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ANTONIO BALDUINO NUNES JUNIOR
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O USO DO SMARTPHONE PARA O DESENVOLVIMENTO DA APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA EM GEOGRAFIA NA EDUCAÇÃO BÁSICA DO MUNICÍPIO DE BOQUEIRÃO DO PIAUÍ-PI
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Orientador : JOSELIA SARAIVA E SILVA
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Data: 31/08/2021
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O desenvolvimento tecnológico experimentado pela humanidade nas últimas décadas vem provocando importantes reflexões em diversos campos do conhecimento e modificações nas relações pessoais e sociais, transformando a forma como a realidade é percebida. Especialmente a partir do início do século XXI, pudemos acompanhar a evolução da tecnologia de comunicação digital, impulsionada pela maior acessibilidade de internet e popularização dos smartphones. Como consequência, no meio educacional, as interações entre professores e alunos vêm sendo afetadas. No ensino de Geografia há necessidade de uma abordagem mais dinâmica e contextualizada dos procedimentos metodológicos e das práticas pedagógicas. Em 2020, o mundo passou a conviver com a pandemia do Sars-Covid-2 (Covid-19), o que fez acelerar mudanças. Nas escolas passaram a adotar o ensino remoto, utilizando, sobretudo, o smartphone nosso objeto de estudo. Para embasar nossa análise dialogamos com a Teoria da Aprendizagem Significativa desenvolvida por Ausubel (1980), Novak (1981) e colaboradores. Trata-se de uma teoria cognitiva de aprendizagem que busca explicar que a aprendizagem significativa é resultante da interação entre um novo conhecimento potencialmente significativo e aquilo já presente na estrutura cognitiva do aprendiz, somada a condição de uma predisposição ao aprendizado. Nossa hipótese é de que o uso smartphone pode contribuir para viabilizar a aplicação da Teoria da Aprendizagem Significativa nas aulas de Geografia da Educação Básica. Assim temos os objetivos do estudo: conhecer as condições materiais e as disposições de alunos e professores para o uso do smartphone em aulas de Geografia; aplicar, após elaboração, sequência didática para o 9º ano do Ensino Fundamental, observando os princípios da Aprendizagem Significativa; identificar os avanços obtidos na aprendizagem do conteúdo geográfico após o uso do smartphone como recurso didático não convencional. Como recursos metodológicos aplicou-se um questionário para verificar conhecimentos prévios. Os dados colhidos serviram a elaboração de uma sequência didática, que foi aplicado em aulas de Geografia realizadas de forma remota utilizando instrumentos digitais, permitindo o uso do smartphone como recurso didático. Após a aplicação da sequência didática, seguiu-se para categorização, análise e interpretação dos dados. Com base no que foi realizado pudemos chegar as seguintes constatações: as condições materiais dos estudantes e professores não atendem plenamente as necessidades de construção do conhecimento em sala de aula, entretanto com o uso do smartphone observamos uma motivação mais acentuada para desenvolverem o aprendizado. Após a aplicação da sequência didática foi possível perceber que os estudantes conseguiam formular os conceitos com maior rigor e apropriação cognitiva das ideias que os ensejavam.
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ARLANE SILVA DE SOUSA
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PRÁTICA DOCENTE EM GEOGRAFIA E APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA: UM ESTUDO NO MUNICÍPIO DE BARRAS (PI)
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Orientador : JOSELIA SARAIVA E SILVA
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Data: 31/08/2021
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A disciplina Geografia possui como característica ser um componente curricular que propõe apresentar aos estudantes da Educação Básica a dinamicidade do mundo contemporâneo. Para isso, é importante refletir e entender a prática docente como um viés para sustentação e fomentação do processo de aprendizagem na sala de aula. Muitas teorias educacionais têm possibilitado uma discussão no campo educacional sobre estes processos. Dentre elas, está presente a Teoria da Aprendizagem Significativa (TAS) de David Ausubel que busca discutir a aprendizagem no âmbito da sala de aula. Desse modo, esta pesquisa tem como objetivo geral analisar a prática docente do professor de Geografia do Ensino Fundamental - Anos Finais da rede pública, no município de Barras-PI, no contexto da aprendizagem significativa de Ausubel. Para delinear esta discussão, foram definidos os seguintes objetivos específicos: a) caracterizar a prática docente do professor de Geografia do Ensino Fundamental - Anos Finais no município de Barras-PI; b) identificar a presença de aprendizagem significativa na prática docente do professor de Geografia em Barras-PI e, c) elaborar uma sequência didática que possa promover a aprendizagem significativa em Geografia. Para tanto, buscou-se construir o referencial teórico a partir de três segmento de análise: ensino de Geografia, prática docente e TAS. Para o primeiro segmento utilizamos Kaercher (1999), Filizola (2009), Castellar e Vilhena (2014), Castrogiovanni (2017), Callai (2017), Alencar e Silva (2018), entre outros e, os documentos curriculares: Parâmetros Curriculares Nacionais - PCN (BRASIL, 1998) e Base Nacional Comum Curricular - BNCC (BRASIL, 2017). No segundo, a discussão norteou-se pelas ideias de Sacristán (1999), Nóvoa (1999; 2007), Zabala (1998), Kaercher (2004), Tardif e Lessard (2012), Franco (2012), Libâneo (2013), Bandeira e Ibiapina (2014), Caldeira e Zaidan (2017), entre outros. Para a TAS, fundamentamos com Ausubel, Novak e Hanesian (1980), Novak (1981), Moreira (2011; 2018), Martín e Solé (2014), Moraes (2017), Masini e Moreira (2017) bem como outros que já discutiram a teoria no ensino da Geografia. A pesquisa é de cunho quali-quantitativo do contexto educacional com dados empíricos. Nesta abordagem, utilizou-se as definições metodológicas de Vianna (2007), Prodanov e Freitas (2013) e de Menezes e Kaercher (2017). Para coleta dos dados empíricos utilizou-se como instrumento o questionário semiestruturado com questões (fechadas e abertas). Foi aplicado por meio do Google Forms, face o contexto da Covid-19. Os dados foram analisados e tabulados em gráficos, tabelas e quadros. Para analisar as questões abertas dos questionários, usamos a metodologia da Análise Categorial de Conteúdo de Bardin (1977). Usamos a categorização e criamos categorias voltadas a perspectiva de evidências da aprendizagem significativa para analisar os relatos dos sujeitos pesquisados. Os dados nos possibilitaram uma compreensão panorâmica em dois âmbitos de análise: o primeiro diz respeito ao perfil docente quanto à atuação e formação acadêmica; o segundo quanto à caracterização da prática docente, em termos de metodologias de ensino, no contexto da sala de aula. Os dados evidenciaram que a maioria dos professores de Geografia do Ensino fundamental - Anos Finais, do município de Barras-PI possui formação acadêmica na área do componente curricular de Geografia e experiência no ofício de professor, contudo, a prática docente no contexto da aprendizagem significativa se apresenta de forma pouco expressiva. Notadamente, concluímos que o fator isolado mais importante da TAS de Ausubel que é o conhecimento prévio do aluno se tornou explícito nos relatos dos professores e a abordagem de metodologias de ensino se encaminharam para uma perspectiva de aprendizagem memorística. No entanto, constatamos outros pontos que incidem em elementos da aprendizagem significativa como, por exemplo, o uso de recursos didáticos variados no âmbito da possibilidade de tornar as aulas de geografia mais dinâmica e facilitar a compreensão do conteúdo, porém, para uma análise mais sistematizada da relação desses recursos na promoção da aprendizagem significativa, necessita-se da prática da observação na sala de aula. Esse aspecto não foi possível ser observado, pois a coleta de dados foi realizada durante o período da pandemia de Covid-19, no qual as aulas presenciais foram suspensas e o formato de ensino remoto não contemplou o uso desses recursos. Espera-se que esta pesquisa possibilite uma reflexão teórico-metodológica da prática docente em Geografia, no contexto da aprendizagem significativa e evidencie para com novas abordagens de investigação no ensino de Geografia.
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PEDRO RICARDO SANTOS DA SILVA
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ENSINO DE GEOGRAFIA ATRAVÉS DO DESENHO UNIVERSAL DA APRENDIZAGEM (DUA): UMA PERSPECTIVA SOBRE INCLUSÃO ESCOLAR DE UM ESTUDANTE COM DEFICIÊNCIA INTELECTUAL
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Orientador : ANDREA LOURDES MONTEIRO SCABELLO
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Data: 31/08/2021
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O ensino de Geografia é essencial para a autonomia e formação cidadã do indivíduo, uma vez que é capaz de formar cidadãos críticos aptos a realizarem uma leitura adequada do mundo, transformando sua realidade, a realidade de seu local de vivência e, consequentemente, a realidade do Brasil e do mundo. Ao discutir o ensino de Geografia nos dias de hoje, principalmente no contexto pandêmico em que vivemos, não podemos deixar de pensar na inclusão escolar. Assim, propomos nesta pesquisa analisar o ensino de Geografia e a inclusão escolar, a partir do uso do Desenho Universal da Aprendizagem (DUA), com um aluno com deficiência da 1ª série do Ensino Médio do IFPI – Campus Angical. Para isso, utilizou-se como metodologia uma abordagem qualitativa, de cunho descritivo, que fez uso de pesquisas documentais, bibliográficas, além de anotações recorrentes em um diário de aula de todas as atividades, interações e impressões com o aluno sujeito da pesquisa. Com o intuito de pesquisar sobre o ensino de Geografia a partir da inclusão escolar, fez-se uso do DUA como estratégia inclusiva norteadora. O DUA traz uma possibilidade de flexibilização do currículo proporcionando uma grande variedade de opções, a partir da aplicação de seus princípios e diretrizes, para o ensino de todos. A base teórica foi alicerçada a partir de autores como Cavalcanti (2002), Marques (2019), Mendes (2010), Cast (2006), Nunes e Madureira (2015), Zerbato e Mendes (2018), Nuernberg (2013), Bianchetti (1995), Silva (2015), Roqueijani (2018), entre outros. Acredita-se que o DUA tem muito a contribuir com a inclusão escolar e com a educação inclusiva e que a Geografia, bem como outras disciplinas, pode usar dessa estratégia, ainda pouco utilizada, em suas aulas para o ensino de todos.
