Notícias

Banca de DEFESA: MONIQUE LUANA FRAZÃO RAMOS

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: MONIQUE LUANA FRAZÃO RAMOS
DATA: 20/01/2020
HORA: 09:00
LOCAL: Auditório do Núcleo de Pesquisas em Plantas Medicinais - Bloco 15
TÍTULO: Efeito do extrato etanólico de Simaba ferruginea A.St.-Hil em modelo experimental de disfunção erétil em ratos induzida por diabetes
PALAVRAS-CHAVES: Plantas medicinais, apomorfina, corpo cavernoso e músculo liso
PÁGINAS: 92
GRANDE ÁREA: Ciências Biológicas
ÁREA: Farmacologia
SUBÁREA: Farmacologia Geral
RESUMO:

A disfunção erétil (DE) é definida como a incapacidade consistente ou intermitente de obter/manter ereções penianas que permitam uma relação sexual satisfatória. O crescente reconhecimento de sua relação com comorbidades clínicas revelou uma base orgânica na maioria dos casos, incluindo o diabetes mellitus (DM). Os inibidores da fosfodiesterase 5 (iPDE-5), principais agentes na terapia farmacológica da DE, apresentam falta de eficácia em 50% dos pacientes com DE relacionada ao DM. Isso mostra a importância de novos agentes terapêuticos que beneficiem esses pacientes. Entre espécies com potencial efeito terapêutico pode-se citar a Simaba ferrugínea A.St.-Hil (Simaroubaceae), popularmente conhecida como calunga, que já apresentou diversas atividades farmacológicas, entretanto não há relato de efeitos na DE relacionada ao DM. O objetivo do estudo foi investigar o efeito da administração do extrato etanólico, obtido das folhas de S. ferruginea (Sf-EtOH) em parâmetros envolvidos na ereção peniana induzida por apomorfina, em ratos normais e STZ. Foram utilizados ratos Wistar, de 200 a 300 g e 12 a 14 semanas. O DM foi induzido pela administração única de estreptozotocina (STZ) 60 mg/kg/i.p. em animais em jejum. Para o tratamento posterior, os animais foram separados em 6 grupos: controle normal (G1) e STZ (G2), que receberam apenas veículo, STZ tratados com Sf-EtOH nas doses de 25 (G3), 50 (G4), e 100 (G5) mg/kg/v.o. dose única diária por 14 dias e G6 que recebeu insulina NPH 6 UI/dia/s.c. Para a avaliação das ereções, administrou-se apomorfina (80 µg/kg/s.c.) na região do dorso e observou-se o número, tempo de duração e latência para a primeira ereção. Avaliou-se também os parâmetros bioquímicos dos grupos, concentração plasmática de nitrito e malondialdeído (MDA), reatividade contrátil e relaxante dos corpos cavernosos (CC), possíveis alterações teciduais por análise histopatológica e o efeito relaxante de Sf-EtOH sobre contrações tônicas dos CC. A comparação entre grupos foi realizada por análise de variância e teste de Tukey. A pesquisa foi aceita sob parecer CEUA/UFPI 454/18. RESULTADOS: G1 apresentou-se diferente a G2 no número de ereções (4,0 ± 0,54 x 2,0 ± 0,44) e latência para a primeira ereção (5,0 ± 0,89 x 12,4 ± 0,87). Não houve diferença entre G2 X G3, G4 e G5 para os mesmos parâmetros. O tratamento realizado com Sf-EtOH em G3 (12,2±1,02) e G4 (11,8±0,96) reestabeleceu o tempo de duração das ereções obtidas para valores iguais ao de G1 (10,0 ± 1,26) assim como G6 (10,80 ± 0,86). Sf-EtOH diminuiu a glicose em jejum em G3 (146,3± 20,36), G4 (161,2±15,64) e G5 (111,3±10,56) vs G2 (431,0±10,25). Não houve diferença entre o colesterol de G1 (65,83 ± 4,99) e G2 (71,0 ± 5,56), porém Sf-EtOH em G3 (53,67 ± 1,70) e G4 (54,67 ± 2,53) diminuiu os níveis do mesmo em relação a G2. Houve aumento nos triglicerídeos de G2 (140,0 ± 35,07) x G1 (32,67 ± 5,83) e Sf-EtOH em G3 (28,67 ± 4,35), G4 (39,67 ± 4,80) e G5 (38,17 ± 4,31) diminuiu esses níveis. Sf-EtOH aumentou o HDL em G3 (41,33 ± 13,08) e G4 (43,67 ± 1,56) em relação a G2 (32,0 ± 2,91). A concentração de nitrito diminuiu em G2 (27,99 ± 2,30) vs G1 (45,76±2,42) e apenas G5 (49,34 ± 2,91) restabeleceu o parâmetro.  Houve aumento de MDA em G2 (2,68± 0,06) vs G1(2,40± 0,029) e o Sf-EtOH diminuiu o mesmo em todos os grupos. Quanto à reatividade contrátil à fenilefrina, não houve diferença entre G1 e G2. A resposta relaxante à acetilcolina foi diferente entre G1 e G2 (log CE50-7,13±0,08 x log CE50 -6,61±0,13) o que não foi alterado pelo tratamento. O Sf-EtOH produziu relaxamento em contrações tônicas induzidas por fenilefrina (log CE50 1,07 ± 1,29M) e esse efeito foi atenuado na presença de L-NAME (log CE50 2,31 ± 0,17M).  O tratamento com Sf-EtOH reestabeleceu parâmetros bioquímicos, concentrações de nitrito e MDA para valores próximos ao normal.  Observou-se envolvimento da via do óxido nítrico no efeito relaxante do mesmo nas contrações tônicas no CC. Assim, pode-se concluir que o Sf-EtOH apresenta uma ação preventiva sobre as alterações ocorridas na DM e esse efeito pode contribui para a reversão de alterações da função erétil decorrentes desse quadro.


MEMBROS DA BANCA:
Interno - 423551 - RITA DE CASSIA MENESES OLIVEIRA
Presidente - 1560969 - ROSIMEIRE FERREIRA DOS SANTOS
Externo ao Programa - 423597 - SALETE MARIA DA ROCHA CIPRIANO BRITO
Notícia cadastrada em: 08/01/2020 22:26
SIGAA | Superintendência de Tecnologia da Informação - STI/UFPI - (86) 3215-1124 | © UFRN | sigjb03.ufpi.br.sigaa 28/03/2024 07:40