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Banca de QUALIFICAÇÃO: RAÍ EMANUEL DA SILVA
Uma banca de QUALIFICAÇÃO de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: RAÍ EMANUEL DA SILVA
DATA: 22/12/2025
HORA: 14:00
LOCAL: Núcleo de Pesquisas em Plantas Medicinais- NPPM Bloco 15- Híbrida
TÍTULO: NANOPARTÍCULAS DE PRATA ESTABILIZADAS COM DERIVADOS DE Terminalia fagifolia Mart.: UM ESTUDO FARMACO-BIOTECNOLÓGICO CONTRA BACTÉRIAS E FUNGOS DE IMPORTÂNCIA PARA A SAUDE PÚBLICA
PALAVRAS-CHAVES: Combretaceae; plantas medicinais; nanopartículas metálicas; resistência antimicrobiana; biofilme.
PÁGINAS: 95
GRANDE ÁREA: Ciências Biológicas
ÁREA: Farmacologia
RESUMO:

O controle da resistência antimicrobiana (RAM) representa um desafio e uma preocupação para a saúde pública, em decorrência da diversidade de mecanismos bioquímicos e moleculares que os microrganismos podem expressar e que impedem e/ou dificultam a ação exitosa dos antimicrobianos. Assim, alinhado aos objetivos da Organização Mundial de Saúde, o desenvolvimento de alternativas terapêuticas se faz urgente e necessário e entre essas possibilidades nanopartículas de prata (AgNPs) podem vir a ser opções adequadas e eficazes contra para a RAM. As AgNPs podem ser elaboradas com derivados de plantas medicinais, a exemplo do extrato etanólico (EEt) e a fração aquosa (FAq) obtidos da espécie Terminalia fagifolia Mart. Estes já foram empregados na produção de AgNPs, mas o papel da concentração destes derivados na síntese e estabilidade destas nanopartículas, ainda não havia sido investigado. O objetivo do estudo foi otimizar o sistema de síntese das AgNPs, a partir da variação da concentração dos derivados (EEt e FAq) e avaliar o efeito antimicrobiano e antibiofilme destas preparações, bem como seu efeito antioxidante e sua biocompatibilidade. Três sistemas de nanopartículas (S1-5mg/mL, S2-500μg/mL e S3-50μg/mL) foram obtidos por síntese verde, para cada derivado, e avaliados quanto à sua formação e estabilidade por espectroscopia na região do UV-visível, tamanho hidrodinâmico, índice de polidispersão (IPD), potencial zeta e microscopia eletrônica de transmissão (MET). A atividade antimicrobiana foi realizada a fim de determinar a Concentração Inibitória, Bactericida e Fungicida Mínimas (CIM/CBM/CFM) contra isolados clínicos, evidenciando o efeito das AgNPs contra as bactérias por meio da análise da curva de morte, envolvimento do estresse oxidativo e alterações morfológicas. A inibição da formação de biofilmes foi analisada com concentrações correspondentes a 1/2, 1/4 e 1/8 da CIM. A atividade antioxidante foi realizada pelo ensaio de captura do radical ABTS e a biocompatibilidade através do ensaio de hemólise com eritrócitos humanos; e ecotoxicidade aguda em náuplios de Artemia salina. A formação das nanopartículas foi confirmada pela presença da banda plasmônica na região de 320-410 nm, sendo o S1 o mais estável, com morfologias esféricas, tamanhos de 246±15 nm e 42±15, IPD 0,50±0,04 e 0,53±0,39 e carga de -54,3± 2,5 e -31,5±8,5 para AgNP-EEt e AgNP-FAq, respectivamente. Todos os sistemas apresentaram atividade antibacteriana, verificando-se, também, que o S1 apresentou as menores CIMs, ao passo que a CBM da AgNP-EEt deste, variou entre 1,68-27 μgAg/mL, sendo então escolhido para as demais investigações. A curva de morte revelou que a solução de AgNP-EEt inibiu o crescimento bacteriano já nas primeiras oito horas de tratamento e, adicionalmente, há um provável envolvimento do estresse oxidativo no efeito contra os isolados Staphylococcus coagulase negativo (ENC)18 e Acinetobacter baumanni. Alterações significativas na morfologia dos isolados Gram positivos foram observadas após o tratamento com a solução de AgNP-EEt, com p < 0,05. Na atividade antifúngica, todos os isolados foram sensíveis aos sistemas de AgNP, com destaque para um isolado de Candida tropicalis em que as soluções de AgNPs foram capazes de potencializar o efeito antifúngico dos derivados, se considerada a concentração destes, presente no sistema (156,35 μg/mL dos derivados), em relação à CIM deles isoladamente (250μg/mL). Um efeito antioxidante promissor foi observado, com inibição de até 90% do radical, nas concentrações em que inibe o crescimento bacteriano. Na investigação da biocompatibilidade, as AgNPs obtidas com o EEt e FAq apresentaram 9% de hemólise apenas na máxima concentração testada (27 μgAg/mL), enquanto que nas demais não houve lise dos eritrócitos (0% de hemólise). Na ecotoxicidade em náuplios de A. salina, as AgNPs reduziram a viabilidade dos organismos nas primeiras 24 horas de exposição, o que pode estar associado à toxicidade apresentada pelos derivados, neste modelo. Os dados apresentados permitem o entendimento do papel dos derivados de T. fagifolia Mart. em uma aplicação nanotecnológica, além de como estes podem atuar contra importantes patógenos envolvidos no contexto da saúde pública. Contudo, mais investigações devem ser conduzidas para ampliar a compreensão do real mecanismo envolvido.


MEMBROS DA BANCA:
Interno - 2617696 - ALDEIDIA PEREIRA DE OLIVEIRA
Presidente - 423602 - MARIA JOSE DOS SANTOS SOARES
Externo à Instituição - 014.***.***-09 - MÁRCIA LUANA GOMES PERFEITO - NASSAU
Externo ao Programa - 2159669 - RAIZZA EVELINE ESCÓRCIO PINHEIRO

Cadastrada em: 11/12/2025
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