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RAFAELA DOS SANTOS LEAL
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Ensino de Geografia no Liceu Piauiense: contextos e docentes
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Orientador : BARTIRA ARAUJO DA SILVA VIANA
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Data: 30/08/2021
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O Ensino de Geografia é um tema discutido, desde a sua sistematização como ciência, ainda no século XIX, tanto no Brasil como na Europa. Antes, no século XIX isso não ocorria como uma disciplina específica, pois o conteúdo da Geografia distribuía-se nas abordagens de outras disciplinas, como nos estudos de Literatura, de História e de Astronomia. Com o decreto do ano de 1837, que reorganizou o Seminário de São Joaquim e mudou-lhe o nome para o nome de Imperial Colégio de Pedro Segundo, em homenagem ao Imperador menino, serviu de referência para a implantação do ensino dos colégios no Brasil e em suas províncias. Aos governos das províncias coube à responsabilidade total pelo ensino elementar e médio e, como consequência foram criados os primeiros liceus provinciais, localizados nas suas respectivas capitais e, nesse contexto, foi criado o Liceu Piauiense, denominado de Colégio Zacarias de Góis, fundado em 1845, na capital piauiense Oeiras. Esta dissertação tem por objetivo discutir o ensino de Geografia no Liceu Piauiense cujas suas referências eram do Colégio Pedro II bem como seu contexto histórico que resultou na criação do Liceu Piauiense e, consequentemente, a atuação dos professores de Geografia que passaram nessa instituição, além dos currículos e dos livros adotados pela escola durante o período escolhido para a pesquisa. A metodologia constou de estudos sobre os principais fatos bem como a legislação que regulamentou o ensino de Geografia no Brasil; foram feitos estudos em relação à trajetória do Liceu Piauiense no contexto da educação no Piauí com ênfase para a Disciplina de Geografia a partir da análise da evolução do ensino de Geografia no período entre 1845 e 1958, fundamentado em pesquisa bibliográfica, ou seja, levantamento de obras e textos científicos que versam sobre o ensino de Geografia no Piauí. Para embasamento desta discussão sobre História das Disciplinas Escolares utilizou-se de aportes teóricos de Goodson (1991) e Chervel (1990) e para a área específica do ensino de Geografia utilizou-se dos estudos de Rocha (1996), Santos (1980, 2004) e Vlach (1988). Para estudos sobre o Liceu Piauiense utilizou-se Vasconcelos (2007) e Educação no estado do Piauí Brito (1996). Na conclusão evidenciou-se a discussão sobre a importância do Liceu Piauiense como instituição responsável por ensino regular. Nesse contexto, o ensino de Geografia foi desenvolvido pela instituição com a contribuição de importantes docentes ao longo da história. Nesse período, os docentes faziam a produção do material didático próprio, com destaque para o Professor João Gabriel Baptista, como sua contribuição para o desenvolvimento da Geografia e do ensino de Geografia no Piauí.
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VICENTE DE PAULA CASTRO NETO
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Teoria da Aprendizagem Significativa e Ensino de Geografia: Estado da arte
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Orientador : JOSELIA SARAIVA E SILVA
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Data: 30/08/2021
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Apesar da tradição descritiva, a geografia escolar contemporânea não se baseia, simplesmente, na descrição da natureza ou da sociedade, mas sim na compreensão da distribuição espacial de fenômenos importantes para a dinâmica homem-natureza o que lhe permite abordar diversos temas relevantes socialmente e que visivelmente influenciam no cotidiano daqueles que a estudam. Contudo, a inserção das discussões trazidas por esta ciência em sala de aula de modo que promova a aprendizagem se torna um desafio devido as especificidades da disciplina, tais como o trabalho com diferentes escalas da realidade que se traduz em uma muitas abordagens de conteúdos. Deste modo, ganha importância no âmbito educacional a discussão de teorias que auxiliem na resolução de problemas ligados ao processo de ensino-aprendizagem. Acreditando que a Teoria da Aprendizagem Significativa, desenvolvida pelos psicólogos David Ausubel(1980) e Joseph Novak (1981) quando aplicada no ensino de Geografia, contribui positivamente para a assimilação de seus conteúdos e conceitos, o objetivo geral da presente pesquisa foi: compreender como a Teoria da Aprendizagem Significativa pode ser aplicada durante o processo de ensino-aprendizagem de Geografia. Os objetivos específicos estabelecidos são: verificar em Dissertações e Teses o uso e as discussões sobre a utilização da Teoria da Aprendizagem Significativa no âmbito do ensino de Geografia; identificar as contribuições dos trabalhos levantados para o avanço da discussão da Aprendizagem Significativa no ensino de Geografia no Brasil. O cumprimento destes objetivos se deu através da realização de um estado da arte da Aprendizagem Significativa no Ensino de Geografia no Brasil, tendo como recorte temporal o período de 2000 a 2021. Foram realizadas buscas no Catálogo de Teses e Dissertações da Capes e na Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações (BDTD). Foram levantadas 03 (três) teses de doutorado e 04 (quatro) dissertações de mestrado sobre o tema. Através da análise destes materiais constatamos que a utilização de metodologias baseadas na Teoria da Aprendizagem Significativa são efetivas no ensino de Geografia e que a aprendizagem desta disciplina é favorecida pela estreita relação de seus temas com o cotidiano, aumentando a possibilidade da existência de conhecimentos prévios que favoreçam a ocorrência da aprendizagem dos conteúdos escolares. A contribuição dos trabalhos levantados se dá na discussão da aprendizagem significativa no ensino de Geografia em diferentes contextos, no que diz respeito a conteúdo ensinado, alunos e metodologias de ensino demonstrando que a aprendizagem significativa pode ser promovida de diferentes formas. Essas constatações nos permitem refletir sobre a necessidade de promovermos a utilização dessa teoria no âmbito da formação de professores, especialmente no contexto do Piauí e do Brasil.
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RAYANA PATRÍCIA DA COSTA CUNHA
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DE FRENTE OU DE COSTAS PARA O RIO? A paisagem ribeirinha do Parnaíba e Poti na comunidade Potiense em Teresina.
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Orientador : ANDREA LOURDES MONTEIRO SCABELLO
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Data: 30/08/2021
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A paisagem ribeirinha se apresenta de diversas formas dentro da cidade. Desde o princípio da história das cidades e dos primeiros povoados, os rios foram fundamentais fomentando uma variedade de paisagens culturais através da sua morfologia e da maneira com que as pessoas lidam com eles, utilizando-os para o banho, para matar a sede e irrigação das plantações. Dessa forma, essas paisagens ribeirinhas constituem-se em lugares com significados, definindo aquele espaço vivido, conforme constatou Tuan (1983) em seus estudos voltados para a compreensão do papel do ser humano no espaço geográfico formando um novo ramo da Geografia, a Geografia Humanista. Juntamente com de Tuan (1979,1983), Cosgrove (1989), Gomes (1997), Corrêa (1995, 2001, 2003, 2012), Souza (2013) são representantes de uma geografia com inspiração fenomenológica, que enfatiza a experiência humana no espaço. Autores que compõe o arcabouço teórico deste estudo em consonância com o pensamento fenomenológico de Norberg-Shultz (1980) que discrimina o lugar através de etapas de observação. Porém, a paisagem ribeirinha vem sofrendo intensas modificações dentro do contexto ambiental urbano, devido à dinâmica da vida moderna, notório quando suas águas transbordam ou secam, quando ocorre assoreamento, quando há a presença de lixo e sufocamento da estrutura urbana formando diferentes paisagens dentro de uma mesma cidade. Nesta dissertação, será destacado o papel dos rios Poti e Parnaíba nas paisagens culturais da atual região do Poti Velho de Teresina. Assim, intenciona investigar as paisagens culturais dos rios Parnaíba e Poti, identificando o relacionamento dos habitantes com os rios, já que estes são determinantes para a sua paisagem. Particular atenção será dada às paisagens que contemplam os marcos que referenciam a cultura pujante no lugar. As paisagens culturais ribeirinhas em Teresina, no âmago do espaço vivido e percebido, podem ser vistas como um “antídoto” para o discurso que tenta invisibilizar a efervescência das margens ribeirinhas, reforçando uma cultura de costas para os rios. A partir da oposição “de frente ou de costas para o rio”, as paisagens culturais buscam se solidificar dentro do cenário urbano teresinense, como uma forte acentuação da experiência humana no espaço geográfico, reforçando esses lugares de memória e repleto de significados.
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AMANDA MARIA PIRES DE BRITO
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Rede Urbana e a Produção do Espaço Intraurbano de Timon-MA
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Orientador : ANTONIO CARDOSO FACANHA
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Data: 27/08/2021
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A inquietação a respeito da produção do espaço urbano move uma variedade de estudos sobre cidades em todo mundo. Entender como um determinado espaço é construído, quais as causas e interesses para tanto, requer entender diferentes caminhos, dentre elas a atuação dos agentes que disputam, entre si, os seus interesses no contexto deste espaço, provocando modificações em diferentes âmbitos e propósitos. Deste modo, o presente trabalho analisou a produção do espaço intraurbano de Timon-MA, recontando sua trajetória desde sua elevação da categoria de Vila para cidade, e as transformações ocorridas recentemente em seu perímetro urbano. Desta forma, a imersão nesta pesquisa revelou que Timon-MA encontra-se em um processo de expansão urbana, atrelada as mudanças populacionais, econômicas e sociais experimentadas por Timon nas últimas décadas. A relevância e pertinência do estudo empreendido para o conhecimento científico consistem em apresentar uma proposta de regionalização do perímetro urbano de Timon, em sete áreas aqui denominadas de regiões administrativas, a fim de propor uma linguagem mais acessível, e um entendimento geográfico mais amplo a respeito do espaço intraurbano da cidade. O perímetro urbano de Timon ao ser analisado através de sete regiões administrativas, evidencia-se um processo de expansão urbana perceptível, e que não ocorreu em uma única, e sim em todas as regiões da cidade, faz-se necessário conhecer quem são os responsáveis por essas modificações, e como elas alteram a dinâmica urbana de Timon.
