Nesta investigação-ação nos propusemos com a comunidade residente na cidade de Parnaíba, Estado do Piauí elaborar, de forma participativa, um Plano Museológico para o Museu do Trem do Piauí, instituição pública mantida pelo Órgão Gestor da Cultura, da Prefeitura de Parnaíba, desde o ano de 2002, quando foi criado com o propósito de preservar a memória ferroviária da extinta estrada de ferro do Piauí. O Plano Museológico é uma ferramenta de gestão, que para além de traçar um planejamento estratégico, assume uma natureza política, por nortear a atuação da instituição junto à sociedade. Atualmente, com mais de 3.600 museus, o Brasil tem repensado o papel das instituições museais, e nesse contexto, apenas 25% delas possuem Plano Museológico. Embasamos nosso olhar no Estatuto de Museus, lei 11.904/2009 e no Decreto 8.124/2013, diretrizes da política nacional de museus, que deixam claro em seus preceitos a obrigação dos museus no que refere à elaboração e implementação do Plano Museológico. Adotamos também como premissas as perspectivas apresentadas pela Nova Museologia, entendendo o museu como espaço de diálogo, interação e de participação cultural. A pesquisa foi delineada por um conjunto de estudos de conceitos, diagnóstico e intervenções para a elaboração do Plano Museológico com pessoas da comunidade, representantes de órgãos governamentais e da sociedade civil. Para além de participativa, a trama formada entre os que se achegaram ao processo resulta em um serviço e produto colaborativos, que se traduz em Programas e Projetos, idealizados por uma rede de pessoas, que acreditam, a partir desse movimento deflagrador, no modelo de gestão compartilhada, para a promoção do alargamento do processo museológico no Museu do Trem do Piauí, como um espaço vivo, vetor de desenvolvimento humano para a cidade Patrimônio Nacional – tombada à nível federal pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional em 2008.