES DE ARAUJO

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: IGOR LINHARES DE ARAUJO
DATA: 30/05/2014
HORA: 09:00
LOCAL: Auditório do Museu de Arqueologia, CCN 2, UFPI
TÍTULO:

O QUE OS OLHOS NÃO VEEM, OS DADOS FALAM: estudo arqueométrico de cerâmicas arqueológicas do sítio Lagoa do Portinho I



PALAVRAS-CHAVES:

Cerâmica. Arqueometria. Litoral. Piauí. Arqueologia.


PÁGINAS: 21
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Arqueologia
RESUMO:

Este trabalho tem como objetivo caracterizar a cerâmica arqueológica do sítio Lagoa do Portinho I, que cA investigação sobre cerâmica arqueológica está diretamente atrelada a associação com os caracteres culturais de grupos e artesãos. Em uma área em que os princípios tradicionais de arqueologia não podem ser aplicados, especialmente no que tange ao contexto do próprio sítio, o estudo dos vestígios ganha papel fundamental para a elaboração de conhecimento sobre aqueles grupos humanos que habitaram, acamparam, passaram nestes espaços. Assim é o panorama do sítio Lagoa do Portinho I, localizado em uma área de lagoa dulcícola homônima, situada no norte do estado do Piauí, mais precisamente nos limites entre os municípios de Luís Correia e Parnaíba. Portanto, a abordagem na busca de identificação de traços que possam elucidar de maneira mais abrangente a vivência dos homens que por lá estiveram, voltou-se para o uso de técnicas de exames e de análises arqueométricas, como fluorescência de raios X por dispersão de energia, difração de raios X e espectroscopia Mössbauer do 57Fe. Os artefatos cerâmicos não foram encontrados em sua estrutura completa, sendo coletados apenas fragmentos, que representam sua totalidade. A triagem dos cacos permitiu observar que alguns deles se interconectavam, sendo componentes de peças individualizadas. Efetuou-se uma descrição visual das características principais das cerâmicas, voltada especialmente para a identificação dos tipos de queima, e a avaliação pormenorizada foi realizada em exames sob lupa. Os padrões cromáticos das peças foram catalogados com código Munsell. Após os exames, elaborou-se um esboço esquemático contendo as principais características de queima identificadas nas pastas cerâmicas. As análises arqueométricas apontaram as diferenças entre as porções oxidadas e reduzidas. A espectroscopia Mössbauer revelou que em uma das peças esse fenômeno foi muito intenso. Os resultados demonstraram que uma das possibilidades interpretativas é a de que os grupos humanos que produziram estes artefatos, provavelmente não conheciam bem a área litorânea, embora detivessem um conhecimento elevado sobre a produção cerâmica, pois mesmo sem terem domínio sobre as influências ambientais, como o período ideal de secagem das peças, conseguiram produzir cerâmicas com alta resistência e qualidade.


MEMBROS DA BANCA:
Interno - 1656931 - JACIONIRA COELHO SILVA
Externo à Instituição - JOSÉ DOMINGOS FABRIS - UFMG
Presidente - 1656914 - LUIS CARLOS DUARTE CAVALCANTE
Interno - 423453 - MARIA CONCEICAO SOARES MENESES LAGE
Notícia cadastrada em: 27/05/2014 08:39
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