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MARCOS AURÉLIO MACÊDO DA SILVA
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GEOPROCESSAMENTO APLICADO NA ANÁLISE DAS ALTERAÇÕES DE IMPERMEABILIZAÇÃO DO SOLO NO AMBIENTE URBANO DE TERESINA, ESTADO DO PIAUÍ
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Orientador : EMANUEL LINDEMBERG SILVA ALBUQUERQUE
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Data: 27/08/2021
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O estudo apresenta a discussão das alterações na paisagem provocadas pela dinâmica das transformações no espaço urbano, principalmente no que diz respeito à apropriação dos territórios e dos recursos naturais. Com o crescimento dos centros urbanos, as cidades têm experimentado uma urbanização carente de infraestrutura adequada. Esta se apresenta como um sistema complexo em uma mudança constante, tendo suas funções alteradas de acordo com as necessidades da sociedade. O objetivo deste trabalho é de contribuir com os estudos integrados relativos à urbanização, partindo da avaliação das características de uso e cobertura do solo no perímetro urbano de Teresina/PI, contextualizando a análise temporal para os anos de 1990, 2000, 2010 e 2019. Os objetivos específicos pautam em: contextualizar do ponto de vista histórico-geográfica o município de Teresina, estado do Piauí; mapear a expansão da mancha urbana e as transformações espaço-temporais; proceder com a análise do uso e cobertura do solo no perímetro urbano da área em estudo, considerando o recorte temporal da pesquisa e quantificar os percentuais de impermeabilização das áreas por setores administrativos. Para efetivação dos objetivos, seguiram-se as seguintes etapas: pesquisa documental para realização de levantamento bibliográfico e posterior revisão conceitual, bem como caracterização da área de estudo; levantamento das principais características de uso e cobertura do solo no município de Teresina/PI; realização de trabalho de campo para reconhecimento da área, com a coleta de dados referentes ao objeto em pauta. Para esta análise, utilizou-se do índice NDBI (Normalized Density Building Index) que é o índice de diferença normalizada de áreas construídas. E para melhorar o índice NDBI, Zha et al. (2003) propuseram um índice para separação de áreas impermeáveis e permeáveis denominado de Built-up index (BU). Como principais instrumentos utilizados para o tratamento dos produtos cartográficos, estão a plataforma MapBiomas, plataforma Google Earth Engine e o software QGIS 3.16. Como resultados, apresenta-se que a partir da análise de uso e cobertura do solo, através de dados de infraestrutura urbana da classificação da plataforma MapBiomas, ao longo da análise temporal deste trabalho, Teresina vêm mantendo um crescimento exponencial na zona sul, contudo a zona sudeste aponta um maior adensamento de grau de impermeabilização. Constata-se que os índices NDVI e NDBI, a partir da plataforma Google Earth Engine (GEE), atenderam ao objetivo da pesquisa. O estudo também conclui que são diversos os problemas de ordem territorial e ambiental, ressaltando-se que os resultados obtidos tendem a servir de subsídio ao poder público, visando elaborar diretrizes para o ordenamento territorial no município de Teresina/PI.
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FERNANDO EDSON DE ABREU RAMOS
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GEOTURISMO NO CÂNION DO RIO POTI: POTENCIALIDADE PARA O DESENVOLVIMENTO TERRITORIAL DE BURITI DOS MONTES E CASTELO DO PIAUÍ
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Orientador : RAIMUNDO WILSON PEREIRA DOS SANTOS
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Data: 27/08/2021
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O geoturismo é um segmento do turismo sustentável que tem como foco os elementos abióticos do meio ambiente, principalmente os aspectos geológicos da geodiversidade. Nesse sentido, o presente estudo está centrado no geoturismo no cânion do rio Poti e sua atuação para o desenvolvimento territorial, utilizou-se um recorte temporal de 2017 até 2020. A pesquisa parte da seguinte problematização: De que forma o geoturismo atua no desenvolvimento territorial dos municípios de Castelo do Piauí e Buriti dos Montes? Destarte, o estudo se justifica pela recente criação da UC (Unidade de Conservação) Parque Estadual Cânion do Rio Poti, resultando na necessidade de estudos e compreensão do uso turístico da área. O objetivo geral da pesquisa é analisar o geoturismo no cânion do rio Poti e sua relação com o desenvolvimento territorial dos municípios de Buriti dos Montes e Castelo do Piauí. Para fins de alcançar esse objetivo o estudo teve como objetivos específicos: caracterizar os municípios e o parque em questão; organizar dados relativos ao “território dos carnaubais” PTDRS (Plano Territorial de Desenvolvimento Rural Sustentável) e PLANAP (Plano de Desenvolvimento Integrado da Bacia do Parnaíba); caracterizar as vocações turísticas evidenciadas no cânion do rio Poti. Como procedimentos metodológicos foram feitos levantamento bibliográfico e documental; coleta de dados in loco e em base de dados eletrônicos; elaboração de materiais cartográficos através do programa Mapbiomas, soft Google Earth Pro e Q-Gis, trabalhos de campo no território de estudo, utilização de imagens de satélite, fotografias e GPS. Para a construção das grandezas de análise do desenvolvimento territorial, aplicou-se a metodologia SWOT (Força, Oportunidade, Fraqueza e Ameaça) e para análise do fenômeno do geoturismo utilizou-se a Matriz GUT, cujo resultado se dá pelo cálculo das variáveis de (Gravidade, Urgência e Tendência). Dessa forma, o processo metodológico da pesquisa compreende uma perspectiva integrada e o entendimento holístico das relações socioeconômicas e ambientais. Os conceitos de território e paisagem constituem elementos que codificam a formulação do raciocínio geográfico e desse modo autores como Muller (1951), George (1966) Bertrand (1972) Raffestin (1980) Lefebvre (2006), além de Hose (2003), Guerra (2010) Brilha (2006) dentre outros que tratam a temática do geoturismo se fazem presentes no texto. Como resultados finais, o estudo mostra o cânion do rio Poti como potencialidade natural para o geoturismo. Apesar do parque situar-se no território de Buriti dos Montes, o estudo demostra que a cidade de Castelo do Piauí tem função central quanto ao geoturismo no Parque Estadual Cânion do Rio Poti, obteve-se aplicando a matriz SWOT (10) forças e (2) fraquezas, apresentando como resultado (31) pontos para os fatores internos aos territórios de Buriti dos Montes e Castelo do Piauí, quanto aos fatores externos aos territórios de estudo, obteve-se aplicando a matriz SWOT (1) oportunidade e (3) ameaças, apresentando como resultado (0) pontos. Na análise do geoturismo, a leitura das variáveis de geodiversidade, geopatrimônio, restaurantes, hotelaria, educação ambiental e inclusão social, apresentada em %, trouxe como resultados 31 % para o aspecto inclusão social, 24 % para educação ambiental, 14 % para hotelaria, 14 % para restauração, 10 % para o geopatrimônio e 7% para geodiversidade, traduzindo o grau de prioridade de cada variável.
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DENIA ELICE MATIAS DE OLIVEIRA
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VULNERABILIDADE SOCIOAMBIENTAL DO MUNICÍPIO DE PARNAÍBA, ESTADO DO PIAUÍ
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Orientador : EMANUEL LINDEMBERG SILVA ALBUQUERQUE
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Data: 26/08/2021
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Nas últimas décadas, a população brasileira passou a concentrar-se cada vez mais em áreas urbanas, associado ao processo de urbanização. Atrelado a esse contexto, os problemas socioambientais nos centros urbanos foram acentuados, configurando situações de vulnerabilidades socioambientais. Nesse sentido, o objetivo deste trabalho foi analisar os aspectos socioambientais do município de Parnaíba, Estado do Piauí, propondo-se na elaboração do Índice de Vulnerabilidade Socioambiental (IVSA) dos respectivos bairros parnaibanos ao nível de setores censitários. Para alcançá-lo, foram elencados os seguintes objetivos específicos: realizar a caracterização geoambiental do município; analisar o contexto histórico e socioeconômico de Parnaíba e; elaborar o Índice de Vulnerabilidade Socioambiental (IVSA) de Parnaíba. A fim de efetivar os objetivos, seguiu-se etapas como: levantamentos bibliográficos e documental às fontes primárias e secundárias; coleta de dados socioeconômicos e ambientais em órgãos governamentais; análise e interpretação de materiais cartográficos; elaboração de mapas temáticos; trabalho de campo na área de estudo. Fez-se uso de imagens orbitais, câmeras fotográficas e aparelho receptor de GPS para a validação das informações coletadas in loco. Quanto ao geoprocessamento dos dados vetoriais e matriciais da base cartográfica, foi utilizado o software QGIS na versão 3.14. Para obtenção do IVSA, aplicou-se a metodologia proposta por Albuquerque e Medeiros (2017), cujo resultado se dá através da média aritmética dos indicadores socioeconômicos e ambientais do município de Parnaíba/PI, classificados em quatro classes de vulnerabilidade socioambiental, baseadas na média e variabilidade (desvio padrão) dos respectivos indicadores, hierarquizada em: Alta (1), Média-Alta (2), Média-Baixa (3) e Baixa (4). Os indicadores socioeconômicos considerados dizem respeito a dados dos setores censitários da área, obtidos por meio do censo demográfico, considerando variáveis das dimensões de habitação e saneamento, renda, educação e situação social que foram padronizados e hierarquizados em classes de vulnerabilidade social, como forma de elaboração do IVS. Quanto ao IVA, considerou-se as informações dos condicionantes ecodinâmicos dos sistemas ambientais locais, cuja obtenção se deu por meio da compartimentação geoambiental frente as potencialidades e fragilidades dos respectivos sistemas naturais. Dessa forma, tem-se os principais indicadores e classes de vulnerabilidade ambiental, a saber: aos ambientes estáveis vulnerabilidade muito baixa, ambientes em transição com vulnerabilidade moderada a alta e ambientes fortemente instáveis vulnerabilidade alta. Nesta perspectiva, justifica-se o estudo ao município de Parnaíba, Piauí, por se configurar um cenário de área litorânea deltaica e por compor um imbricado sistema ambiental associado ao intenso processo de crescimento e expansão de sua área urbana, tornando propício e salutar o atual estudo em auxílio ao planejamento e ordenamento territorial para a região.
