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Banca de QUALIFICAÇÃO: JAINE MAGALHÃES PAZ DE LIMA

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: JAINE MAGALHÃES PAZ DE LIMA
DATA: 11/05/2022
HORA: 14:00
LOCAL: ON-LINE
TÍTULO: ASSOCIAÇÃO ENTRE O CONSUMO DE ALIMENTOS ULTRAPROCESSADOS E TRANSTORNOS MENTAIS COMUNS EM ADULTOS E IDOSOS: INQUÉRITO DE BASE DOMICILIAR
PALAVRAS-CHAVES: Transtornos mentais; Consumo Alimentar; Alimentos industrializados; Adultos; Idosos.
PÁGINAS: 62
GRANDE ÁREA: Ciências da Saúde
ÁREA: Saúde Coletiva
SUBÁREA: Saúde Pública
RESUMO:

Introdução: A depressão é um transtorno mental com alta prevalência na população mundial e de acordo com Organização Pan-Americana de Saúde 4,4% da população, ou seja, 322 milhões de pessoas apresentam esse diagnóstico. No Brasil a prevalência é ainda maior (5,8%), sendo que os transtornos de ansiedade apresentam valores ainda mais preocupantes (9,3%). Estudos indicam que o consumo excessivo de alimentos ultraprocessados podem ser consequência de sintomas de depressão e ansiedade ou mesmo ser fator desencadeador destes Transtornos Mentais Comuns (TMC), por estarem associados a processos inflamatórios, formação de radicais livres e desequilíbrio dos neurotramissores. Objetivo: Avaliar a associação entre o consumo de alimentos ultraprocessados (AUP) e Transtornos Mentais Comuns em adultos e idosos de um inquérito de base domiciliar. Métodos: Trata-se de um estudo transversal, em que foram incluídos os indivíduos adultos (20-59 anos) e idoso (> 60 anos), residentes na área urbana de Teresina-PI. Foram coletados dados socioeconômicos e demográficos, de estilo de vida (consumo de álcool, prática de atividade física e tabagismo), presença de TMC, consumo alimentar e antropométricos (peso e altura). O consumo alimentar foi obtido mediante o uso do recordatório alimentar de 24 horas, e para o rastreamento de TMC utilizou-se a ferramenta Self-Report Questionnaire-20. As análises estatísticas foram realizadas no programa Stata versão 13.0, para verificar a associação entre o desfecho (TMC) e a participação calórica de alimentos ultraprocessados na dieta em tercils de consumo foi calculado o Odds Ratio (OR) por meio da análise de regressão logística binária. O estudo foi submetido ao comitê de ética da Universidade Federal do Piauí e aprovado sob o parecer nº 2.552.426. Resultados: A prevalência de TMC foi de 28,5%. Do total de 495 participantes, a maioria era adulta (73,5%), do gênero feminino (66,9%), de cor de pele não branca (83,2%) e tinham companheiro (58,7%). Quanto a escolaridade, a maior parte estudou até o Ensino Fundamental/Médio (41,0%). Em relação aos hábitos de vida, a maioria não consumia bebidas alcóolicas (59,9%) e não fumava (77,8%) e a maior parte era fisicamente ativa (80,3%). No que se refere ao estado nutricional, mais de metade da amostra apresentava sobrepeso ou obesidade (57,1%). A média do consumo de AUP foi maior em adultos (23,6% do Valor Energético Total da dieta), em indivíduos que não fumavam (20,0% do VET da dieta) e significativamente maior entre aqueles que estudaram até o ensino superior (24,3% do VET da dieta) (p<0,05). Entre os adultos, o terceiro tercil de consumo de AUP foi associado a maior prevalência de TMC (OR: 1,95; IC: 1,04-3,67; p<0,05). Em idosos não foi observado resultados estatisticamente significativos. Conclusão: Conclui-se que mais de um quarto da população adulta e idosa possuem TCM, e, o maior risco de TMC foi associado ao maior consumo de alimentos ultraprocessados. Ressalta-se a necessidade de mais estudos, em especial os estudos longitudinais sobre a temática para subsidiar ações e programas governamentais no âmbito da saúde mental, além de ações de educação alimentar e nutricional com vistas a diminuir o consumo de AUP pela população.


MEMBROS DA BANCA:
Interno - 2058744 - CÁSSIO EDUARDO SOARES MIRANDA
Presidente - 1642393 - KAROLINE DE MACEDO GONCALVES FROTA
Interno - 3367697 - MARCIO DENIS MEDEIROS MASCARENHAS
Externo ao Programa - 1421291 - POLIANA CRISTINA DE ALMEIDA FONSECA
Notícia cadastrada em: 11/04/2022 21:40
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