Introdução: O sono desempenha um papel crucial para a saúde física e mental, pois promove a regulação de funções metabólicas e neurobiológicas como a consolidação da atenção e memória, ambas associadas a percepção do tempo. Dessa forma, a atuação do sono na capacidade perceptiva possui relação complexa e multidimensional, e com isso, há poucos estudos que investigam sistematicamente os dois contextos. Objetivo: O presente estudo investigou as diferenças de desempenho da tarefa de produção do tempo com base no padrão de sono. Material e métodos: Cinquenta e um homens universitários foram divididos em dois grupos com base na arquitetura de sono por meio do questionário índice de Qualidade do Sono de Pittsburgh e posteriormente executaram a tarefa de produção do tempo com estímulo visual (duração alvo: 1s, 4s, 7s e 9s). Resultados parciais: Os achados para o Índice de Qualidade do Sono de Pittsburgh mostraram diferenças entre os participantes (p=0,0001). Em adição, para erro absoluto e ratio houve diferença entre os grupos sono regulado e sono desregulado para os intervalos de 7s e 9s (p=0.001). Conclusão parcial: Investigações comportamentais quando associadas ao entendimento do padrão de sono sugerem uma mudança no julgamento de escalas temporais no domínio de supra segundos. Dessa forma, os achados parciais podem indicar que o padrão de sono modula aspectos neurobiológicos embutidos na percepção visual.