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GÉSSICA MARIA MESQUITA MONTEIRO COSTA
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ANÁLISE GEOAMBIENTAL DA LAGOA DO MULATO, MUNICÍPIO DE JARDIM DO MULATO, PIAUÍ
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Orientador : IRACILDE MARIA DE MOURA FE LIMA
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Data: 30/07/2021
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A Lagoa do Mulato é um corpo de água formado pelo represamento natural do riacho Mulato no seu médio curso, no trecho localizado no município de Jardim do Mulato, Piauí. O presente estudo tem como objetivo geral realizar um estudo geoambiental desta lagoa e de seu entorno, destacando sua dinâmica atual, definindo-se como objetivos específicos: realizar uma caracterização geoambiental da lagoa do Mulato e sua área de APP, no contexto da bacia hidrográfica do riacho Mulato; identificar as condições de uso/ocupação da lagoa e de sua faixa de APP (Área de Proteção Permanente); identificar os possíveis impactos ambientais decorrentes do uso e ocupação inadequada dessa área estudada. Os procedimentos metodológicos corresponderam inicialmente ao reconhecimento e a delimitação da área de estudo, paralelamente ao levantamento dos referenciais teóricos e aqueles já realizados sobre a áre de estudo. A segunda etapa constou da organização dos mapas com o apoio do geoprocessamento, utilizando Q-Gis a partir de arquivos vetoriais da bacia hidrográfica do rio Parnaíba Ottocodificada e shapes disponíveis em fontes oficiais, como IBGE (2014), ANA (2017), todos na escala de 1:100.000. E, também foram utilizados dados da Carta DSG (Diretoria de Serviço Geográfico) na escala 1:100.000, Folha SB.23.Z-B-II – Amarante (BRASIL, 1973). Para uso e cobertura da terra utilizou-se imagens multiespectrais do satélite Landsat 8, a partir da metodologia empregada no Manual Técnico de Uso da Terra (IBGE, 2013) e o Relatório de Monitoramento do Uso e Cobertura da Terra (IBGE, 2018). Foi também traçado o perfil longitudinal do riacho Mulato, como forma de situar a posição da lagoa do Mulato em relação à dinâmica da bacia hidrográfica deste riacho, através da delimitação das seções correspondentes aos trechos do seu alto, médio e baixo cursos. A partir da análise deste perfil pôde-se identificar que esta lagoa se localiza no médio curso do riacho Mulato. Em vários momentos dos trabalhos foram realizadas observações de campo e registro fotográfico, como apoio à sistematização de dados e informações bem como investigar quais os principais produtos cultivados na APP e espécies de peixes predominantes e retirados da lagoa e qual o destino final destes produtos. Para tanto, a partir de entrevistas aos usuários diretos: os agricultores e pescadores. Estas informações permitiram que se identificasse se os produtos aí cultivados e pescados têm uma representatividade em termos de produção geral do municpio de Lagoa do Mulato, constante no último censo agropecuário do Piauí divulgado (IBGE, 2017). E, como última etapa metodológica, fez-se uma matriz de listagem de identificação dos possíveis impactos ambientais sobre a lagoa e sua faixa de APP, utilizando-se do método Check-list com base nos parâmetros definidos. Para obter o índice de impactos ambientais utilizou-se os trabalhos de Nascimento (2005) e Sánchez (2008). Como principais resultados destacam-se a identificação e o mapeamento do médio curso do Riacho Mulato, e caracterização geoambiental da lagoa do Mulato, além da identificação e condições de uso da lagoa e sua faixa de APP e os respectivos impactos socioambientais. Os impactos identificados encontram-se relacionados principalmente às áreas de acesso à lagoa, tais como: alteração do leito fluvial com barramentos das aguas da lagoa; retirada da vegetação e queimadas para ampliação de espaço para de uso agrícola e piscicultura, atividades turísticas e, ainda, descarte de resíduos sólidos e esgoto in natura, principalmente em áreas próximas ao perímetro urbano; e de forma indireta o afugentamento da fauna local.
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ERIC DE MELO LIMA
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ÁREAS DE LITÍGIO ENTRE O PIAUÍ E O CEARÁ: RESGATE GEOHISTÓRICO, GEOAMBIENTE E ASPECTOS SOCIOECONÔMICOS
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Orientador : IRACILDE MARIA DE MOURA FE LIMA
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Data: 29/07/2021
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Os estados do Piauí e do Ceará protagonizam um litígio territorial secular que remete ao período do Brasil Colônia. Antes desses estados terem suas respectivas autonomias políticas, ambos pertenceram às Capitanias Maranhão e do Pernambuco. A divisa dessas capitanias eram os planaltos da Ibiapaba. Quando o Piauí passou a jurisdição do Maranhão e o Ceará a do Penambuco, herdaram esses planaltos como limite e divisa. A indefinição de uma linha divisória precisa sobre a Ibiapaba resulta em um litígio territorial secular entre o Piauí e o Ceará, afetando diretamente 8 municípios piauienses e 13 cearenses, em uma área 3.210 km2 (IPECE, 2009). O critério para dividir esses territórios é natural, considerando o divortium aquarum. Apesar da proposta ser do século XVII, a mesma foi reforçada a partir dos parâmetros estipulados no Tratado de Madrid (1750), que estabelecia critérios para solucionar conflitos territoriais das colônias portuguesas e espanholas. Com base nesses critérios, Dom Pedro II, ao devolver o litoral do Piauí invadido pelo Ceará, reafirmou a divisa estadual pelo divisor de águas, em 1880. No entanto esse critério, que parece tão simples de se precisar com a tecnologia disponível nos dias atuais, não é considerado pelo estado do Ceará que avança sobre o território piauiense. Neste trabalho, considera-se como problema central dessa disputa à indefinição territorial dos municípios que têm parte de seus territórios nas áreas de litígio, motivando assim a discussão sobre essa questão territorial, que tem grande importância, principalmente, para a população que reside nessas áreas. Isto porque, áreas em litígio, não são consideradas território dos municípios a ela contíguos, impedindo a instalação de serviços públicos e infraestrutura básica, uma vez que esses investimentos, executados nessas áreas, se configuram como improbidade administrativa, segundo a Constituição Brasileira de 1988. Este estudo se justifica, ainda, pela carência de metodologia técnica e documental alegada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), para concluir a Ação Cível Originária 1831. O objetivo geral é analisar à origem do litígio territorial na divisa entre o estado do Piauí e do Ceará, seus aspectos geoambientais e socioeconômicos, tendo como objetivos específicos: a) discutir os documentos geohistóricos relativos às questões de litígio entre os Estados do Piauí e do Ceará; b) realizar uma caracterização geoambiental dos municípios que têm parte de seu território nessas áreas de litígio; e, c) identificar os aspectos socioeconômicos atuais dos municípios que se encontram na área de estudo. Foram adotados como procedimentos metodológicos o levantamento bibliográfico, documental, cartográfico e teórico-conceitual, como também o reconhecimento e análise da área de litígio. Conclui-se que as áreas de litígio está se ampliando, sendo isso decorrência de tentativas de acordo frustradas pela não utilização de documentos e mapas elementares a compreensão da formação territorial. O atraso na solução desse conflito atrasa o desenvolvimento socioeconômico de uma região com grande geração de riquezas, no setor primário agropecuário e extrativista, graças as características climáticas e hidrológicas, além do potencial de geração de energias renováveis, uma vez que os planaltos apresentam elevada altitude, propício à geração de energia eólica, e baixa latitude, ideal para a geração de energia fotovoltaica.
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JOSÉ GERMANO MOURA RAMOS
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ANÁLISE DA TEMPERATURA DE CAXIAS E SUA RELAÇÃO COM A EXPANSÃO URBANA
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Orientador : CARLOS SAIT PEREIRA DE ANDRADE
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Data: 26/06/2021
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A pesquisa Análise da Temperatura de Caxias-MA e sua Relação com a Expansão Urbana ganhou importância por ser entendida como parte de um sistema dinâmico que tem ligações com diversos elementos naturais ou oriundos da sociedade, atuando conjuntamente. A temperatura, elemento atmosférico, exerce diretamente influência sobre lugares, pessoas, e formas de vidas. Por apresentar mudanças diárias e em períodos mais longos, pessoas em diversos lugares tentam entendê-la. Cidades situadas em regiões equatoriais assumem papel vital, tanto com suas médias elevadas diariamente, bem como, em função da interferência desse fator nas relações humanas e nas atividades produtivas. As cidades no Brasil, igualmente às de outros países, concentram muito e Conti (2011) menciona que 84,3% dos brasileiros vivem em áreas urbanas. Dessa forma, elaborou-se como objetivo geral analisar a variação da temperatura na cidade de Caxias-MA e sua relação com a expansão urbana, tendo como desdobramentos os objetivos específicos: mensurar as temperaturas nos espaços caxienses e mecanismos de influência na alteração da mesma; verificar se a expansão da área urbana está formando ilhas de calor; relacionar o grau de transformação do meio e a dinâmica da temperatura atmosférica local e desenvolver análise sobre a formação e a reprodução do espaço urbano caxiense como transformador do ambiente. A problemática questiona se o processo de expansão urbana caxiense tem provocado alteração da temperatura entre as zonas: central, sul, leste e norte. A pesquisa se enquadra no tipo qualiquantitativa exploratória, cuja metodologia se baseia em estudos referenciais e em campo, sendo realizada em duas etapas, julho e outubro de 2020, com a adoção de quatro pontos de coletas de temperatura às 9h, 15h e 21h. A pesquisa encontrou suporte metodológico nos estudos de Clima Urbano de Monteiro (1990a; 1990b; 1991; 2015), Monteiro e Mendonça (2009); Meteorologia com Nimer (1989); Clima tropical com Ayoade (2015) e Estudos Urbanos com Amorim (2010; 2016), sendo obras que deram embasamento nas etapas. Os resultados mostram que as noites de julho têm temperaturas que não se elevam muito, tardes muito quentes e temperaturas mínimas registradas em manhãs. O período quente, da segunda etapa, apresentou temperaturas das manhãs sempre acima das anteriores. Temperaturas médias noturnas mais elevadas, com a temperatura média diurna igualmente elevada distribuída pelos espaços. A questão sazonal interfere nas temperaturas e nos demais elementos climáticos na cidade; o ambiente urbano apresenta tendência a arquipélagos de calor e não de ilhas de calor. Há necessidade de planejar a expansão urbana revendo o crescimento horizontal, adotar certo nível de verticalização planejada aos novos espaços, pois, as médias noturnas indicam concentração de calor nos quatro pontos de coletas de temperatura, evidenciando a condição de manter áreas verdes mediante o diversificado uso do solo.
