A superação do fracasso escolar tem ganhado cada vez mais força na agenda das políticas públicas educacionais. Esse fracasso tem se manifestado principalmente por meio da retenção e evasão escolar. Em vista disso, políticas de não retenção têm sido desenvolvidas na Educação Básica com o objetivo de mitigar os efeitos da reprovação. Muito embora a rede federal de ensino disponha de maiores recursos, melhor infraestrutura, docentes com formação acima da média das demais instituições, bem como de melhores remunerações, o fenômeno da retenção e evasão ainda se fazem presentes no seu contexto, mesmo que com índices inferiores que a maioria das instituições públicas de ensino básico. No âmbito do Instituto Federal do Piauí - IFPI, a principal política de não retenção se apresenta na forma da Progressão Parcial. A Progressão Parcial consiste na possibilidade de aluno avançar para a série/ano seguinte, mesmo tendo ficado reprovado em determinada quantidade de disciplinas. Este estudo tem por objetivo compreender como tem se desenvolvido a operacionalização do regime de progressão parcial enquanto política educacional e de gestão para correção de fluxo dos cursos técnicos do Instituto Federal do Piauí - IFPI. Pretende-se utilizar, para o desenvolvimento desta pesquisa, uma abordagem qualitativa por intermédio do estudo de caso. Para a coleta de dados, os instrumentos selecionados foram a análise de documentos, observação e entrevistas.