Esta dissertação analisa a atuação de lideranças feministas em um contexto político conservador no Brasil. Com o foco nas estratégias de atuação utilizadas por essas lideranças durante do período de 2018 a 2022. A pesquisa qualitativa baseou-se na análise documental de entrevistas semiestruturadas com cinco lideranças feministas atuantes em organizações com projeção nacional, que foram realizadas entre julho e setembro de 2022. As entrevistas são frutos de um recorte do banco de entrevistas originado da pesquisa de chamada universal - (CNPq), intitulada de "O que querem os movimentos feministas, antirracistas e a favor dos direitos para a população LGBTQIA+? Compreensões sobre as desigualdades sociais e como mitigá-las?". O estudo considera o contexto de crises políticas vivenciadas durante o período, marcadas por cortes em políticas de proteção às mulheres. Diante desse cenário, destacam-se como estratégias das lideranças; o fortalecimento da formação política coletiva através da educação popular feminista, a luta por território com base em uma perspectiva feminista, a busca por legitimidade nos espaços institucionais e a integração de demandas de gênero, raça, classe e sexualidade nos seus projetos políticos. A pesquisa contribui academicamente ao aprofundar a compreensão das estratégias de participação e resistência dos movimentos feministas nos espaços políticos. Politicamente ao destacar estratégias em contextos políticos conservadores. Socialmente reforçando o papel dos movimentos feministas na construção de demandas que visam uma sociedade mais justa e equitativa.