Mestres da cultura tradicional popular cearense, diplomados pela secretaria estadual da cultura, a partir de 2003, são tomados como referência para que se possam compreender as tensões que marcam a trajetória do reconhecimento do patrimônio imaterial do Estado do Ceará. Entre narrativas, tempos e memórias, busca-se trilhar caminhos que objetivam perceber as mudanças que as políticas públicas culturais provocaram nas práticas e modos de fazer dos sujeitos reconhecidos como tesouro vivo da cultura cearense. As ações desenvolvidas pela secretaria estadual da cultura ampliaram as possibilidades de circulação das manifestações culturais, dentro de um processo de interiorização da cultura, que se projeta a partir das práticas de gestão que implantaram o projeto cultura em movimento: SECULT itinerante, cujo objetivo era circular pelas principais cidades do Estado do Ceará. O programa valorização das culturas regionais recebeu, em 2006, o prêmio cultura viva, na categoria gestão pública, promovido pelo ministério da cultura, pela ênfase dada a inclusão e a descentralização de ações pautadas no plano estadual da cultura (2003 – 2006).