Internacionalização

Ao longo desses 4 anos realizamos vários projetos em colaboração com universidades portuguesas. Destacamos o projeto “Patrimônio Cultural e Sustentabilidade no Meio Norte do Brasil”, vinculado ao no Programa de Pós-graduação com o Centre For Functional Ecology | R&D unit hosted in the Department of Life Sciences and Technology of the University of Coimbra, Portugal| CEF, Grupo de Pesquisa “Societies and Environmental Sustainability”, em parceria com Universidade Aberta | UAb, Delegação do Porto. 

 

Há uma colaboração ativa, de investigação no CEF | UC e sua Extensão na UAb de Portugal | Porto. As atividades se realizam por meio de visitas regulares de professores brasileiros e portugueses em atividades de docência, pesquisa (reuniões científicas), orientação e extensão, com o fito de consolidar uma parceria e rede de investigação internacional em andamento, promovendo, assim, intercâmbios de saberes científicos, publicações e reuniões técnico-científicas e culturais conjuntas, ampliando o acesso e diálogos com centros de pesquisa internacionais, com o CEF | UC | UAb e outros centros de investigação europeus e africanos com os quais o CEF mantém intercâmbio, permitindo, assim, a visibilidade de nossas produções científicas, tecnológicas e culturais, envolvendo Brasil-Portugal, além de aprimorarmos nossos esforços no campo da docência e pesquisa. 

 

Acreditamos que esta natureza de colaboração fortalece os intercâmbios entre o ensino e pesquisa em nível de Pós-graduação no Brasil; permite-nos a construção de conhecimentos e diálogos com grupos de pesquisa diversos, reforça as relações interculturais e fortalece vínculos e parcerias acadêmicas e institucionais. O intercâmbio de saberes entre investigadores é uma fração singular da operacionalização de nossas atividades de internacionalização, o que inclui a partilha de conhecimentos oriundos de diversas áreas disciplinares, metodologias e modos de fazer científicos e técnico-profissionais entre pesquisadores-colaboradores; a contribuição efetiva no campo do patrimônio cultural e sustentabilidade tem criado, fortalecido estudos com abordagens multidimensionais em nível micro e macro com intersetorialidade e interinstitucionalidade; nos permite envolver diversas dimensões no campo de estudos – patrimônio cultural e sustentabilidade. Consideramos os questionamentos:

 

·     Qual o lugar dos organismos governamentais e não-governamentais, entidades científicas, culturais e educacionais nas discussões sobre patrimônio cultural e sustentabilidade?

 

·     Quais temas, problemas e abordagens ligam-se às reflexões contemporâneas sobre conceitos e métodos de investigação em patrimônio cultural e sustentabilidade?

 

·     Como promover intercâmbios de saberes técnicos, científicos e culturais entre instituições brasileiras e estrangeiras para fortalecer redes de pesquisa?

 

Como recursos técnicos e metodológicos realizamos atividades de docência e pesquisa, o que inclui a divulgação em reuniões científicas, encontros sistemáticos no CEF, grupo de pesquisa e pós-graduação; devemos avançar com publicações em periódicos. 

 

Optamos pelas metodologias participativas, o que inclui etnografia, cinema e fotografia documentais, para coleta, registro, interpretação e divulgação de conhecimentos produzidos no Meio-Norte do Brasil e, do final de 2019 ao final de 2020 em Portugal, sobre patrimônio cultural e sustentabilidade, com ênfase nos territórios que abrigam comunidades ribeirinhas e praieiras, com culturas ancestrais singulares, cujas marcas estão em patrimônio cultural vivo ou na etnografia histórica; destacamos aspectos dos patrimônios das comunidades, como os saberes e fazeres ligados à pesca e à construção artesanal de embarcações, às crenças, aos saberes tradicionais, às artes em sentido lato, à música (tocada e cantada), às ações de educação patrimonial e ambiental, que envolvem a proteção de espécies em extinção no Delta do Parnaíba, como as tartarugas, cavalo e peixe-boi marinhos, a proteção do ecossistema manguezal, visando a preservação da fauna e flora, bem como a valorização dos mestres e artífices da cultura através das tradições orais. 

 

Acreditamos que essas ações estão a nos permitir fortalecer e internacionalizar o PPGAPM, experiências de docência e investigação; nos proporcionam refletir teórico-metodologicamente, propor outras temáticas de pesquisa, dinamizar e consolidar diálogos interculturais entre a pós-graduação brasileira e portuguesa e para além fronteiras, o que inclui centros de pesquisa com os quais o CEF mantém diálogos e protocolos, o que inclui o ensino a distância, por meio da Universidade Aberta de Portugal. 

