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Banca de QUALIFICAÇÃO: MARIA DE JESUS MARTINS DE ANDRADE CUNHA

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: MARIA DE JESUS MARTINS DE ANDRADE CUNHA
DATA: 21/12/2015
HORA: 08:00
LOCAL: SALA 342 - CCHL/UFPI
TÍTULO:

FAMÍLIAS RECOMPOSTAS: DESCORTINANDO O AFLORAMENTO DO DESEJO E DA SEXUALIDADE ENTRE MULHERES


PALAVRAS-CHAVES:

Famílias Recompostas; Relações de Gênero; Sexualidade; Desejo; Lesbianidade.


PÁGINAS: 52
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Sociologia
RESUMO:

A investigação em curso está voltada para as experiências de mulheres que passam a vivenciarem experiências afetivas e sexuais com outra mulher, especificamente, refiro-me às famílias recompostas entre mulheres, ou seja, mulheres dissidentes de relacionamentos heterossexuais, com ou sem filhos(as), que atualmente constituem uma nova família. A partir da análise dessas recomposições familiares objetivo compreender a dinâmica das relações familiares vivenciadas por mulheres dissidentes de relacionamentos heterossexuais, bem como os sentidos que incidem na constituição dessas “novas famílias” recompostas lesboafetivamente, a fim de verificar como se processam as relações de gênero nesse contexto, assim como indicar a presença de permanência e/ou mudanças de práticas. Giddens (1993) destaca que as mudanças ocorridas na contemporaneidade, no que tange a ― transformação da intimidade ― sexualidade, relações de gênero, desejo, prazer, são consideradas revolucionárias, contudo, no campo das produções cientificas existe uma certa escassez quando o assunto se refere a sexualidade feminina, uma vez que falar da história das mulheres que se relacionavam afetiva e sexualmente com outras mulheres se coloca ainda como um desafio, visto que a existência lésbica passou por um processo de apagamento, logo é “percebida através de uma escala que parte do desviante ao odioso ou a ser simplesmente apresentada como invisível” Rich (2010, p. 21). Com o apoio de Scott (1989), Foucault (1988), Louro (2014) discorrei sobre gênero e sexualidade, particularizando a lesbianidade logo, nos permite falar da história de muitas mulheres que foram invisibilizadas e ou marginalizadas em decorrência de sua preferência afetivo-sexual por mulheres, nesse ínterim foi possível constatar que em relação com os estudos sobre a homossexualidade masculina, os estudos que têm como objetivo principal analisar comportamentos e vivências afetivas e sexuais entre mulheres permanecem comparativamente mais escassos. Mott (1987), Navarro-Swan (1999, 2000) ressaltam que somente nas últimas duas décadas, principalmente, nas ciências sociais foi que os trabalhos desenvolvidos passaram a focar no sujeito masculino e/ou homoafetivo e não nas mulheres lésbicas. Melo (2005, 2006), Saraceno (1992) e Roudinesco (2003) nos permite lançar múltiplos olhares acerca da instituição familiar, vista como importante para a vida em sociedade. Ainda assim, a vivência de relacionamentos amorosos e sexuais, se caracteriza por ser algo inerente aos seres humanos, porém ainda se coloca, em termos legais, um privilégio heterocêntrico, dessa forma ainda se reforça e se representa a opressão sexual e a injustiça erótica, que atinge principalmente, gays e lésbicas no Brasil e em diversas partes do mundo. É importante destacar que o termo abrange uma variedade de experiências e relações que giram em torno da sua formação, configuração e relações familiares e de gênero, ademais pensar na constituição de novas famílias é realizar uma viagem em busca da historicização da categoria família, na perspectiva de refletirmos sobre a existência de múltiplos conceitos e modelos de família.


MEMBROS DA BANCA:
Externo ao Programa - 1446998 - ELIZANGELA BARBOSA CARDOSO
Interno - 1167589 - FRANCISCO DE OLIVEIRA BARROS JUNIOR
Presidente - 1550487 - MARY ALVES MENDES
Notícia cadastrada em: 09/12/2015 15:18
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