Esta dissertação analisa criticamente a condição dos negros em Teresina utilizando a capoeira como mecanismo de promoção da Negritude e combate ao racismo no contexto da democracia racial. Através de uma abordagem auto etnográfica, a pesquisa inclui a minha experiência pessoal e de mestres de capoeira como Touro, Boquinha, Oscar, Têra, Contramestre Baú, além da referência do Mestre Tucano. A Capoeira é apresentada como uma ferramenta educacional, um engrenagem cultural e política, capaz de fortalecer a identidade afro-negra brasileira e desafiar ideais racistas e “branqueadores”. Essa prática surge como espaço de resistência cultural e de preservação das tradições afro-negras brasileiras, promovendo a convivência entre diferentes etnias e valorizando a diversidade e reduzindo as diferenças raciais. O estudo propõe a inclusão da Capoeira no currículo escolar e o fortalecimento de redes de apoio entre capoeiristas, escolas e universidades a fim de estimular programas educacionais que valorizem a Capoeira como importante expressão cultural e social. Sugere também a criação de um espaço de diálogo e a promoção de eventos que estimulem a discussão sobre a Capoeira e sua relação com a identidade negra. O objetivo dessas ações é promover políticas públicas de valorização cultural e de combate ao racismo, apresentando como meta um futuro mais justo e inclusivo para a população negra em Teresina e no Piauí gingando a partir da Capoeira.