 

Iniciaremos diálogos para a proposição de criação de um doutorado no campo de estudos - patrimônio cultural e sustentabilidade, com professores-pesquisadores do CEF, UAb, Universidade de Lisboa, Universidade Federal do Delta, Universidade Federal do Piauí. No caso do Piauí, destacamos a cultura material e imaterial do Delta do Parnaíba, um dos mais expressivos patrimônios culturais e naturais do território brasileiro. O rio Parnaíba é um dos únicos do mundo com foz em delta em mar aberto; possui uma é formado por cinco barras: Igaraçu, Canárias, Caju, Carrapato ou Melancieira e Tutóia. As ilhas do Delta estão situadas em águas calmas onde se destacam os manguezais, um dos ecossistemas mais produtivos do planeta. Valermo-nos de nossos estudos que contemplam a análise e interpretação de diagnósticos, inventários, relatórios, realizados por pesquisadores ligados a instituições governamentais e não governamentais e trabalhos de mais de cinquenta alunos e professores do Programa de Pós-graduação em Artes, Patrimônio e Museologia, que revelam a realidade social e cultural de populações ribeirinhas e praieiras da Área de Proteção Ambiental Delta do Parnaíba, no Meio Norte do Brasil, o que inclui os Estados do Piauí, Ceará e Maranhão. 

 

A escolha da Universidade de Coimbra (UC), nomeadamente, O Centro de Ecologia Funcional (CFE), se justifica por se tratar de uma unidade I&D, financiada pela Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT) através de fundos nacionais e co-financiada pelo FEDER e COMPETE2020, que se encontra alojada no Departamento de Ciências da Vida da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (DCV-FCTUC). 

 

O CFE ambiciona aumentar os conhecimentos sobre o funcionamento de ecossistemas, desde a biodiversidade de micro-organismos, flora e fauna, à complexidade ecológica das suas interações ao nível da comunidade. Atualmente é composto por 124 investigadores doutorados e 135 não-doutorados, divididos em nove grupos principais:

·     ecossistemas terrestres e alterações globais;

·     processos marinhos e costeiros;

·     biodiversidade e evolução;

·     avaliação de risco ambiental;

·     recursos naturais e desenvolvimento sustentável [este aspecto em particular para o nosso Programa | Mestrado].

 

Temos colaboradores o que inclui a líder do grupo de pesquisa “Sociedades e Sustentabilidade Ambiental”, do qual alguns de nossos professores fazem parte; dialogamos com o Grupo, refletimos, desenvolvemos e promovemos pesquisas baseadas em uma visão interdisciplinar e transdisciplinar, integrando as ciências sociais, ciências ambientais e conhecimento local / cultural, a fim de enfatizar as dimensões complementares dos fenômenos sócio ambientais e de sustentabilidade, contribuindo para entendimento da complexidade do funcionamento dos ecossistemas, o que inclui os modos de ser e viver, a cultura dos manguezais do Meio Norte do Brasil. 

 

Este grupo também desenvolve esforços de comunicação científica e diálogos entre ciência e sociedade, promovendo a articulação e a convergência de conhecimentos, cidadania e reflexividade entre ciência e vida cotidiana e destacando as várias dimensões das questões ambientais e as ligações com a biodiversidade e os recursos humanos. Nos últimos cinco anos, o grupo reforçou sua posição no CFE, aumentando notavelmente o número de pesquisadores integrados. Trata-se de Grupo altamente produtivo em termos de publicação de livros (9 internacionais e 3 nacionais) e capítulos de livros. Além disso, a internacionalização foi fortalecida com a organização de 18 seminários e workshops internacionais, a colaboração com universidades brasileiras, moçambicanas e alemãs (com dois protocolos formais) e a integração em duas redes internacionais (Rede Ibero-americana de Territórios e Desenvolvimento Sustentável e Saudável). Saúde e o Programa Inter Universitário de Pesquisa para o Desenvolvimento Sustentável).

 

No geral, o grupo, seus membros-pesquisadores, o que nos inclui e a colaboradora deste projeto, contribui para a valorização das dimensões socioeconômicas e culturais dos ecossistemas e espera fortalecer a rede interna e externa através da pesquisa interdisciplinar, comunicação e divulgação da ciência, reforçando o diálogo entre ciência e sociedades, integrando e promovendo os pilares de uma ciência aberta.

 

Esperamos adensar esta parceria | internacionalização, sugeridas pela Capes entre universidades e grupos de pesquisa no exterior, esperamos replicar na Universidade Federal do Piauí e Universidade Federal do Delta do Parnaíba na sensibilização da gestão da nova universidade para a importância dos intercâmbios dessa natureza que criam e consolidam parcerias institucionais internacionais, permitindo um profundo e rigoroso repensar nossas práticas docentes e de pesquisa.

