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Banca de QUALIFICAÇÃO: ANANDA VIEIRA DA SILVA

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: ANANDA VIEIRA DA SILVA
DATA: 27/11/2020
HORA: 15:00
LOCAL: Teresina
TÍTULO: MANO VELHO: O GUARDADO DE MEMÓRIAS
PALAVRAS-CHAVES: Mano Velho. Parnahyba. Memórias.
PÁGINAS: 138
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: História
SUBÁREA: História do Brasil
ESPECIALIDADE: História do Brasil República
RESUMO:

Figura ambígua, em trânsito, tanto por habitar o rio Parnaíba como suas cidades nascedouros, encarna como personagem genuinamente nativo, que tenta preservar seu estilo de vida, com sonhos visíveis que cortam o Parnaíba ligando o Velho Monge de ontem ao Brasil de sempre. Antônio Pereira da Silva marinheiro das Companhias de Navegação do rio Parnaíba apresenta frações de cenários e personagens imemoriais de uma história sem futuro, trabalhadores e povos que viviam o Parnaíba e as cidades do rio. Operários, marinheiros, estivadores, Capitão dos Portos, oficiais da fiscalização, choferes, donos de bares e suas garçonetes, nichos de contraventores, “mulheres da vida”, mendigos, rufiões pessoas capazes de inventar alternativas de enorme originalidade que hoje garantem a permanência de seu universo como agentes partícipes do cotidiano de Antônio Pereira da Silva “Mano Velho”, circundadas por documentos de diversas naturezas sob a guarda do Arquivo Público do Estado do Piauí–APPI que se apresentam como um registro historiográfico urgente de um Piauí que parece eterno em suas imagens. Narrativas efêmeras das paisagens, dos costumes de um tempo próximo, atravessado por reformas urbanas que condenaram o espaço natural ao desmanche fazendo nascer nostalgias feitas em terras e águas com passados pouco explorados, encarando o progresso em um otimismo que só se tornou saudoso em retrospectiva.  Esta pesquisa parte das falas de Antônio Pereira da Silva, “Mano Velho”, em entrevista para o Núcleo de História Oral da Fundação Centro de Pesquisas Econômicas e Sociais do Piauí-CEPRO, concedia a Geraldo Almeida Borges em 25 de fevereiro de 1984, para tratar das distintas representações do rio Parnaíba e da vida cotidiana do povo piauiense e maranhense tendo por objetivo construir um demonstrativo mesmo que parcial, dos processos sociais vinculados às águas e cidades margens do Parnaíba. Santa Filomena, Uruçuí, Ribeiro Gonsalves, Teresina, Timon, Caxias, Tutóia, Santa Quitéria, Vitória, Floriano, Parnaíba, Chico Lira, São Felix, Balsas, Barra do Balsinha, Alto Parnaíba são logradouros que permeiam constantemente a memória de Antônio Pereira da Silva, “Mano Velho”, através das relações estabelecidas com seus elementos constitutivos de uma rotina dita duvidosa regrada a muito trabalho, muitas vezes estimulada pela “mão de poeira da cana”, a conhecida cachaça, regada á fofocas como meio de política informativa, promovidas pelas narrativas nos ambientes de circulação popular: igrejas, mercados, festas religiosas tradicionais, botecos, cabarés, praças, ruas, em especial nos vapores que dão vida ao Velho Monge, e transformam Antônio Pereira, Antônio Preto em “Mano Velho”, marinheiro das Companhias de Navegação Fluvial do Parnaíba. Estudo esse que faz uso do tempo de vida de Antônio Pereira da Silva ao lado do Velho Monge até a data da entrevista concedida a Fundação CEPRO, fevereiro de 1984, o qual conduz esta pesquisa, auxiliado pela atmosfera presente em jornais e manuscritos da época, por vezes representantes de um tom alegórico pertencente a um universo caracterizado por cortes com finalidade de tornar o ideal do espaço público, o rio e suas cidades ingredientes, elementos de revalorização da cidadania, as fontes utilizadas fornecem uma gama de interpretações historiográficas sobre o rio Parnaíba e os espaços socioculturais que o compõem, as cidades de seu entorno, espaços construídos para atender a um ideal de modernidade no intuito de produzir uma cultura política e visual tendo por característica basilar o movimento de modernização excludente em relação aos menos abastados e seus signos de criação.


MEMBROS DA BANCA:
Interno - 423663 - FRANCISCO ALCIDES DO NASCIMENTO
Presidente - 2174309 - PEDRO VILARINHO CASTELO BRANCO
Interno - 2167352 - TERESINHA DE JESUS MESQUITA QUEIROZ
Notícia cadastrada em: 12/11/2020 11:02
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