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Banca de DEFESA: JOELMA DE ARAÚJO SILVA RESENDE

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: JOELMA DE ARAÚJO SILVA RESENDE
DATA: 16/12/2024
HORA: 09:00
LOCAL: DEFESA DE TESE
TÍTULO: VIOLÊNCIA POLÍTICA DE GÊNERO EM ESTILHAÇOS – EM TEMPOS DE LUTA CONTRA A DITADURA, DE LORETA VALADARES E SEMPRE FOI SOBRE NÓS, ORGANIZADO POR MANUELA D’ÁVILA: REMEMORAÇÕES DO PASSADO AINDA PRESENTE
PALAVRAS-CHAVES: Escrita de si; violência política de gênero; memória; ditadura.
PÁGINAS: 161
GRANDE ÁREA: Lingüística, Letras e Artes
ÁREA: Letras
SUBÁREA: Literatura Comparada
RESUMO:

Esta tese apresenta como se configura a violência política de gênero a partir da escrita feminina nos livros Estilhaços – em tempos de luta contra a ditadura, de Loreta Valadares e Sempre foi sobre nós – Relatos da violência política de gênero no Brasil, organizado por Manuela d’Ávila. Durante a ditadura, a violência praticada contra as mulheres militantes ocorria no sentido de expulsá-las do âmbito de poder. Atualmente, a mulher que se insere no âmbito político continua sendo alvo de violência das mais variadas formas, o que mostra que a repressão continua. Notamos, a partir das leituras dos textos de Loreta Valadares e Manuela d’Ávila, que a mulher sofre violências no âmbito político para que seja forçada a se retirar do espaço público e a retornar ao espaço privado/doméstico. Assim, acreditamos que atualmente continua existindo uma ditadura contra mulheres que se inserem no âmbito político. Para direcionar a pesquisa, partimos de algumas questões, como: de que forma acontecia a participação de mulheres na política contra a ditadura militar brasileira? E atualmente, como essa participação tem acontecido? Que violências essas mulheres sofriam/sofrem? Por que elas sofrem essas violências? Como a mulher tem utilizado a escrita para denunciar essas violências? Os relatos mnemônicos são tecidos por uma voz em primeira pessoa? Como elas fazem isso?  Partem de recortes de histórias individuais entrecortadas pelos fatos do passado ou da história acoplada à memória coletiva? A pesquisa apresenta uma análise de natureza qualitativa, de abordagem exploratória, com estudo de um fenômeno social. Foram feitos processos de revisão bibliográfica, construção da trajetória de luta dessas mulheres cujas obras fazem parte desta tese e suas formas de levantarem a voz e serem ouvidas e uma apreciação crítica do material levantado. Para dialogar com as teorias da memória, da escrita de si e literatura de testemunho, foram feitas leituras de Gagnebin (2006), Pollak (1989), Sarlo (2007), Alberca (2007), Lejeune (2008) Gomes (2004) e Figueiredo (2022). Pesquisamos a vida e a obra de Loreta Valadares e Manuela D’Ávila, para compreendermos os processos de resistência e invisibilidade em torno da escrita de mulheres militantes; para compreender as concepções sobre o corpo feminino no sistema patriarcal e contemporâneo nas obras que são nosso objeto de estudo, realizamos estudos a partir de Lerner (2019), Bourdieu (2010), Rago (2001), Foucault (1987), Breton (2007) e Braunstein e Pepin (2001) e para discutir as violências sofridas pelas mulheres durante a ditadura militar e no cenário político atual, estudamos Santos (2021), Ferreira (1996), Colling (1997), Rosa (2013) e Joffily (2016). Percebeu-se que a mulher sofreu e continua sofrendo diversas formas de violências no universo político, e que essas agressões focam principalmente no corpo feminino.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 145.***.***-87 - MARGARETH TORRES ALENCAR COSTA - UESPI
Interno - 1626700 - CARLOS ANDRE PINHEIRO
Interno - 1550705 - LUIZIR DE OLIVEIRA
Externo à Instituição - 991.***.***-49 - ANDERSON CLAYTON FERREIRA BRETTAS - IFTM
Externo à Instituição - 00.000.011/2920-13 - SUSANA BEATRIZ CELLA - UBA
Notícia cadastrada em: 12/11/2024 15:34
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