RISCO DE DEGRADAÇÃO DO ALTO CURSO DA SUB-BACIA DO RIO LONGÁ-PIAUÍ
Bacias hidrográficas. Risco. Degradação. Planejamento ambiental.
Inicialmente os trabalhos que adotam o conceito de bacias como unidades de análise estavam voltados para a preservação de recursos hídricos, atualmente contemplam questões relacionadas a uma realidade complexa que engloba a interação entre vários elementos como: a conservação do solo, o aumento da produtividade, as atividades comerciais, a exploração econômica, as potencialidades turísticas e as relações sociais. A escolha da área de estudo deve-se ao fato da grande contribuição da mesma para o processo de povoamento da região norte do Piauí e, principalmente, pela questão da carência de estudos relativos às sub-bacias no Estado do Piauí, tornando importante uma análise do risco de degradação do alto curso da sub-bacia hidrográfica do rio Longá objetivo desta pesquisa. Definiu- se como objetivos específicos 1) discutir a bacia hidrográfica como unidade de planejamento e gestão ambiental; 2) realizar o levantamento da das condições físicas da área da bacia , tais aspectos como geologia, geomorfologia, clima, solos e cobertura vegetal; 3) elaborar mapas temáticos dos aspectos geoambientais da área, 4) realizar mapeamento e análise das formas de uso e cobertura das terras da área de estudo e por fim a partir do emprego da abordagem integrada e fazendo uso de sistemas de informação geográfica que permitiu a combinação dos diversos mapas elaborados 5) Estimar o risco de degradação do alto curso da bacia hidrográfica do rio Longá, a partir do emprego dos seguintes indicadores: Índice Climático; erosividade da chuva (R); erodibilidade dos solos (K); declividade (D) e Uso e Cobertura das Terras. O risco de degradação considerando a metodologia aplicada para o ano de 1990 pode ser assim distribuído: em 19,5% da área o risco identificado foi baixo, em 77,2% da área o risco foi moderado e em 3,3% o risco foi alto. Em 2010: 23% da área de estudo apresentou risco baixo, em 56% o risco foi moderado e em 21,2% o risco foi alto. Através da análise dos dados constata-se que houve uma grande modificação na condição do ambiente com aumento na classe de risco alto que em 1990 era de 3,3% para 21,2%. Estes resultados ensejam a continuidade das pesquisas como forma de buscar de forma mais aprofundada as causas responsáveis pelo aumento do risco de degradação na área de estudo.