O presente trabalho tem como objetivo analisar o período de seca na cidade de Teresina, nos
anos de 1877 a 1879, a partir das instituições de auxílio aos migrantes. Abordando a seca, não
somente como um fenômeno climático, mas social, político e econômico, problematizando os
adventos que fizeram desses anos consecutivos tão efervescentes nas políticas
intervencionistas governamentais. O período de seca reflete o deslocamento das populações
das províncias no norte do País, na tentativa de assentar-se em locais que garantissem
subsídios básicos a sobrevivência. Além disso, durante o trabalho será dado ênfase aos
principais sujeitos atingidos: os pobres que flagelados passaram a migrar constantemente.
Com isso em mente, será analisado como esses sujeitos foram retratados nas fontes
consideradas oficiais, como, os requerimentos, ofícios e súplicas. Ainda será discutido como
esses pobres eram vistos sob a ótica de alguns jornais que circulavam naquele momento como
“A época” e “A imprensa”. Além disso, analisando sobre os meios de assistência voltados aos
pobres migrantes durante aquele momento, se propôs também perceber as mudanças em
relação ao ato da caridade e o da assistência propriamente dita. Para resolver isso, foi
necessário falar sobre algumas instituições que foram criadas para ajudar os migrantes que
adentravam na província, e os que internamente circulavam, como, por exemplo, a comissão
de socorros públicos, importante medida assistencialista.
Palavras-chave: Assistencialismo. Migrantes. Seca. Teresina.