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MARIA DO DESTERRO DA SILVA BARBOSA
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O PENSAMENTO ESPACIAL E O RACIOCÍNIO GEOGRÁFICO NA OLIMPÍADA BRASILEIRA DE ASTRONOMIA E ASTRONÁUTICA (OBA) E A VISÃO DOS ESTUDANTES DA REDE MUNICIPAL DE TERESINA -PI SOBRE O OLIMPISMO
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Orientador : BARTIRA ARAUJO DA SILVA VIANA
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Data: 07/06/2021
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Esta pesquisa discute a importância da Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica (OBA) para estimular o desenvolvimento do pensamento espacial e o raciocínio geográfico dos estudantes que participam desse certame. Nesse aspecto, parte do seguinte questionamento: Em que medida a Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica contribui para o desenvolvimento do pensamento espacial e do raciocínio geográfico? Tendo como objetivo geral: analisar em que medida as atividades/questões das provas da Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica estimulam o pensamento e o raciocínio geográfico. Como objetivo específico procurou: a) conhecer as questões das provas da OBA que fomentam o pensamento espacial no período de 2013-2020; b) avaliar a incidência de conceitos, representações espaciais e processos do raciocínio nas questões das provas do nível III da OBA; c) discorrer o histórico do olimpismo no Brasil e em Teresina; d) identificar o perfil dos estudantes do Programa Cidade Olímpica Educacional que participaram da Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica (OBA) em 2020, enfatizando visão dos mesmos sobre as Olimpíadas do Conhecimento Científico. Dividimos nosso estudo em três momentos principais: primeiro realizamos uma pesquisa bibliográfica seguida da pesquisa documental e da pesquisa de campo. Em nossa revisão teórica constam as contribuições de Golledge (2002; 1992), Lavouras (1998), Vigotski (2000; 2008), Simielli (2007), Martins (2007), Cavalcante (2012), Bragança (2013), Castellar e Vilhena (2014), Gersmehl (2014), Duarte (2017), Juliasz (2017), Risette (2017), Teresina (2019), Castellar e De Paula (2020), Ruy Moreira (2020), dentre outros. Na pesquisa documental analisamos as provas da OBA entre os anos de 2013 a 2020. Para tanto aplicamos a taxonomia de Jo e Berdnars (2009), adaptada e aplicada por Duarte (2016). Na pesquisa de campo foi aplicado, através do Googleforms, um questionário junto aos estudantes que participaram da OBA em 2020 e do Programa Cidade Olímpica Educacional, uma iniciativa da rede pública municipal de Teresina. Ao término da pesquisa, foi possível compreender que existem questões/exercícios da prova da OBA que fomentam o pensamento espacial, ao mesmo tempo que estimulam estudantes a construir ativamente seu próprio conhecimento e desenvolvimento em vários aspectos, como os cognitivos e sociais.
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EDUARDO RAFAEL FRANCO DA SILVA
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Relevo no Livro Didático de Geografia: avanços, permanências e retrocessos
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Orientador : RAIMUNDO LENILDE DE ARAUJO
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Data: 31/05/2021
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AA temática relevo apresenta diversas significações e formas de abordagem. Ao ser submetida ao texto pedagógico assume características e reproduz discursos específicos. O entendimento de como o relevo se apresenta no ensino de Geografia dialoga, nesta pesquisa, com o tema relevo produzido nos currículos nacionais, estaduais e municipais. Esse encontro ocorre a partir da leitura de duas coleções de livros didáticos de Geografia do Ensino Fundamental-Anos Finais e avalia os possíveis avanços, permanências e retrocessos entre as propostas, os documentos e o livro didático. A opção pela análise do livro didático se deu devido, reconhecer o mesmo como um recurso didático capaz de produzir, reproduzir e dissolver realidades. Além disso, e diante de variados recursos didáticos de ensino-aprendizagem disponíveis, o livro didático continua exercendo papel significativo no cotidiano escolar. O objetivo geral definiu-se como identificar a presença e a qualidade da temática relevo nos livros didáticos de Geografia do ensino fundamental-anos finais adotados em Teresina-PI, no triênio 2017-2019 e os que serão utilizados no quadriênio 2020-2024. Por sua vez, os objetivos específicos visam analisar a dimensão do tema relevo nos conteúdos de Geografia, em duas coleções de livros didáticos de Geografia do Ensino Fundamental anos finais, recomendados pelo Ministério da Educação/Plano Nacional do Livro Didático 2017 e 2020 que foram e serão utilizados na Rede Municipal de Ensino de Teresina-PI; verificar se a temática relevo em livros didáticos do Ensino Fundamental anos finais dialoga com as propostas curriculares nacional a fim de apresentar ao leitor possíveis semelhanças e dissonâncias entre o texto curricular produzido pelo Ministério da Educação; identificar quais os níveis das escalas espaciais, do fenômeno geográfico do tema relevo que são apresentados nos conteúdos de Geografia nos livros selecionados. As singularidades adquiridas pelo relevo quando conformadas ao texto pedagógico nos encaminha para a reflexão das generalizações, simplificações, reducionismos e mera reprodução de informações veiculadas por esses materiais educativos, fato que em parte não coincide com a indicação de abordagem da temática pelas propostas curriculares. A leitura do relevo no livro didático de Geografia oportunizou a discussão da temática e percebeu-se que a mesma ainda está vinculada em grande parte à descrição compartimentada dos aspectos naturais destaque, para os livros do oitavo e nono ano, mas também é notório que há uma busca de visão mais integradora entre sociedade e natureza e de uma leitura crítica e interpretativa da paisagem, principalmente nos livros do sexto e sétimo ano, que proporcionou uma maior abordagem do relevo, voltada ao cotidiano do aluno e não uma forma estática, que nesse sentido é observado como um avanço do conteúdo relevo nos livros didáticos.
