Este trabalho corresponde ao relatório parcial de uma pesquisa ação desenvolvida no âmbito das ciências sociais aplicadas e da museologia de inovação social, vinculada ao Programa de Pós-graduação, mestrado profissional, em Artes Patrimônio e Museologia. Pesquisa que se debruça na elaboração de um Processo de Projeto, na forma de Padrões Espaciais, que diferente de um projeto de arquitetura “tradicional”, investiga as dinâmicas espaciais e suas trocas com as pessoas – amparado em princípios que buscam a qualidade ambiental, social, econômica e cultural-afetiva – atuando, assim, como diretrizes para construção de possíveis cenários futuros – o projeto arquitetônico e paisagístico de Reabilitação do Centro de Tecnologia em Aquicultura Sustentável – Estação Delta, obstinando a atribuição de um novo uso social, o de museu, um polo do Ecomuseu do Delta do Parnaíba, equipamento polinuclear que apresenta como documentação acervos de caráter operacional, bens culturais que estão inseridos à Área de Proteção Ambiental do Delta do Parnaíba, em condições de uso, de vida, elementos estes que induzem a sensibilização da comunidade em busca de seu autoconhecimento. O recorte de estudo deste trabalho se encontra na cidade de Parnaíba, no Piauí, ao extremo norte do Brasil. Metodologicamente a pesquisa orienta-se nos fundamentos da Museologia Social. Dada complexidade da mesma, optou-se pelo pluralismo metodológico de forma a se obter maior precisão na análise dos resultados da pesquisa, nesse sentindo, foram trabalhados métodos como a Pesquisa-Ação Participante, a Pesquisa Social Aplicada a Arquitetura e o método da Linguagem de Padrões de Christopher Alexander et. al. (1997) adaptado por Liza Andrade (2005) e Lemos (1997) que inseriram o diagnóstico por meio das dimensões da sustentabilidade, sendo estes associados a etnografia, que por meio dos instrumentos da observação direta, rodas de conversa e oficinas participantes dialoga com os demais métodos aqui citados, compondo a triangulação metodológica. Dialogamos com autores que voltam seus estudos e pesquisas a Nova Museologia, o Patrimônio e suas diversas vertentes, além da Arquitetura e sua relação com o uso social dos espaços, tais como: Varine (2013), Pinheiro (2015); José Gonçalves (2015); Françoise Choay (2001); Bruno Zevi (1996); Liza Andrade (2014); entre outros. Partimos da compreensão que a atribuição do novo uso social a Estação de Aquicultura, configurando esta, um patrimônio público material e imaterial único, integrado por matrizes, reprodutores e sementes de espécies aquáticas nativas, provenientes da Bacia do Rio Parnaíba considerando ainda, a riqueza de sua paisagem cultural, constituiria uma nova possibilidade de aplicar uma Museologia Social e Integradora para as diversas comunidades que habitam a Área de Proteção Ambiental Delta do Parnaíba.