Notícias

Banca de DEFESA: ANDRESSA MAYARA BEZERRA DE OLIVEIRA LIMA

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: ANDRESSA MAYARA BEZERRA DE OLIVEIRA LIMA
DATA: 21/05/2024
HORA: 08:30
LOCAL: DEFESA DE TESE
TÍTULO: REPRESENTAÇÃO DE CRIMES LITERÁRIOS EM "TORTO ARADO", DE ITAMAR VIEIRA JUNIOR, E "ÁGUA DE BARRELA", DE ELIANA ALVES CRUZ: LITERATURA E DIREITOS HUMANOS EM DEBATE
PALAVRAS-CHAVES: Torto Arado; Água de barrela; crimes literários; direitos humanos; violência.
PÁGINAS: 244
GRANDE ÁREA: Lingüística, Letras e Artes
ÁREA: Letras
RESUMO:

Os crimes têm sido uma presença constante na literatura ao longo dos séculos, servindo como tema principal em muitos romances, contos e poemas. Desde a época dos clássicos gregos até os dias atuais, os escritores têm explorado o lado mais obscuro da natureza humana, retratando crimes de todas as formas e tamanhos. A presente pesquisa tem como objetivo geral analisar a representação de crimes literários presentes nas obras “Torto arado”, de Itamar Vieira Junior e “Água de Barrela”, de Eliana Alves Cruz, tais como o racismo, a violência de gênero, o assédio, o estupro e o homicídio. Visa-se ainda compreender como esses crimes são abordados na narrativa contemporânea brasileira e de que forma se relacionam com a defesa dos direitos humanos. A pesquisa se propõe a identificar, nas obras literárias mencionadas, a ênfase na relação entre literatura e direitos humanos. Destarte, partindo da hipótese de que a Literatura se mostra como uma possível plataforma para as denúncias da realidade social, a inquietação epistemológica subjaz no seguinte problema de pesquisa: qual a relação existente entre Literatura e Direitos Humanos, por meio da análise dos crimes literários presentes nas obras “Torto arado”, de Itamar Vieira Junior e “Água de barrela”, de Eliana Alves Cruz? Do ponto de vista metodológico, esta pesquisa tem natureza explicativa, uma vez que busca esclarecer as múltiplas relações que envolvem a criação da narrativa ficcional, articulando os conceitos da teoria literária com saberes advindos de outras áreas do conhecimento, essencialmente das Ciências Jurídicas. A abordagem teórico-metodológica respalda-se em autores como Lynn Hunt (2009), Michel Foucault (2021), Jacques Derrida (1992), René Welleck e Austin Warren (2003), Antonio Candido (1975), Antonie Compagnon (2009), Fernando Capez (2020), Frantz Fanon (2008), Sigmund Freud (1990) entre outros para subsidiar a reflexões em torno da relação dos direitos humanos e da Literatura; na perspectiva do espaço ficcional para representar o locus da narrativa e sua relação com os personagens destacamos autores como Éric Dardel (2011), Gaston Bachelard (1999) e Milton Santos (2012). Para examinar as representações de violência e justiça presentes nessas obras, será empregado um método de análise de conteúdo, notadamente dialético, permitindo uma leitura detalhada das estratégias narrativas adotadas pelos autores, que problematizam caracteres contidos na Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 e no Código Civil de 2002, bem como do anteprojeto do Novo Código Civil e da Resolução nº 710, de 20 de novembro de 2020 (que institucionaliza a Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas). O paralelo estabelecido entre as obras selecionadas contribuirá para uma compreensão mais ampla dos temas abordados e das diferentes abordagens empregadas pelos autores. Ao discutir os resultados, tornou-se possível realizar uma reflexão crítica sobre as implicações e a relevância da pesquisa para o campo da Literatura e dos direitos humanos. A análise realizada nesta tese por meio das obras “Torto Arado”, de Itamar Vieira Junior, e “Água de Barrela”, de Eliane Alves Cruz, revela uma das maneiras de representar o sistema escravista do Brasil, demonstrando como as práticas descritas (sujeição, disposição do corpo negro, violência, opressão e crime) nos romances sugerem a possibilidade de considerar a arbitrariedade do poder, a resistência, a revolta, a exploração de mão de obra escrava, a violência e a dominação do corpo negro como violações de direitos e cometimento de crimes perpetrados na sociedade.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1626700 - CARLOS ANDRE PINHEIRO
Externo à Instituição - GERANILDE COSTA E SILVA - UNILAB
Interno - 1550705 - LUIZIR DE OLIVEIRA
Interno - 145.435.403-87 - MARGARETH TORRES ALENCAR COSTA - UESPI
Externo à Instituição - TARCILANE FERNANDES DA SILVA - UESPI
Notícia cadastrada em: 06/05/2024 09:28
SIGAA | Superintendência de Tecnologia da Informação - STI/UFPI - (86) 3215-1124 | © UFRN | sigjb05.ufpi.br.instancia1 22/07/2024 08:25