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IOLANDO DE CASTRO SILVA
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A LINGUAGEM CARTOGRÁFICA NA PERSPECTIVA DA BNCC E DO CURRÍCULO DO PIAUÍ: OS DESAFIOS PARA A IMPLANTAÇÃO NA EDUCAÇÃO BÁSICA EM TERESINA, PI
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Orientador : MUGIANY OLIVEIRA BRITO PORTELA
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Data: 28/05/2021
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A Base Nacional Comum Curricular, aprovada em dezembro de 2017, em sua versão final para o Ensino Fundamental, e em 2018 a versão final para o Ensino Médio, passa a ser uma referência nacional normativa para os processos de elaboração de currículos e materiais didáticos, de políticas de formação de professores, de critérios para avaliações. Diante disso, o foco desta investigação é o conhecimento acerca do ensino da linguagem cartográfica na educação básica, na perspectiva da BNCC. Pretende-se conhecer os desafios para implantação da BNCC na educação básica, notadamente entre os docentes da rede pública estadual, lotados na 4ª GRE (Gerência Regional de Ensino) na cidade de Teresina, Estado do Piauí. Nessa perspectiva, estabeleceu-se como objetivo geral analisar a proposta de currículo da BNCC para a linguagem cartográfica no Ensino Fundamental na disciplina Geografia. E, como objetivos específicos: identificar as concepções de currículos que contribuíram para a construção da BNCC, sobretudo para o ensino de Geografia; relacionar a BNCC do Ensino Fundamental com o Currículo do Piauí, no tocante à linguagem cartográfica e verificar junto aos professores de Geografia da 4ª GRE/SEDUC-PI os desafios e os encaminhamentos para a implantação da BNCC e da linguagem cartográfica no Ensino Fundamental. A metodologia consistiu em levantamento bibliográfico sobre as principais teorias de currículo que influenciam a educação básica brasileira e os desdobramentos dessas concepções no uso da linguagem cartográfica no ensino de Geografia. Além disso, houve a análise documental, sobretudo da BNCC (BRASIL, 2018) e do Currículo do Piauí (PIAUÍ, 2019), identificando suas concepções e as propostas para o uso da linguagem cartográfica no ensino de Geografia. E a aplicação de questionários para os professores de Geografia que ministram aulas na 4ª GRE/SEDUC-PI na cidade de Teresina. A interpretação geral das informações ocorreu conforme as análises teórico-metodológicas com abordagem qualitativa no contexto das reflexões dos autores Silva (2019), Lopes e Macedo (2011), Portela (2020), Cavalcanti (2005, 2011, 2019), Castellar e De Paula (2020), Richter (2017), Richter e Moraes (2020) e Duarte (2017). Como resultados, identificou-se que são poucos os trabalhos de “currículo de Geografia e a BNCC” nos programas de pós-graduação no Brasil. Verificou-se similaridades entre as concepções de currículo propostas por Silva (2019) e as concepções curriculares no ensino de Geografia no Brasil. Além disso, constatou-se que não é possível identificar uma única concepção de Currículo para BNCC (2018) e que o Currículo do Piauí (2019) incorporou as concepções da Base. Identificou-se também que a concepção de linguagem cartográfica proposta pela BNCC (2018) está alinhada às pesquisas desenvolvidas nos programas de Pós-graduação no Brasil nas últimas décadas. Na análise dos questionários, foi possível perceber que os professores consideram importante o uso do mapa no ensino de Geografia e que utilizam as representações cartográficas em suas aulas, entretanto, existe um distanciamento entre as práticas dos professores e a proposta da Base, pois, de maneira geral, os mapas são utilizados apenas para ilustrar o fenômeno estudado. A BNCC (2018) e o Currículo do Piauí (2019) propõem que o ensino de Geografia faça uso da linguagem cartográfica para desenvolver o pensamento espacial articulado ao raciocínio geográfico para que o aluno desenvolva a competência e a habilidade para compreender o mundo em que vive, e essa consiste em ser a principal proposta resultante desta pesquisa, aliada à necessidade de formação continuada dos docentes para que haja uma compreensão dos documentos que fundamentam o currículo de Geografia
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PAULO HENRIQUE LUZ ROCHA
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EVOLUÇÃO URBANA DE PICOS (PI)
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Orientador : ANTONIO CARDOSO FACANHA
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Data: 28/05/2021
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O espaço urbano é um produto histórico e social, sendo imprescindível a compreensão da natureza histórica da cidade e das suas funções originais e decorrentes, para o estabelecimento de suas bases. Desse modo, a cidade é a forma concretizada da urbanização, resultante da acumulação de todas as cidades anteriores, formadas a partir da atuação de diferentes agentes em diferentes contextos socioeconômicos. Assim, considerando que a análise das diferentes organizações espaciais urbanas, ao longo do tempo, é essencial para compreensão desse espaço na atualidade, definimos como objetivo geral analisar o processo de evolução do espaço urbano de Picos (PI), e como objetivos específicos caracterizar a gênese e a formação do espaço urbano de Picos, identificar os agentes e condicionantes, bem como sua atuação na formação desse espaço, discutir as causas e consequências da urbanização desse espaço e verificar a sua organização espacial urbana nos diferentes períodos. Para tanto, foi realizada uma pesquisa com método de abordagem dialético, método de procedimentos históricos e técnicas de coleta de dados com documentação direta – pesquisa de campo com registros fotográficos e geoprocessamento de imagens de satélite com uso do Google Earth Pro e Qgis, e documentação indireta, com pesquisa nos acervos documentais do Conselho Ultramarino, Arquivo Público do Piauí, Museu Ozildo Albano, IBGE e Prefeitura Municipal de Picos, bem como da literatura disponível em livros, teses, dissertações e artigos. Os resultados obtidos apontam que a cidade de Picos teve origem na década de 1930, a partir da edificação de uma Capela nas margens do rio Guaribas, no contexto da colonização do Piauí por fazendas de gado. Transformada em Freguesia e, posteriormente, em Vila, na década de 1850, Picos apresentou um crescimento relativamente tímido, tendo a economia baseada na economia de subsistência. Um século depois, a partir de meados da década de 1950, as estradas de rodagem fazem de Picos um entroncamento rodoviário, consolidado pela Rodovia Transamazônica, na década de 1970, tornando-o centro dos baixões agrícolas piauienses e importante fornecedor de alimentos para as grandes cidades do Nordeste, atividade esta que favoreceu o desenvolvimento da praça comercial. As atividades decorrentes da Política de Integração Nacional favorecem a demanda por mão-de-obra, colaborando para o êxodo rural e o crescimento urbano. Com a crise da agricultura, nos fins do século XX, o setor terciário se consolida e a migração se acentua, ocorrendo a urbanização de Picos, período a partir do qual a cidade se expande significativamente, agregando valor ao seu comercio e aumentando a oferta de bens e serviços cada vez mais especializados, consolidando-se como importante centro sub-regional na hierarquia urbana. O crescimento da população continua pressionando o setor imobiliário pela oferta de lotes e casas, bem como o Estado, para a construção de casas populares, o que têm provocado cada vez mais a conversão de terra rural em urbana e a expansão da cidade para além dos limites do perímetro urbano. Apesar do crescimento significativo da urbe, em termos quantitativos, Picos ainda é considerada cidade média, por ter população inferior a 100 mil habitantes. Entretanto, se considerarmos sua funcionalidade na hierarquia urbana do Piauí – Centro Sub-Regional, é cabível classificá-la como cidade média, dada a sua importância no contexto estadual.
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ALICE SILVA COSTA ALELAF
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TECNOLOGIA DIGITAL E O ENSINO SOBRE A CIDADE DE FLORIANO - PI
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Orientador : MUGIANY OLIVEIRA BRITO PORTELA
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Data: 25/05/2021
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Esta pesquisa discute o uso de Tecnologias Digitais da Informação e Comunicação (TDICs) no ensino de Geografia, na cidade de Floriano-PI. Diante disso, torna-se necessário entender em que medida escolas e professores estão integrando a realidade urbana dos alunos e a utilização das TDICs no ensino sobre a cidade de Floriano. Assim, pergunta-se: como os professores de Geografia da rede pública de ensino medeiam o ensino sobre a cidade de Floriano com o uso de TDICs? Para responder a essa questão norteadora, estabeleceu-se como objetivo geral: analisar a prática docente dos professores de Geografia da rede pública de Floriano, mediante o uso das TDIC para o ensino de cidade. Complementarmente, os objetivos específicos consistem em: conhecer a prática docente dos professores de Geografia de Floriano; identificar os problemas mais recorrentes em relação ao ensino de Geografia em Floriano mediado por TDIC; verificar as dificuldades que os professores de Geografia de Floriano encontraram em apresentar o ensino de cidade mediante as aulas remotas; destacar a importância dos conteúdos de cidade na disciplina de Geografia; elaborar encaminhamentos para o ensino da cidade de Floriano mediado por TDICs. Embasados nas leituras de Nascimento (2007), Barreto (2014), Dias (2010), Cavalcanti (2010, 2019), Portela (2017), Castellar e Vilhena (2010), Carlos (2003), entre outros, formulamos a abordagem teórico-metodológica deste trabalho. Desse modo, está pesquisa apresenta uma abordagem qualitativa de natureza exploratória que se utilizou dos seguintes instrumentos: pesquisa bibliográfica, documental e aplicação de questionário online estruturado e semiestruturado para os professores da rede pública de ensino com formação inicial em Geografia e com atuação na disciplina em Floriano. Constatamos que os professores de Geografia não tiveram uma formação inicial e continuada que levassem em consideração as TDICs no currículo e que no ensino sobre a cidade de Floriano o uso de TDICs nem sempre é privilegiado. Verificou-se que as dificuldades para o ensino de cidade mediante as aulas remotas consistem na falta de acesso dos alunos aos recursos digitais. Concluiu-se também que o ensino de cidade em Geografia é importante por estar diretamente relacionado à formação cidadã, uma vez que lida com os aspectos sociais, econômicos, políticos e culturais, o que contribui para que o aluno construa sua identidade e passe a exercer sua cidadania de maneira consciente. Assim, foi proposto encaminhamentos para o ensino da cidade de Floriano que abrangeram as TDICs, a saber, computador, datashow, smartphone, internet, redes sociais e jogos como SimCity e FarmVile.
