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Banca de DEFESA: JOSIVAN ANTONIO DO NASCIMENTO

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: JOSIVAN ANTONIO DO NASCIMENTO
DATA: 08/07/2022
HORA: 09:00
LOCAL: Videoconferência
TÍTULO: Epigênese poética ou poesia como epigênese: modos de experiências e instâncias em A província deserta, de H. Dobal
PALAVRAS-CHAVES: Epigênese Poética. Experiência-Obsígnica. Percepção. Dobal.
PÁGINAS: 347
GRANDE ÁREA: Lingüística, Letras e Artes
ÁREA: Letras
RESUMO:

Apresento nesta Tese de Doutorado uma pesquisa que investiga os desdobramentos teóricos e metodológicos que fundamentam a operação do conceito de epigênese poética ou poesia como epigênese dos modos de experiências e instâncias poéticas na obra A província deserta, publicada primeiramente em 1974, pelo escritor piauiense Hindemburgo Dobal (1927- 2008), conhecido popularmente como H. Dobal. Partindo de circunstâncias acadêmicas, pessoais, profissionais e sociais, o desenvolvimento deste estudo contribui para a fortuna crítica da obra de H. Dobal e propõe uma perspectiva de leitura da poesia como epigênese poética. A operação teórica e metodologicamente desta pesquisa considera o estudo bibliográfico do conceito de epigênese no contexto das ciências biológicas para propor sua ressignificação no campo da literatura, especificamente na poesia. Deste modo, as discussões teóricas são baseadas principalmente nas contribuições filosóficas e semióticas de C. Peirce (2010, CP. 1935-1958, 8 vols.) em diálogo com reflexões sobre arte, epigênese, literatura e percepção, tal como proposto por A. Cechinel (2011, 2007), A. Noë (2012, 2004), H. Bloom (2007, 2002), H. Gumbrecht (2014), J. Robert (2004), R. Arnheim (2018), e sobre a fortuna crítica dobalina, tal como discutida por A. Aragão (2013), D. Araújo (2011), H. Silva (2005), J. Eugênio (2007b), S. Santos (2015), W. Lima (2005) e outros autores. A análise da poesia de H. Dobal organiza-se em quatro capítulos com três tópicos cada e considera os aspectos qualitativos e quantitativos concernentes à operação da epigênese poética no âmbito do autor, da fortuna crítica e das instâncias de linguagem e mundo que constituem a obra. No primeiro capítulo, contextualizo o conceito de epigênese nas ciências biológicas e na literatura para apresentar a organização da epigênese poética, que se divide nos modos genuíno e degenerado através de experiências-obsígnicas de corpo-experiência, mente-experiência, experiência-corpo e experiência-mente. No segundo capítulo, exploro a epigênese poética no eixo da autoria, que se organiza nos modos de autor-pessoa e autor-obsigno. No terceiro capítulo, examino a epigênese poética no âmbito da fortuna crítica nos períodos pré-2000 e pós-2000. A fortuna crítica ocorre nos modos de leitor-pessoa e leitor-obsigno. Por fim, no quarto capítulo analiso a epigênese poética na obra A província deserta a partir das instâncias de percepção. Com base nas discussões e nas análises desenvolvidas neste estudo, observo que a epigênese poética da obra de H. Dobal fundamenta-se na flutuância dos obsignos que constituem por semiose, intersemiose e transemiose as experiências-obsígnicas do autor-pessoa-obsigno. O esfacelamento das experiências-obsígnicas no corpo-experiência e na mente-experiência se torna a metáfora basilar na epigênese poética de Dobal-obsigno, tornando-o em Dobal-epigênico. As tensões e os conflitos na iconização dos instantes são a força motriz da flutuância dos obsignos numa extensão espaço-temporal em esfacelamento.


MEMBROS DA BANCA:
Interno - 1626700 - CARLOS ANDRE PINHEIRO
Interno - 008.591.443-64 - EMANOEL CESAR PIRES DE ASSIS - UEMA
Externo à Instituição - FELICIANO JOSE BEZERRA FILHO - UESPI
Externo à Instituição - IVO ASSAD IBRI - PUC - SP
Presidente - 1550705 - LUIZIR DE OLIVEIRA
Notícia cadastrada em: 13/06/2022 13:09
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