 

Aumentar as publicações dos resultados de pesquisas, oferecendo visibilidade às nossas investigações e produções na comunidade profissional e científica, compartilhando experiências ricas, intensas, encontrando, assim um lugar para ampliarmos discussões de diferentes temas, problemas e abordagens no campo do patrimônio cultural e sustentabilidade.

 

Criar um programa de pós-graduação em nível de doutoramento em Patrimônio Cultural e Sustentabilidade com a colaboração das Universidades envolvidas neste Programa de Mestrado

 

 

Os Termos de Cooperação Acadêmica, Científica e Cultural permitem visitas de investigadores e docentes, com a finalidade de compartilharem saberes, experiências e práticas, desenvolverem projetos de investigação, proferirem conferências e palestras, ministrarem seminários e cursos, realizarem outras atividades de interesse conjunto 

 

1. CES, Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra | Uma instituição científica dedicada à investigação e à formação avançada nas ciências sociais e nas humanidades, através de uma abordagem Inter e transdisciplinar.

 

O trabalho com o CES está disponível no RELATÓRIO FINAL DO PROJETO DE PESQUISA “Políticas Públicas, Sociedade e Património Imaterial: diálogos interculturais Brasil - Portugal” (2015-2016). PROGRAMA PROFESSORA VISITANTE NO EXTERIOR COORDENAÇÃO DE APERFEIÇOAMENTO DE PESSOAL DE NÍVEL SUPERIOR (PVE-CAPES-BRASIL). PVE - Profa. Dra. Lorena Sancho Querol Centro de Estudos Sociais, Universidade de Coimbra. Coordenadora – Prof.ª. Drª. Áurea da Paz Pinheiro - Universidade Federal do Piauí. O trabalho está atravessado pelo conceito do CES, que desde a sua fundação, em 1978, realiza investigação com foco em uma sociedade inclusiva, inovadora e reflexiva, promovendo abordagens críticas face a alguns dos desafios mais prementes das sociedades contemporâneas. A sua missão é continuar a atrair gerações de investigadores e estudantes de talento excecional no domínio das ciências sociais.

 

A estratégia científica do CES visa democratizar o conhecimento, revitalizar os direitos humanos e contribuir para que a ciência constitua um bem público. Cumprimos esta missão, reformulando continuamente os nossos campos de investigação, em resposta às necessidades da sociedade. O trabalho do CES abrange um amplo espetro de atividades científicas e de extensão, de âmbito nacional e internacional, com especial atenção ao diálogo Norte-Sul e Sul-Norte, contribuindo para o desenvolvimento, divulgação e aplicação de ciência de ponta e para uma investigação e formação avançadas de excelência.

 

2. CIEBA, Centro de Investigação e Estudos em Belas-Artes da Universidade de Lisboa

 

Um de nossos docentes, em 2005, elaborou a proposta de constituição do Centro de Investigação Francisco de Holanda, que se viria a tornar a Seção de Ciências da Arte e do Patrimônio «Francisco de Holanda do CIEBA, Centro de Investigação e Estudos em Belas-Artes, o principal centro de investigação da Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa, creditado pela FCT e classificado com BOM. Em 2007, na qualidade de coordenador da Secção, elaborou o formulário de creditação desta Secção do CIEBA e, mais recentemente, o Relatório das Atividades referente aos anos de 2007-2009. Em junho de 2010 foi eleito Diretor do CIEBA, cargo em que manteve até 2018, ano no qual esteve como assessor do Ministro da Cultura de Portugal e atualmente é diretor da Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa (2019). Como presidente do CIEBA elaborou todos os relatórios anuais e coordenou a realização dos relatórios de avaliação referentes aos anos de 2007-2013 e do novo Plano Estratégico para 2015-2020. Fez parte da equipa que, em conjunto com o Laboratório Hércules e outros centros de investigação da Universidade de Évora, alcançaram financiamento de quatro anos para um Programa de Bolsas de Doutoramento (Heritas) em Estudos de Patrimônio. Liderou a equipa sete unidades orgânicas que propôs, em setembro de 2014, à Universidade de Lisboa, a constituição de um Colégio de Estudos do Patrimônio.

 

3. Com a Extensão do Centro de Ecologia Funcional na Universidade Aberta, da Universidade de Coimbra, Portugal, a funcionar nas instalações da Universidade Aberta, Delegação do Porto

 

Dentre essas atividades destacam-se ministrar disciplinas, participar de bancas de qualificação, publicações, pesquisas, orientações e eventos organizados pelo programa.

