A presente tese, propõe-se analisar o Ultramontanismo no Piauí, entre 1851 e 1910. No Brasil,
foi a partir de meados do século XIX que as ideias reformistas de caráter Ultramontano
emergiram, espraiando-se através, principalmente, dos bispos. O bispado de São Luís, que
jurisdicionava sobre os territórios político-administrativos independentes do Maranhão e do
Piauí (1811), teve como primeiro representante desta vertente Dom Manoel Joaquim da
Silveira, que aplicou a lógica ultramontana na diocese ludovica, que foi seguida por seus
sucessores. No Piauí, interior do bispado, as reformas foram sentidas letargicamente, de modo
que, a problematização das fontes documentais, hemerográficas e bibliográficas indica a
determinância do Ultramontanismo para criação do bispado do Piauí e das medidas implantadas
por seu primeiro bispo.