Notícias

Banca de DEFESA: GABRIEL ROCHA DA SILVA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: GABRIEL ROCHA DA SILVA
DATA: 27/02/2023
HORA: 10:00
LOCAL: Plataforma Google Meet
TÍTULO: Entre o impacto do estigma e a força da superação: a trajetória da hanseníase pós-isolamento compulsório em Teresina-Piauí (1976-2000)
PALAVRAS-CHAVES: História. Hanseníase. Estigma. Políticas Públicas.
PÁGINAS: 174
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: História
SUBÁREA: História do Brasil
ESPECIALIDADE: História do Brasil República
RESUMO:

Ao longo dos anos, a hanseníase apresentou-se como uma doença associada a fatores negativos,
como o estigma. Dessa forma, este constitui-se como um fator que influencia para a
permanência da enfermidade como uma questão de saúde pública. Diante disso, o objetivo geral
foi analisar como o estigma, um elemento da permanência da hanseníase, tem contribuído para
os resultados obtidos na execução das políticas públicas de combate à doença em Teresina, na
fase pós-isolamento compulsório (1976-2000). Especificamente, a pesquisa teve como
objetivos: Investigar como a cidade de Teresina insere-se no contexto de mudanças de políticas
sanitárias nacionais e as modificações no sistema nacional de saúde durante o período em
estudo; Identificar os desdobramentos históricos das políticas sanitárias que se redefinem após
a abertura dos leprosários; Discutir como as políticas nacionais e locais de combate à hanseníase
relacionam-se com o estigma; Examinar o papel do Movimento de Reintegração das Pessoas
Atingidas por Hanseníase (Morhan) no fomento de políticas de controle da hanseníase e
assistencialismo ao doente. O suporte bibliográfico visou ao aprofundamento teórico sobre as
políticas públicas de saúde no país, bem como das políticas de identificação, controle e
erradicação da hanseníase desenvolvida local e nacionalmente no recorte temporal da pesquisa.
Para tanto, foram utilizados diversos autores, como as contribuições de Agnés Chauveau e
Philippe Tétart (1998) que discutem sobre a História do Tempo Presente, outros que abordam
a saúde e doença como problema político e sociocultural, como Valtéria Alvarenga (2013),
Keila Carvalho (2012), Gilberto Hochman (1998), Laurinda Maciel (2007), Dilene Nascimento
(2005), além das contribuições teóricas de Norbert Elias (1993) sobre como ocorre o processo
civilizador e as características sociais dos indivíduos que vão sendo construídas no decorrer dos
anos, e as contribuições de Erving Goffman (1988) sobre estigma. A pesquisa apresentou-se
com uma abordagem que tem enfoque em como o estigma sobre a hanseníase afeta realidades
locais como a teresinense. Assim, cabe mencionar também as discussões relacionadas às noções
de espaço e lugar de Michel de Certeau (1990) e as contribuições sobre o estudo de cidade de

Raquel Ronilk (1995) e Italo Calvino (1990), bem como as reflexões sobre memória utilizando-
se autores clássicos, como Maurice Halbwachs (2006), Pierre Nora (1993) e Michael Pollak

(1989). Metodologicamente, trata-se de uma pesquisa qualitativa, por ter ênfase em aspectos
subjetivos, socioculturais e políticos relacionados à doença na cidade, ao buscar compreender
os efeitos culturais nas políticas públicas e nas ações de movimentos sociais, como o Morhan.
Com referência aos procedimentos, a pesquisa constituiu-se de natureza bibliográfica e
documental, e ainda, com a utilização da metodologia de história oral. Assim, constatou-se que
as mudanças no tratamento de combate à doença foram positivas para a redução da incidência.
Porém, não o suficiente para o cumprimento da meta de eliminação da doença, uma vez que a
hanseníase esteve fortemente ligada aos aspectos socioculturais que dificultam a concretização
dessa meta, como o estigma.


MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - ANTONIA VALTERIA MELO ALVARENGA - UEMA
Interno - 677.989.933-04 - JOSEANNE ZINGLEARA SOARES MARINHO - UESPI
Presidente - 747.008.043-00 - MARCELO DE SOUSA NETO - UESPI
Notícia cadastrada em: 09/02/2023 16:09
SIGAA | Superintendência de Tecnologia da Informação - STI/UFPI - (86) 3215-1124 | © UFRN | sigjb04.ufpi.br.instancia1 06/11/2024 06:11