Notícias

Banca de DEFESA: ADRIELLY CAROLINE OLIVEIRA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: ADRIELLY CAROLINE OLIVEIRA
DATA: 21/08/2014
HORA: 15:00
LOCAL: Auditório do Departamento de Enfermagem
TÍTULO:

ENFERMEIRAS PIAUIENSES EM INSTITUIÇÕES DE SAÚDE DO ESTADO (1959-1973): LUTAS SIMBÓLICAS PELO RECONHECIMENTO PROFISSIONAL


PALAVRAS-CHAVES:

 

História da enfermagem. Enfermagem. Sociedades de Enfermagem.


PÁGINAS: 82
GRANDE ÁREA: Ciências da Saúde
ÁREA: Enfermagem
RESUMO:

O presente estudo é de natureza histórico-social, cujo objeto constitui-se do movimento de inserção e atuação de enfermeiras, que retornaram ao Piauí após formação em outros Estados em instituições de saúde do município de Teresina e do interior do Piauí, no recorte de tempo de 1959 a 1973. Tem como objetivos descrever as estratégias de enfermeiras piauienses para dar conta de sua formação profissional em outros Estados; analisar as lutas simbólicas dessas enfermeiras para se inserirem e obterem reconhecimento profissional, nas instituições de saúde do município de Teresina e do interior do Piauí onde atuaram; e discutir os efeitos simbólicos da atuação dessas enfermeiras nesses espaços institucionais, no período de recorte. Para dar sustentação teórica, foram utilizados os conceitos de espaço social, campo, capital, poder simbólico, luta e violência simbólica, desenvolvidos por Pierre Bourdieu, sociólogo francês que realizou diversas investigações e análises sobre vários aspectos da vida social. A produção de dados foi baseada no método de pesquisa da história oral e os dados foram provenientes de fontes primárias e secundárias. A coleta dos dados foi realizada no período de agosto a setembro de 2013 e teve como fontes primárias os depoimentos orais de 07 colaboradoras que realizaram o curso de enfermagem fora do Estado do Piauí, por custeio próprio, e retornaram ao Estado no período de 1959 – 1973, participando ativamente do processo de inserção no campo da saúde e que aceitaram participar da pesquisa. As fontes secundárias foram constituídas por livros e artigos referentes à temática, pertinentes ao contexto histórico, político e social da época. Os resultados apontam as lutas simbólicas no processo de formação profissional dessas piauienses em outros Estados do Brasil, os quais foram realizados, em sua maioria, em universidades na região nordeste do Brasil. Ao realizarem o curso fora do Estado, essas jovens tiveram um conjunto de conhecimentos incorporados, que aliados à diversidade de culturas, favoreceram seu fortalecimento do capital científico e cultural. Após retornarem, elas se inseriram em serviços existentes, como o Hospital Getúlio Vargas e a Escola de Auxiliares Maria Antoinete Blanchot, e em outras instituições de saúde na capital e no interior, em que relataram participação, nas cidades de Floriano e Piripiri. A partir dos resultados é possível perceber que as dificuldades estruturais dos hospitais refletiam na assistência aos pacientes e, principalmente, na recuperação dos mesmos e que havia uma carga de responsabilidade sobre o trabalho dessas enfermeiras pioneiras, desde o treinamento de pessoal, organização dos setores, até a conquista dos materiais necessários para desenvolvimento das atividades. Compreende-se que ao chegarem ao Piauí, as enfermeiras encontraram uma enfermagem desestruturada cientificamente, com relações profissionais em uma linha tênue entre humilhação e reconhecimento, e o campo da saúde ainda em organização. Isso, gerou uma insatisfação por parte das enfermeiras que estavam ingressando nesse espaço, as quais lutaram pela obtenção de crescimento e visibilidade da profissão. Para isso, lançaram estratégias para conquistar posições no campo e obtiveram efeitos simbólicos marcantes para a profissão, como a qualificação de recursos humanos, o reconhecimento do capital profissional pelos membros da equipe da saúde e da enfermagem. Cabe ressaltar a contribuição das enfermeiras do estudo no tocante a ênfase na necessidade de formação local não somente de auxiliares de enfermagem, mas de um curso superior na área, que culminou com a criação do curso de enfermagem da Universidade Federal do Piauí em 1973. Conclui-se que o estudo dará uma importante contribuição a historia da enfermagem piauiense, na construção de novos registros sobre a enfermagem e abre portas para a realização de novas pesquisas sobre a temática.


MEMBROS DA BANCA:
Interno - 2334938 - ANA MARIA RIBEIRO DOS SANTOS
Presidente - 6422772 - BENEVINA MARIA VILAR TEIXEIRA NUNES
Externo à Instituição - TÂNIA CRISTINA FRANCO SANTOS - UFRJ
Notícia cadastrada em: 01/08/2014 16:56
SIGAA | Superintendência de Tecnologia da Informação - STI/UFPI - (86) 3215-1124 | © UFRN | sigjb05.ufpi.br.instancia1 10/11/2024 13:03