A pesquisa Análise da Temperatura de Caxias-MA e sua Relação com a Expansão Urbana ganhou importância por ser entendida como parte de um sistema dinâmico que tem ligações com diversos elementos naturais ou oriundos da sociedade, atuando conjuntamente. A temperatura, elemento atmosférico, exerce diretamente influência sobre lugares, pessoas, e formas de vidas. Por apresentar mudanças diárias e em períodos mais longos, pessoas em diversos lugares tentam entendê-la. Cidades situadas em regiões equatoriais assumem papel vital, tanto com suas médias elevadas diariamente, bem como, em função da interferência desse fator nas relações humanas e nas atividades produtivas. As cidades no Brasil, igualmente às de outros países, concentram muito e Conti (2011) menciona que 84,3% dos brasileiros vivem em áreas urbanas. Dessa forma, elaborou-se como objetivo geral analisar a variação da temperatura na cidade de Caxias-MA e sua relação com a expansão urbana, tendo como desdobramentos os objetivos específicos: mensurar as temperaturas nos espaços caxienses e mecanismos de influência na alteração da mesma; verificar se a expansão da área urbana está formando ilhas de calor; relacionar o grau de transformação do meio e a dinâmica da temperatura atmosférica local e desenvolver análise sobre a formação e a reprodução do espaço urbano caxiense como transformador do ambiente. A problemática questiona se o processo de expansão urbana caxiense tem provocado alteração da temperatura entre as zonas: central, sul, leste e norte. A pesquisa se enquadra no tipo qualiquantitativa exploratória, cuja metodologia se baseia em estudos referenciais e em campo, sendo realizada em duas etapas, julho e outubro de 2020, com a adoção de quatro pontos de coletas de temperatura às 9h, 15h e 21h. A pesquisa encontrou suporte metodológico nos estudos de Clima Urbano de Monteiro (1990a; 1990b; 1991; 2015), Monteiro e Mendonça (2009); Meteorologia com Nimer (1989); Clima tropical com Ayoade (2015) e Estudos Urbanos com Amorim (2010; 2016), sendo obras que deram embasamento nas etapas. Os resultados mostram que as noites de julho têm temperaturas que não se elevam muito, tardes muito quentes e temperaturas mínimas registradas em manhãs. O período quente, da segunda etapa, apresentou temperaturas das manhãs sempre acima das anteriores. Temperaturas médias noturnas mais elevadas, com a temperatura média diurna igualmente elevada distribuída pelos espaços. A questão sazonal interfere nas temperaturas e nos demais elementos climáticos na cidade; o ambiente urbano apresenta tendência a arquipélagos de calor e não de ilhas de calor. Há necessidade de planejar a expansão urbana revendo o crescimento horizontal, adotar certo nível de verticalização planejada aos novos espaços, pois, as médias noturnas indicam concentração de calor nos quatro pontos de coletas de temperatura, evidenciando a condição de manter áreas verdes mediante o diversificado uso do solo.