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Banca de DEFESA: HERCILIA RAQUEL DE SOUSA MENDES

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: HERCILIA RAQUEL DE SOUSA MENDES
DATA: 29/09/2020
HORA: 08:30
LOCAL: SALA VIRTUAL - GOOGLE MEET
TÍTULO: A DIMENSÃO SIMBÓLICA DO CINEMA "INDEPENDENTE" CONTEMPORÂNEO: A PRODUÇÃO DE SENTIDOS DE SEUS REALIZADORES EM TERESINA (PI) NO PERÍODO DE 2014 - 2019.
PALAVRAS-CHAVES: cinema independente; cinema brasileiro contemporâneo; produção de sentidos; Teresina.
PÁGINAS: 212
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Sociologia
RESUMO:

Desde os anos 2000, observa-se significativas transformações no campo do cinema com as possibilidades advindas com a revolução digital. No Brasil, principalmente a partir de 2010, configura-se o que alguns autores denominam de “Novíssimo” Cinema Brasileiro, com produções de baixo orçamento reconhecidas em festivais, cujo modo de produção, “independente”, contrapõe-se aos moldes do cinema “industrial”, em que os posicionamentos dessa geração de realizadores demonstram a centralidade da dimensão simbólica na produção de tais obras (VASCONCELOS-OLIVEIRA, 2014). Tomando esses fatos como pressupostos, e o conceito de continuum (BECKER, 2012) para tratar a oposição entre cinema “industrial” e cinema “independente”, o objetivo deste trabalho é contribuir para a compreensão da dimensão simbólica (BOURDIEU, 1989a; 2015) do Cinema “Independente” Contemporâneo por meio da produção de sentidos (SPINK, 1999; 2010) de seus realizadores em Teresina (PI), no período de 2014 a 2019. Trata-se de pesquisa qualitativa, com utilização de entrevistas semiestruturadas e diário de campo para a coleta dos dados empíricos. O tratamento analítico dos dados deu-se por meio de transcrições parciais – após sucessivas escutas – das partes mais representativas das entrevistas, e categorização baseada nos Mapas (SPINK, 2010). Os resultados encontrados confirmam a hipótese de que o contexto de cinema independente contemporâneo em Teresina apresenta-se enquanto reflexo de amplas mudanças no mundo contemporâneo na era capitalista pós-industrial, e de descentralização da produção audiovisual brasileira, e que suas particularidades reforçam o poder de ações coletivas (BECKER, 1977b) de ativismo audiovisual, com forte caráter político e epistêmico de contestação a padrões socioculturais estabelecidos com os quais os indivíduos – pertencentes a uma geração posterior à da tese supracitada e, por vezes, organizados em coletivos (MIGLIORIN, 2012) – não se identificam. Assim, no presente campo de estudo, evidenciam-se, horizontalidade e multifuncionalidade nas equipes de produção, a associação (política) entre formação pessoal e a esfera do trabalho – ambas permeadas por trocas de afetividades –, ou a extensão da experiência do cinema para além do filme, bem como uma maior valorização do processo criativo, e não somente a obra, algumas características de um cinema pós-industrial (MIGLIORIN, 2011), cujas produções, reivindicam a emergência do “outro” (HOLANDA, 2019; BERNARDET, 2003) ou a autorepresentificação (MENEZES, 2003) e começam a impactar o incipiente campo (BOURDIEU, 2009) ou mundo (BECKER, 1977a) cinematográfico de Teresina (PI), após legitimação externa, em mostras e festivais em outras cidades e/ou estados, impactos esses que na presente pesquisa apenas delineiam-se para aprofundamento em posteriores investigações.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1756788 - SAMUEL PIRES MELO
Interno - 1167589 - FRANCISCO DE OLIVEIRA BARROS JUNIOR
Externo ao Programa - 1571966 - GUSTAVO SILVANO BATISTA
Notícia cadastrada em: 14/09/2020 11:41
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