 

A Revista Vox Musei arte + patrimônio vinculada ao Mestrado Profissional com a colaboração das instituições acima indicadas, em fase de reestruturação, pode ser uma possibilidade de avançarmos neste item 

 

Participação grupos de pesquisa CEF Universidade de Coimbra e Universidade Aberta de Portugal

 

Ao longo de 2015 e 2018 foram realizadas várias atividades envolvendo os programas de pós-graduação em políticas públicas, mestrado profissional em museologia e o Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra, Portugal, com o envolvimento direto de docentes dos programas e instituições, mestrandos, doutorandos e alunos de graduação, bem como instituições de defesa do patrimônio cultural e ambiental, Iphan e ICMBio.

 

 

Dialogamos desde 2015 com Acesso Cultura | uma associação sem fins lucrativos de profissionais da cultura e de pessoas interessadas nas questões de acessibilidade, portanto, uma organização não governamental portuguesa, cuja missão é promover o acesso – físico, social e intelectual – a participação cultural. Em 2015, participamos da publicação on-line “Participação: Partilhando a Responsabilidade “, coordenada por Ana Carvalho do Centro Interdisciplinar de História, Culturas e Sociedades da Universidade de Évora. A publicação reúne textos das comunicações apresentadas na conferência anual da Acesso Cultura (“Meu, Teu, Nosso: modelos de projetos participativos”, Museu do Oriente, 12 de outubro de 2015), mas também textos de outros profissionais do setor cultural que lidam com essas questões.

 

Atualmente não é incomum ouvirmos falar de projetos no setor cultural (museus, teatros, artes performativas, artes visuais, património) que evidenciam o envolvimento de pessoas, grupos e comunidades. A participação parece suscitar o interesse de diferentes entidades (públicas e privadas) de onde resultam iniciativas de natureza muito diversa. As questões que atravessam a publicação têm relação direta com nosso trabalho no meio norte do Brasil, vez que, discutimos que é frequente o aparecimento de projetos culturais participativos, que precisamos apresentar e dialogar sobretudo no que refere às formas de participação. A publicação apresenta reflexões e desafios que atravessa diferentes instituições e espaços culturais, dentre elas a UFPI por meio do mestrado em museologia. A publicação organiza-se em três partes. A primeira, Participação: Diversidade de Contextos e Perspectivas com cinco textos que oferecem vários olhares e entendimentos sobre os desafios da participação nas instituições culturais; a segunda Ideias sobre Participação a Partir do Terreno, apresenta um conjunto de reflexões mais centradas na prática; a terceira e última parte Consolidando Práticas de Participação. Quatro de nossos professores participaram deste evento e publicação, apresentando experiências práticas de museologia e inovação social na APA Delta do Parnaíba, Meio Norte do Brasil.

 

Uma de nossas docentes está a atura no exterior coo professora convidada de museologia na Universidade de Würzburg, Alemanha e da Universidade dArtois, na França. Chargé de Cours de Museologia da Universidade de Liége (Bélgica) para o período 2018-2021, onde ministra disciplinas na graduação e na pós-graduação, orienta teses, dissertações e estágios. Como parte de suas atribuições, coordena o Embarcadère du Savoir, uma rede de museus de ciências que pertencem à Universidade e a outros organismos.

 

Outra de nossas professoras está a concluir doutoramento em abril de 2019 na Universidade de Lisboa e é membro do Centro de Investigação de Estudos em Belas Artes da Faculdade de Belas Artes da Universidade, 

 

Uma de nossas professoras está em doutoramento na Universidade Nova de Lisboa. Coordena o programa de exposições da Quinta da Cruz, um equipamento, intervencionado pela Câmara Municipal de Viseu, com a finalidade de a converter numa mansão de arte, de cultura e de lazer para fruição pública. Com um espaço verde de excelência e uma assinalável biodiversidade dendrológica, esta estrutura museológica está direcionada para a arte contemporânea, contempla exposições temporárias e oficinas criativas.

 

 

Um de nossos docentes atual em 2017-2018 como assessor - adjunto do Ministro da Cultura para os Museus e Património em Portugal. Atualmente, é parte do comitê editorial da Direção Geral do Patrimônio em Portugal.

 

Uma de nossas mestrandas participou da Youth Assembly, em 2018, na sede das Nações Unidas, que conectou jovens de mais de 100 países em um debate sobre problemas globais, para expandir ideias e projetos sobre os 17 ODS e continua a participar do grupo de trabalho com outros jovens do Brasil e de outros países.

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