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JULIANA OLIVEIRA ARAÚJO
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GEOMARKETING E (RE) ORDENAMENTO TERRITORIAL NO LITORAL PIAUIENSE: ESTUDO DE CASO DO MUNICÍPIO DE PARNAÍBA-PIAUÍ-BRASIL
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Orientador : EDVANIA GOMES DE ASSIS SILVA
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Data: 21/05/2021
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A ocupação dos territórios no litoral piauiense evidencia-se a partir da apropriação do espaço, visto a dinamicidade das atividades econômicas, com destaque para o setor turístico. Diante disso, os governos em suas diversas escalas, necessitam de mecanismos, que os auxiliem no processo de tomada de decisões. Para tanto, este estudo utiliza o Geomarketing enquanto ferramenta de gestão de estudos ambientais, urbanos e turísticos, referentes aos processos de zoneamento e ordenação do espaço. Assim, definiu-se, enquanto objetivo geral analisar o uso do geomarketing no estudo das transformações socioespaciais e turísticas no período compreendido entre 2000 e 2020 no município de Parnaíba-Piauí, ao destacar as particularidades ambientais, o processo de expansão urbana, as políticas públicas voltadas para o meio ambiente e ordenamento territorial, além de propostas de roteiros turísticos. Objetivos específicos: Investigar o contexto têmporo-espacial na área de estudo nos últimos 20 anos; Especificar os planos de ações das políticas públicas e privadas utilizados no (re) ordenamento territorial; Categorizar as particularidades físicas e humanas do município por meio do Geomarketing e Propor roteiros turísticos para o município de Parnaíba com base nas análises geoambiental e turística. Quanto aos procedimentos metodológicos, destacam-se: a pesquisa bibliográfica, com os estados da arte das dissertações e teses produzidas nos últimos vintes anos a respeito do litoral e do Geomarketing; a pesquisa documental, na qual reuniu-se materiais que contribuíssem na construção teórica e no processo de discussão dos dados, a exemplo de documentos da Prefeitura Municipal de Parnaíba - Plano Diretor- e Plano de Manejo da Área de Proteção Ambiental Delta do Parnaíba do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade, para saber a área de ocupação do município dentro da APA. Além de renomados autores que versam sobre as feições costeiras, análise sistêmica (integrada), paisagem, território, turismo, urbanização, políticas públicas e ordenamento territorial. Além destes, têm-se a pesquisa de campo com os registros fotográficos e, o geoprocessamento e as geotecnologias que contribuíram para a confecção da cartografia temática e da proposição de mapas para o desenvolvimento de roteiros turísticos. Sobre os resultados, ressaltam-se a presença do Complexo Eólico na Praia Pedra do Sal; o processo de restauração do Complexo Turístico Porto das Barcas; Construção de novos equipamentos urbanos e turísticos: shoppings center, hotéis, supermercados, estabelecimentos de educação e de moradia: condomínios fechados, eventos estes que corroboram a dinâmica do município de Parnaíba. Verificou-se com este estudo que o Geomarketing, por ser a junção da geografia, cartografia e marketing é um instrumento de gestão que ratifica a geolocalização dos objetos no espaço geográfico, evidencia a geodiversidade nos contextos ambientais, culturais e turísticos, auxilia no processo de zoneamento e ordenação do espaço, além de dar visibilidade ao município de Parnaíba por meio do marketing turístico
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KARINY LUCAS SILVA
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EDUCAÇÃO EM SOLOS: ESTUDO EM LIVROS DIDÁTICOS DE GEOGRAFIA DO ENSINO FUNDAMENTAL
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Orientador : GUSTAVO SOUZA VALLADARES
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Data: 21/05/2021
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A ciência geográfica permite que a sociedade compreenda sua interação com o espaço. O componente físico-natural solo está integrado ao espaço junto a sociedade, é de extrema utilidade para a sobrevivência da vida na Terra, evidenciando-se assim, a importância do seu ensino, bem como sua conservação. Na Geografia escolar, o Livro Didático é o principal instrumento utilizado para ensino, proporcionando inicialmente o contato dos alunos com o conteúdo de solo. O objetivo geral que norteou a pesquisa foi estudar a abordagem do conteúdo de solos nos livros didáticos de Geografia aprovados no Programa Nacional do Livro Didático (PNLD) 2020. Para atingi-lo foram propostos os seguintes objetivos específicos: identificar as concepções curriculares para o Ensino de solos na Geografia no 6º ano do ensino fundamental; analisar como o conteúdo solo é abordado no Livro Didático de Geografia; sugerir práticas pedagógicas voltadas para o Ensino de solos no 6ª ano do ensino fundamental, no ensino de Geografia. Considerando-se essa conjectura, utilizou-se como metodologia a abordagem qualitativa com natureza exploratória e descritiva, análise documental, e pesquisa bibliográfica em trabalhos que envolvem a discussão, a saber: Jenny (1941), Brasil (1996), Pinto Sobrinho (2005), Mantovani (2009), Pina (2009), Callai (2010), Castellar (2014), Maciel (2015), Brasil (2017), Govers (2017), Mendes (2017), Brasil (2018), entre outros. Conforme as análises, os resultados apontam que os livros em certos momentos, em suas diferentes discussões, contêm equívocos conceituais, ilustrativos, e que apesar disso, apresentam uma evolução na abordagem dessa temática. Conclui-se que nos livros didáticos analisados o conteúdo solo é apresentado em aspectos pedogenéticos, edáficos, de conservação e no contexto da agricultura. As imagens apresentadas deveriam ser mais bem articuladas com o texto, e estar em concordância com o conhecimento científico. O livro envolve diferentes temáticas, o que torna inviável abordar em poucas páginas todos os aspectos de determinada temática, portanto, a intenção não é apontar qual o melhor ou pior livro.
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FRANCISCA VANESSA FRANCO FERREIRA
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A GEODIVERSIDADE E O POTENCIAL TURÍSTICO NOS MUNICÍPIOS DE ASSUNÇÃO DO PIAUÍ E SÃO MIGUEL DO TAPUIO, PIAUÍ
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Orientador : CLAUDIA MARIA SABOIA DE AQUINO
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Data: 09/04/2021
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No contexto atual, estudos relativos à geodiversidade e temas correlatos são de suma importância, sobretudo por integrarem os elementos bióticos e abióticos da paisagem, o que contribui para instituir uma consciência ambiental. Desse modo, estudos que auxiliam na identificação de áreas que apresentam elementos da geodiversidade de interesse geológico/geomorfológico, podem contribuir, por exemplo, para futuros projetos de ordenamento territorial. No Piauí, as pesquisas envolvendo a geodiversidade vêm sendo desenvolvidas na última década, e apesar do número crescente, ainda são insuficientes. Diante desse cenário, a pesquisa apresenta como objetivo geral analisar a geodiversidade e o patrimônio geológico/geomorfológico dos municípios de Assunção do Piauí e São Miguel do Tapuio, Piauí, como suporte a iniciativas de geoconservação e geoturismo. Tendo como foco os valores turístico e didático delineou-se os seguintes objetivos específicos: (i) caracterizar a geodiversidade dos municípios de Assunção do Piauí e São Miguel do Tapuio; (ii) Inventariar o geopatrimônio, notadamente o geológico e o geomorfológico com base na metodologia proposta por Oliveira (2015); (iii) Avaliar quantitativamente o potencial turístico com base na metodologia proposta por Pereira (2010) para os municípios; (iv) Propor um roteiro geoturístico considerando o patrimônio geológico e geomorfológico identificado; (v) Apresentar sugestões de estratégias de valorização e divulgação do geopatrimônio dos municípios de Assunção do Piauí e São Miguel do Tapuio e (vi) Elaborar material didático relacionado ao tema da pesquisa para a área de estudo. A metodologia adotada foi dividida em quatro etapas, organizadas da seguinte maneira: (i) levantamento e análise do referencial teórico; (ii) estudo de diferentes metodologias utilizadas na avaliação do patrimônio geológico e geomorfológico, bem como escolha da metodologia adotada na pesquisa; (iii) trabalho de gabinete para a elaboração do material cartográfico; (iv) trabalho de campo e aplicação das fichas de inventariação com base na metodologia de Oliveira (2015) e da ficha de quantificação baseada na metodologia proposta por Pereira (2010) e (vi) elaboração de recursos didáticos e de atividades geoeducativas. Foram identificados, avaliados qualitativamente, caracterizados e posteriormente quantificados considerando o valor turístico 15 geomorfossítios, a saber: G1 – Pedra da Ponte do Caldeirão; G2 –Pedra da Jia; G3 – Mirante Serra da Ripada; G4 – Pedra do Santo Antônio; G5 – Loca Grande do Sítio do Meio; G6 – Mirante da Serra Salva Vida; G7 –Caldeirão Lajeiro Branco; G8 –Olho d’água do Sítio Velho; G9 – Cidade de Pedras da Baixa Verde; G10 –Cachoeira do Escuro; G11 – Complexo Paredões Rochosos Palmeira de Cima; G12 –Complexo Paredões Rochosos Palmeira de Baixo; G13 – Astroblema; G14 – Complexo das Formações Rochosas Olho d’água dos Picos; G15 –cachoeira do Nilo. Todos os geomorfossítios apresentam valores turístico, contudo, a quantificação permitiu inferir que dentre os geomorfossítios inventariados na pesquisa, a Pedra da Ponte do Caldeirão obteve a maior média entre os cinco parâmetros analisados, com 1,8 pontos, em seguida têm-se os geomorfossítios Mirante Serra da Ripada, Cidade de Pedras da Baixa Verde, Cachoeira do Escuro, Complexo Formações Rochosas Olho d’água dos Picos com 1,6 pontos cada e os geomorfossítios Cachoeira do Nilo e Pedra do Santo Antônio com 1,4 pontos de média, sendo estes, portanto os geomorfossítios com maior interesse geológico/geomorfológico dos municípios da área de estudo, considerando os seus potenciais usos para fins turísticos. Considerando o potencial identificado na área de estudo recomenda-se a implantação de infraestrutura por parte do poder público com vista a exploração dos mesmos de modo sustentável, vindo a favorecer a geração de renda nos municípios de Assunção do Piauí e São Miguel do Tapuio, Piauí.
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FRANCISCO JOSÉ DA SILVA SANTOS
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Avaliação da aprendizagem de geografia em escolas de tempo integral de Campo Maior/PI: normativas, concepções e práticas
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Orientador : RAIMUNDO LENILDE DE ARAUJO
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Data: 26/02/2021
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Os debates relacionados ao Ensino de Geografia têm se intensificado ao longo dos anos, com o desencadeamento de reflexões sobre os processos que envolvem a estrutura da Geografia escolar, desde a formação docente até a inter-relação com discentes em sala de aula e, especialmente nesse trabalho, a dinâmica do ensino e aprendizagem de Geografia, com ênfase em avaliação. O melhor entendimento do processo avaliativo contribui de forma significativa para o avanço na qualidade da aprendizagem dos conhecimentos geográficos e aprimoramento das práticas docentes. Com o intuito de padronizar os mecanismos de avaliação da aprendizagem escolar, foram estabelecidos procedimentos de avaliação próprias definidos pelo Estado. Esta pesquisa tem por objetivo geral compreender a avaliação na perspectiva do ensino de geografia, fundamentada em parâmetros da Secretaria de Estado da Educação do Piauí, a partir das práticas de docentes em Escolas de Tempo Integral de Campo Maior/PI. Os objetivos específicos foram estudar a sistemática de avaliação publicada pela Secretaria de Estado da Educação do Piauí e sua articulação com a legislação educacional (LDB, PCNs, DCNs, etc.); identificar as concepções dos professores de Geografia quanto à implantação das propostas avaliativas sugeridas pela SEDUC/Piauí; conhecer as práticas docentes a respeito da avaliação em Geografia. A partir desses pressupostos, utilizou-se como metodologia a abordagem qualitativa em caráter exploratório com a realização de revisão de literatura de pesquisas bibliográficas sobre trabalhos que abordassem a temática como: Cavalcanti (1998, 2002, 2012), Castellar (2010), Callai (2014), Castrogiovanni (2014), Luckesi (2002), Hoffmann (2005), Libâneo (1994) e Rabelo (2010), entre outros que versam sobre ensino de Geografia e avaliação da aprendizagem em Geografia. Além disso, foi realizado levantamento de dados empíricos (documentos da Secretaria de Estado da educação do Piauí relacionados à sistemática de avaliação), realização de entrevistas com docentes, categorização e análise dos dados coletados. Os resultados da pesquisa indicam que os (as) docentes entrevistados (as) entendem a avaliação como um instrumento educacional que deve se desenvolver em uma perspectiva processual, de forma a contribuir para o ensino-aprendizagem. Nesse sentido, percebeu-se que os (as) professores (as) tem se proposto a dinamizar os instrumentos avaliativos em suas práticas, a partir de problemas que dificultam a avaliação no ensino de Geografia, ou seja, socioeconômico, familiar e estrutural. Já quanto a Sistemática Avaliativa SEDUC/PI e os dois critérios que a compõe; o estudo identificou que há maior incorporação das orientações no que tange aos aspectos qualitativos indicados pelo documento. Na abordagem quantitativa, demonstraram-se impasses referentes à sua aplicação pelos docentes, o que desencadeou reações de insatisfação por parte dos estudantes, tanto em relação ao aspecto de sua distribuição temporal (bimestralmente), quanto ao formato interdisciplinar. A Sistemática demonstrou fragilidade em auxiliar o processo avaliativo nas singularidades de cada componente curricular e, em específico, da Geografia. Conclui-se que os (as) docentes entendem a avaliação numa perspectiva progressista, mas suas práticas continuam permeadas por aspectos tradicionais, reforçados pela Sistemática Avaliativa SEDUC/PI, que valoriza, dentro de sua proposta, a aferição de resultados, seja por critérios qualitativos ou quantitativos.
