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Banca de QUALIFICAÇÃO: MARIA PESSOA DA SILVA

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: MARIA PESSOA DA SILVA
DATA: 01/12/2014
HORA: 08:00
LOCAL: SALA DE REUNIÃO DO TROPEN
TÍTULO:

ETNOBOTÂNICA NA COMUNIDADE RURAL SÍTIO VELHO EM ASSUNÇÃO DO PIAUÍ, BRASIL: IDENTIFICAÇÃO E TRANSMISSÃO DO SABER TRADICIONAL


PALAVRAS-CHAVES:

 Caatinga, contemporaneidade,


PÁGINAS: 156
GRANDE ÁREA: Outra
ÁREA: Ciências Ambientais
RESUMO:

A Etnobotânica é uma ciência que por tratar das relações homem x natureza, tem

despertado muito o interesse de diversos pesquisadores. A comunidade Sítio Velho (05o

20’S e 41o cerrado/caatinga hiperxerófila, com predomínio de caatinga, rica em diversidade

biológica com várias espécies endêmicas e que requer estudos direcionados à etnoconservação. Conhecer a utilização da flora no intuito de compreender a relação

entre os moradores da comunidade rural Sítio Velho em Assunção do PI, com o meio

ambiente e traçar o panorama de uso botânico e os fatores que influenciam esses usos,

foram os objetivos buscados na realização desta pesquisa. A comunidade possui uma

extensão de aproximadamente 848 ha, situada nos limites dos estados do Piauí e Ceará,

contando atualmente com 430 pessoas, distribuídas em 97 famílias, que desenvolvem

em sua maioria a agricultura de subsistência. A metodologia definiu-se em etapas de

observação e reconhecimento das comunidades, aplicação de formulários

semiestruturados com 50 % da população do gênero masculino e feminino, das faixas

etárias: idosa (6 homens e 6 mulheres) e jovem (10 homens e 17 mulheres) e 37,5%

com a faixa etária adulta (25 homens e 29 mulheres), correspondendo a 41 homens e

52 mulheres, com idades entre 18 e 89 anos. Os dados quantitativos foram definidos

através dos cálculos do Valor de Uso; Fator de Consenso dos Informantes; Índice de

Importância Relativa e Curva de Rarefação entre as espécies da Família Asteraceae.

Quanto à escolaridade dos moradores maiores de idade (247 pessoas) verificou-se que

42,9% são alfabetizadas e 57,1% não alfabetizadas. Em 94,5% das famílias há uma

complementação de benefícios concedidos pelo governo, sendo 80% bolsa família, 10%

aposentadoria, 6% bolsa jovem e bolsa safra atingem um percentual de 4%. A extensão

salarial corresponde a 60% meio salário e 28,5% um salário mínimo, 9,5% não dispõe

de nenhuma renda fixa e 2% acima de três salários mínimos. O tempo de moradia de

97,3% da população entrevistada corresponde à idade de cada um. O acervo botânico

coletado encontra-se depositado no Herbário Graziela Barroso (TEPB) da Universidade

Federal do Piauí (UFPI). Para definição dos informantes-chaves (pessoas de notório

saber) foi definido técnica de amostragem aleatória, seguida de “bola-de-neve”.

Catalogou-se 136 espécies, distribuídas em 69 famílias e as mais representativas em

número de espécies foram: Leguminosae (27), Euphorbiaceae/Lamiaceae (13),

Asteraceae (12) e Araceae /Poaceae (10). Identificaram-se 12 categorias de uso:

medicinal, alimentação humana e animal, construção, produção de energia, manufatura,

melífera, místico-religiosa, ornamental, veterinária, ecológica e cosmético, sendo que as

mais relevantes em citações foram medicinal, alimentação animal, alimentação humana

e produção energética. O maior Valor de Uso para as espécies medicinais foram: Aloe

vera (L.) Burm. f., Leonotis nepetifolia L. e Momordica charantia L. (VU=4,0); e as

espécies que obtiveram maior Importância Relativa foram Chenopodium ambrosioides

L. (IR=2), seguida por Sida acuta Burm. f. (IR=1,71). Na categoria construção a

espécie mameleiro (Croton blanchetianus Baill) da família Euphorbiaceae, foi a espécie

mais versátil. Entre as espécies da família Asteraceae a que se sobressaiu com maior valor de

uso (VU) foi Bidens pilosa L. (0,33). O cálculo de rarefação das espécies desta família

comprovaram que o maior conhecimento botânico está contido na faixa etária adulta. Portanto,

as heranças das práticas tradicionais, principalmente no que se refere ao uso de

remédios e construções, oriundos de plantas, ainda são bastante expandidas pela

geração idosa e adulta dentro da comunidade.

Palavras-chave: Caatinga, contemporaneidade, ruralidade, saber tradicional.

 15’W) apresenta transições vegetacionais entre floresta subcaducifólia/


MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - FÁBIO JOSÉ VIEIRA - UESPI
Externo à Instituição - GERMANO GUARIM NETO - UFMS
Interno - 423460 - MARIA DO SOCORRO LIRA MONTEIRO
Presidente - 1167785 - ROSELI FARIAS MELO DE BARROS
Notícia cadastrada em: 10/11/2014 15:08
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