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Banca de DEFESA: JÉSSICA CRISTINA OLIVEIRA FROTA
Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: JÉSSICA CRISTINA OLIVEIRA FROTA
DATA: 30/05/2025
HORA: 08:30
LOCAL: CCHL
TÍTULO: ESTOQUE DE CARBONO NOS SOLOS E NA VEGETAÇÃO DE MANGUE NA ÁREA DE PROTEÇÃO AMBIENTAL (APA) DELTA DO PARNAÍBA
PALAVRAS-CHAVES: carbono azul; manguezais; mitigação das mudanças climáticas; sequestro de carbono
PÁGINAS: 160
GRANDE ÁREA: Outra(s)
ÁREA: Ciências Ambientais
RESUMO:

Os ecossistemas costeiros em especial as áreas de mangue, são considerados ambientes com grande potencial para estocagem de carbono, os conhecidos blue carbon. Com o aumento dos níveis de carbono na atmosfera, tornou-se necessário compreender a capacidade desses ecossistemas em armazenar esse carbono. Diante disso, este trabalho teve como objetivo geral mapear os estoques de carbono presente nos solos e na biomassa vegetal dos manguezais da Área de Proteção Ambiental Delta do Parnaíba (APA DPHB) e como objetivos específicos: Realizar um levantamento fitossociológico das espécies vegetais existentes no ecossistema de mangue da APA DPHB; Estimar o estoque de carbono existente na biomassa vegetal acima do solo (AGB) das áreas de vegetação de mangue presentes na  APA DPHB; Estimar o estoque de carbono orgânico presente no solo através de dados obtidos em campo e mapear o estoque de carbono existente na biomassa vegetal e no solo a partir de dados do sensoriamento remoto associados ao uso de Machine Learning. Para isso, foram instaladas 27 parcelas de 200 m², onde através da sua delimitação foi possível coletar dados de altura e circunferência a altura do peito de cada indivíduo, considerando indivíduos mortos e vivos. A identificação da diversidade das espécies de mangue, foi realizada através do estudo fitossociológico, por meio da identificação do índice de diversidade de Shannon (H’), índice de Simpson (S’) e Equabilidade de Pielou (J). Para o cálculo da biomassa foram utilizadas equações alométricas e sua distribuição espacial foi mapeada por sensoriamento remoto, utilizando as bandas espectrais e índices de vegetação derivados de imagens dos satélites Landsat 8-9/OLI e Sentinel-2/MSI e o uso de aprendizado de máquina (AM), onde foram testados vários modelos de predição (Random forest, Xgboost, Regressão Linear Múltipla, Cubist, Earth e Support vector machine (Linear, Radial e Polinomial)). A estimativa dos estoques totais de carbono orgânico no solo (EstCOT) foi realizada através de metodologia similar à da biomassa vegetal (AGB) e levando em consideração que as amostras de solos foram coletadas nos intervalos de 0-10, 10-20, 20-30,30-50 e 50-10 cm, determinadas as concentrações de carbono através de análises, para em seguida ser calculados os EstCOT e estimados através de modelos. Com isso, para a área de estudo, foram inventariados 649 indivíduos, onde 629 são pertencentes a 5 espécies de mangue: Rhizophora mangle L.; Laguncularia racemosa (L.); Conocarpus erectus L., Avicennia germinans e Avicennia schaueriana. Os demais indivíduos são representativos de outras espécies de áreas de transição: Indigofera sp; Mauritia flexuosa L., Euterpe oleracea Mart. e Genipa americana L. totalizando 23 indivíduos, sendo a espécie R. mangle a que apresentou o maior valor de importância e valor de cobertura, maior dominância, densidade, frequência e maior número de indivíduos, seguida das espécies do gênero Avicennia spp. O maior número de indivíduos foi registrado nas primeiras classes de diâmetro (2,86 – 14,86 cm), o índice de Shannon (H’) foi de 1,27 nats.ind-1, a equabilidade de Pielou foi 0,61 e o índice de Simpson foi de 0,62. Esses valores indicaram uma baixa diversidade, porém uma certa dominância da espécie R. mangle. Essa espécie também obteve a maior quantificação de biomassa vegetal apresentando 790 Mg ha-¹ e o modelo que melhor ajustou a predição aos dados de AGB foi o XGB nos dois sensores (MSI e OLI), porém o período seco foi o que apresentou melhor ajuste, com R²= 0.93, RMSE = 66.74 Mg ha-1 e MAE de 49.42 Mg ha-1. Os EstCOT encontrados na APA variaram de 70,9Mg ha a 502,90 Mg ha-1. O modelo XGB também apresentou o melhor desempenho geral nos dois sensores (MSI e OLI) com o menor RMSE (36.45 Mg ha-1 e 36.61 Mg ha-1, respectivamente), o menor MAE (27 Mg ha-1 e 29,57 Mg ha -1) e um R² consistente de 0,88, o que nos leva a acreditar que seu uso depende da escala final que se deseja. O modelo RF também teve um ajuste considerado elevado pela literatura. Dessa forma, observou-se que os dados encontrados para a estimativa da biomassa e os estoques de carbono no solo da APA DPHB são relevantes e importantes para compreender melhor o ciclo global do carbono, a sustentabilidade dos ecossistemas de mangue, bem como disseminar o uso de ferramentas que auxiliam de forma efetiva na estimativa, podendo contribuir com uma ação contra a mudança global do clima, conforme o ODS 13 proposto na Agenda 2030. Além disso, o levantamento do sequestro de carbono nos mangues do Delta do Parnaíba é importante para o planejamento local e para o desenvolvimento de trabalhos nesta área, tendo em vista a limitação de literatura relacionadas a essa temática, pois o estudo dos estoques de carbono nos solos e vegetações de ambientes litorâneos do Brasil ainda são escassos.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1300002 - GUSTAVO SOUZA VALLADARES
Interno - 302.***.***-53 - FRANCISCO SOARES SANTOS FILHO - UESPI
Externo ao Programa - 1461646 - CLAUDIA MARIA SABOIA DE AQUINO
Externo ao Programa - 1221652 - IVANILZA MOREIRA DE ANDRADE PAIVA
Externo ao Programa - 1203392 - MIRYA GRAZIELLE TORRES PORTELA
Externo à Instituição - 610.***.***-00 - FLAVIA REBELO MOCHEL - UFMA
Externo à Instituição - 874.***.***-68 - MARCOS GERVÁSIO PEREIRA - UFRRJ

Cadastrada em: 16/05/2025
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