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GLÉCIA MARIA DE CARVALHO SOUSA
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CONFLITOS DE USO DA TERRA EM ÁREAS DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE MARGINAIS (APPS) DO RIO RIACHÃO, EM SANTO ANTÔNIO DE LISBOA-PI
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Orientador : CLAUDIA MARIA SABOIA DE AQUINO
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Data: 25/02/2021
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A temática Recursos Hídricos é imprescindível para o Brasil e o mundo, dadas as condições da crescente demanda da sociedade e da economia em relação a estes recursos e cuja oferta torna-se insuficiente para atender aos novos padrões sociais e tecnológicos vigentes, em virtude da degradação dos mananciais. A água é um recurso estratégico para a humanidade, de importância ecológica, econômica e social. Basicamente, ela mantém a vida no planeta, sendo o alicerce de grande parte das atividades produtivas da sociedade moderna. Logo, sua proteção e gestão responsável são essenciais para manutenção de sua qualidade e disponibilidade para o ser humano. Nesse sentido, a identificação das áreas de preservação permanente, aliada aos distintos tipos de uso e cobertura das terras, nas mesmas, com vista a análise de conflitos são fundamentais, posto as APP’s (Áreas de Preservação Permanente) constituírem instrumento importante para proteção e recuperação da qualidade hídrica, em especial no meio urbano por concentrar fontes de perturbação e alteração do uso da terra decorrentes das atividades antrópicas desenvolvidas muitas vezes às margens dos cursos d’água. A importância de estudos conduzidos em cursos de água, em especial nas regiões semiáridas, a exemplo do município de Santo Antônio de Lisboa- PI, associado a escassez de pesquisas voltadas a delimitação das APP’s nos cursos d’agua do Piauí, somado a inexistência de trabalhos acadêmicos sobre o referido tema no município de Santo Antônio de Lisboa justifica a realização da pesquisa que busca analisar os conflitos de uso das terras nas áreas de preservação permanente (APP’s) do Rio Riachão no município de Santo Antônio de Lisboa-PI como suporte a iniciativas de educação e planejamento ambiental . Para atingir tal objetivo realizou-se: i) a identificação das áreas de APP’s que margeiam o rio Riachão, ii) o mapeamento dos distintos tipos de uso/cobertura das terras nas APP’s que margeiam o rio Riachão, iii) a identificação das principais formas/processos de degradação na área de estudo e iv) a produção de material educativo, uma cartilha, como forma de alertar e orientar a população acerca da necessidade de conservação da água e proteção das APP’S do rio Riachão. A pesquisa orientou-se a partir da revisão bibliográfica de trabalhos técnicos e científicos já realizados sobre a temática, aliada a pesquisa documental e análise de estudos de caso sobre o tema, empregando a metodologia proposta por Cruz, Lanzanova e Bisognin (2019) que fez uso de técnicas de geoprocessamento, e, por fim, a prática de campo, com visitas in loco para confirmação dos dados mapeados. Os critérios do Código Florestal dispostos na Lei 12.651/2012 nortearam a identificação das APP‘s, e para a delimitação destas usou-se a ferramenta buffer do software Arcgis 10.6. A identificação dos conflitos partiu da sobreposição do mapa dos usos e cobertura das terras e do mapa das APP‘s. Os resultados revelaram que a APP do município é de 30 metros conforme medido o leito regular do rio Riachão de até 10 metros de largura. As classes de uso e cobertura das terras nas APP’s do rio Riachão identificadas foram: Área urbanizada, Áreas antrópicas agrícolas, Vegetação densa, Vegetação menos densa, Desmatamento/solo exposto e Recursos hídricos. Dentre estas, a classe Áreas Antrópicas agrícolas apresentou-se como a mais expressiva (60,46%), seguida da classe Vegetação densa (25,60%) e Área urbanizada (5,80%) revelando uma área com intensa exploração da APP marginal do rio Riachão por atividades agrícolas de subsistência, uma relativa presença da vegetal densa e edificações. Ao todo, a APP de margens do rio Riachão possui 0,88 km². Desta área total de APP 0,25 km² estão preservados e 0,59 km² estão em desacordo com a legislação ambiental. Os conflitos de uso e cobertura das terras revelaram alguns problemas ambientais, dentre eles: as atividades agrícolas desenvolvidas ao longo do seu curso de forma insustentável, o desmatamento das matas ciliares deixando os solo exposto e vulnerável a erosão, a retirada indiscriminada de areia do leito e das margens do rio para a comercialização e as construções/edificações urbana/rural às margens do rio desencadeando respostas que se convertem em processos erosivos e/ou de assoreamento em distintos pontos do rio. Por fim, foi elaborada uma cartilha educativa intitulada: “Rio Riachão: conhecendo para conservar”, com intuito de instigar a educação ambiental no município. O emprego das geotecnologias, bem como o entendimento das relações sociedade-natureza discutidas a partir da abordagem socioambiental forneceram contribuição inestimável para a realização desta pesquisa, que acredita-se signifique um esforço fundamental e pioneiro no sentido do promover a conservação da água no municipio analisado.
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MARCOS VINÍCIUS DE ANDRADE RIBEIRO
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A REPRESENTAÇÃO SOCIAL DO CURRÍCULO DE GEOGRAFIA DA REDE MUNICIPAL DE TERESINA PARTILHADA POR PROFESSORES DESSA DISCIPLINA NOS ANOS FINAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL
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Orientador : JOSELIA SARAIVA E SILVA
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Data: 23/02/2021
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A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) foi homologada em dezembro de 2017 pelo Ministério da Educação e, após sua fase de implementação, começa a vigorar no Ensino Fundamental. Consoante com a prerrogativa nacional, o município de Teresina – PI, durante o ano de 2018, redefiniu seu currículo oficial baseando-o nos preceitos da BNCC. Assim, entendemos ser grande a influência das propostas curriculares na adequação dos saberes escolares a serem ensinados, incluindo os conhecimentos geográficos e o norteamento das práticas educativas, pois influenciam no tipo de sociedade e de sujeito que se quer construir, no que a escola ensina, como se ensina e como se avalia. Neste contexto, redefinem-se, também os conteúdos e os fundamentos teórico-metodológicos enquanto aportes das práticas educativas desenvolvidas no cotidiano escolar. Dessa forma, os novos modelos curriculares instituídos surgem como centro instrumental dos processos de mudanças no âmbito da educação geográfica que se pratica na cidade de Teresina. Procurando contribuir com essa discussão, este estudo apresenta como objetivo geral analisar a representação social do currículo de Geografia da rede municipal de Teresina - PI partilhada por professores dessa disciplina. E como objetivos específicos: I - Identificar no currículo de Geografia da rede municipal de Teresina a presença dos conceitos estruturantes da ciência geográfica; II - Conhecer o conteúdo e a estrutura da representação social do currículo de Geografia da rede municipal de Teresina partilhada pelos professores dessa disciplina; III – Verificar a ocorrência de relação entre o conteúdo da representação social e a forma de apresentação dos conceitos estruturantes da ciência geográfica presentes no documento. Para tanto, buscamos apoio na Teoria das Representações Sociais elaborada por Moscovici (1961), com ênfase numa de suas teorias complementares, a Teoria do Núcleo Central formulada por Jean-Claude Abric. Para dar embasamento à discussão sobre Currículo, bem como seu período contemporâneo de produção, utilizamos teóricos como Apple (2001, 2006), Silva (2011, 2019), Santomé (1998, 2013), Lopes e Macedo (2011), Sacristán (2013), Harvey (2008), Santos (2003), Bauman (1999), entre outros. Partimos da hipótese de que os professores de Geografia não possuem uma representação social vinculada ao campo científico expresso no currículo de Geografia da rede municipal de Teresina. Para balizarmos nossas análises utilizamos uma abordagem quanti-qualitativa associada à Análise de Conteúdo (BARDIN, 1977), possuindo como instrumentos de coleta de dados o Teste de Associação Livre de Palavras e um questionário. Como resultados, encontramos na representação social a influência do senso comum e da perspectiva de currículo tradicionalista, uma vez que o currículo em questão é atrelado meramente a sequenciamento e à organização de conteúdos, a guia para executar as aulas e ao conjunto de saberes agrupados. As significações encontradas a partir da análise do núcleo central, não expressam os conhecimentos geográficos adotados no atual modelo curricular.
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