Durante a década de 1970, Teresina refletiu as políticas de urbanização promovida pelo Estado Brasileiro com a ampliação de sua malha urbana para algumas regiões da cidade, isso culminou com a construção de vários Conjuntos Habitacionais, sendo que de modo específico trataremos do Dirceu Arcoverde que nascera em 1976 com a designação de “Projeto Itararé”. O contexto vivido estava sob a influência do regime militar após o Golpe de Estado no Brasil de 1964 era regime militar vindo desde 1964, portanto, existia uma política habitacional direcionada ao atendimento de famílias carentes, e ao mesmo tempo a criação de vagas de emprego na construção civil. Assim, com esse trabalho pretendemos entender as maneiras usadas pelas famílias para ocupar estes imóveis numa condição precária que vão desde a falta de calçamento, transporte público, saúde pública etc. Enfim, a problemática do atendimento a estes indivíduos diante de uma região inóspita que aos poucos ganhou importância devido seu contingente populacional, gerando disputas na comunidade pela hegemonia política e fazendo com que a Prefeitura em 1993 criasse mais uma zona para separar a região, passando de leste para sudeste, destacando que seria a melhor forma de atender essas famílias. Por isso, utilizamos a metodologia da história oral apoiados essencialmente em Alessandro Portelli (2016), Verena Alberti (2007/2010), Marieta Ferreira; Janaina Amado (2006), dentre outros. Sendo necessário trabalhar a questão da memória com Joel Candau (2018), Maurice Halbwachs (2003), Michel Pollak (1989/1992), e diversos autores que abordam diferentes questões e o cotidiano com Michel de Certeau (1998/2013), sem esquecemos o uso dos jornais O Dia e O Estado, tudo para que pudéssemos ter uma visão do dia a dia do Conjunto Habitacional Dirceu Arcoverde.