Aedes aegypti é um vetor de arboviroses, como dengue, Zika e Chikungunya, representando um grave problema de saúde pública global, com inúmeros casos de morte e complicações incluindo como a microcefalia. Neste sentido, objetivou-se investigar o potencial inseticida de EARA1 contra o Aedes aegypti, avaliando os componentes químicos ativos e a eficácia do extrato vegetal, seguindo as diretrizes do PRISMA e a estratégia PICO para revisão de literatura. Além disso, foram realizadas análises fitoquímicas e o potencial citotóxico e inseticida do extrato aquoso de folhas de Araceae EARA1 sobre o Aedes aegypti e, visando desenvolver um produto repelente da espécie, como vela, creme e/ou loção, de baixo custo. A revisão sistemática incluiu 33 estudos, selecionados a partir das bases de dados Lilacs, Science Direct, Scopus e Web of Science, além do Google Scholar. A análise fitoquímica revelou a presença de metabólitos secundários, como alcalóides, fenóis, taninos e saponinas, compostos que já foram previamente identificados na literatura e estão associados a atividades biológicas, incluindo eficácia contra diversas bactérias, fungos e nematóides, além de notável potencial larvicida, com mortalidade significativa de larvas de mosquitos dos gêneros Aedes, Anopheles e Culex. Nos ensaios de citotoxicidade, avaliada pelo método colorimétrico usando o 3-(4,5-dimetil tiazol 2-il) 2,5-difenil brometo de tetrazólio (MTT), o extrato não apresentou inibição significativa nas linhagens celulares humanas de câncer colorretal (HCT-116), próstata (PC-3) e glioblastoma (SNB-19) e na linhagem não tumoral queratinócito (HaCaT), com CI50> 100µg/mL, indicando ausência citotoxicidade na concentração testada. A proliferação celular variou entre 67% e 83,58%. Conclui-se que EARA1 segundo a literatura demonstra potencial terapêutico para a prevenção e controle doenças transmitidas por arbovírus, com implicações significativas para a saúde pública global. No entanto, é necessário realizar mais estudos para compreender completamente o mecanismo de ação do extrato e confirmar sua eficácia como biolarvicida em condições reais de campo. Portanto, representa uma alternativa promissora e sustentável para o controle de mosquitos, oferecendo um potencial valioso para a mitigação das arboviroses.